Nenhuma ousadia desse lado do Oceano.
Recentemente publiquei um texto sobre a necessidade de grandes plantas industriais de restauração e recuperação de veículos. Os desenvolvimentistas de plantão (aos quais eu chamaria de subservientes), imediatamente consideraram idéia de pobre, atraso, marcha à ré na historia do país.
Engraçado, quando se trata de compra de aviões militares, ninguém diz que são usados. Submarinos novos, nem pensar. Porta aviões, imaginem, construí-los, quem sabe daqui cem anos. Vejam a nossa pequenez, a nossa pobreza enquanto nação, e ao mesmo tempo, enquanto a elite de civis quer desfilar como se fossemos desenvolvidos, em carrões que são capazes de trafegar em dez % de nossas estradas. Mas levam para o exterior boa parte da moeda circulante.
Projetos nacionais nem pensar.
Onde esta o ferro, o alumínio e o petróleo (para combustível e matéria prima de sintéticos), não esta aqui no Brasil? No Amazonas, no mar, no Mato Grosso? No Acre?
Um próximo presidente, ou candidato a ser o próximo presidente, deveria reunir-se com os militares, e indústrias do setor, para equalizar passos para a construção de uma frota Naval de Marinha, mercante e militar.
O Brasil não poderá se omitir diante do problema do transporte no mundo, pós crise de combustíveis, nós teremos combustível, mas não teremos navios.
Também não podemos nos omitir na questão da indústria de aviões leves. Também não podemos ser submisso nisso. As regras internacionais de homologação e segurança, não visam a nossa segurança, mas o controle sobre a possível aceleração das indústrias do setor genuinamente nacionais (elas são coibidas de crescer e se desenvolver).
Quando eu penso que a Marinha do Japão, que é proibida por acordo internacional de crescer, é maior do que a nossa, e que Israel tem seis vezes mais caças militares do que o nosso enorme Brasil, eu sou obrigado a admitir nossa pobreza.
Senhores, onde esta a nossa ousadia? Nossos jovens viciados nas esquinas. Nossas jovens temerosas da vida, e embriagadas por uma opulência que não vêm, vivem a prostituição branca, ou seja, fazem de seu futuro um negocio, e nós, os brasileiros maduros, só pensamos no desfrute de “miçangas estrangeiras”, em troca de nosso espaço, nossa produção de comida, nossos recursos minerais e nosso potencial energético. Por quê?
Veja essa matéria de novembro de 1999, e mais abaixo, um foto do ferro velho de aviões militares dos EUA, e sintam vergonha, nos somos grandes, mas não temos ousadia, nem patriotismo, nem nacionalismo. Temos ferro, alumínio, cimento, petróleo, bio-combustiveis, madeira, linhito e carvão mineral, terra fértil... água, e preguiça, baixa estima, falta de fé.
sábado, 31 de janeiro de 2009
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