ESCRITO POR ROBSON CARVALHO | 29 MAIO 2013
INTERNACIONAL - EUROPA
Aos que ainda se iludem com a Rede Globo, com a revista Veja ou com a Folha de São Paulo, empresas dominadas pela pauta gay, afirmo que a farsa que está sendo montada na França só tem um objetivo: justificar as ações do governo socialista francês, que quer calar seu povo no soco.
No dia 26 de maio a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1].
Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.
E o que provocou este despertar?
Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira, a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições que advém da outrora França católica, dos últimos resquícios das leis fundamentadas sobre a lei natural e a lei divina. Ocorre que, como sempre, centenas de pessoas de bom senso reagiram a esta tentativa de mudança. Inicialmente, a reação foi tímida, advinda principalmente dos grupos católicos tradicionais, do Instituto Civitas[3]. Forçados por estes grupos, e para não serem vistos como negligentes[4], os bispos da França[5], em uma ação que diríamos até desastrada, escreveram, em agosto passado, uma oração[6] em favor da família para ser rezada em todas as paróquias. Dizemos que a ação foi desastrada porque, querendo agradar a gregos e troianos, a Conferência Episcopal da França acabou se contradizendo, se desmentindo, dizendo que não se tratava de um confronto propriamente dito, de uma luta aberta. Vários padres e bispos, inclusive, chegaram a criticar a oração, defendendo abertamente os gays[7].
Ocorre que algo já estava fermentando nesta França, que chamaremos de França profunda, tomando emprestado o termo que foi cunhado na própria terra de Carlos Magno; algo já estava nascendo, aos poucos, em conversas, pelas redes sociais, nas paróquias. Este algo só ficaria visível, esta resistência, esta contra-revolução só mostraria sua face em novembro, quando, em Paris, uma manifestação reuniu 100 mil pessoas contra o projeto de lei Taubira[8].
Para muitos, o número parece pequeno, mas o fato é que ninguém esperava esta mobilização[9], nem o governo, nem a Igreja, nem os políticos de todos os partidos, nem os próprios organizadores, que se reuniram em um coletivo chamado Manif pour tous, a LMPT[10].
Pois bem, 100 mil pessoas saíram às ruas de Paris e deram um susto no governo Hollande. Estes 100 mil se transformaram em um milhão de manifestantes em janeiro[11], e o governo, desprezando o clamor dos franceses contrários à lei, defendendo uma minoria barulhenta que só serve de joguete para interesses maiores, deu de ombros para o povo, fez ouvidos de mercador, como diziam nossos avôs.
Hollande, é claro, está a serviço de uma agenda, que como dizem na Europa, responde diretamente à Bruxelas, onde está situada a sede da União Européia. Hollande é apenas um fantoche, e isso fica claro pelo modo com o qual ele tem tratado toda a questão.
Desde então, o governo francês, formado em sua imensa maioria por maçons[12], mais a mídia, começaram a adjetivar os manifestantes, chamando-os de nazistas, de extremistas de direita, de reacionários, de atrasados, de homofóbicos. Ora, ao vermos a multidão de manifestantes, podemos dizer que há de tudo ali, menos gente com estas características.
Pois bem, os termos vazios cunhados para desarmar os adversários acabaram não surtindo efeito, e ao invés de diminuir, o movimento de resistência foi crescendo, crescendo e crescendo. Na segunda grande manifestação, em março, um milhão e quatrocentos mil franceses lotaram as avenidas do Grande Exército e Charles de Gaulle[13]. A extensão destas duas avenidas dá o dobro da extensão da avenida Paulista, em São Paulo. Nesta segunda manifestação nacional, o governo, querendo criar uma situação de confronto, impediu que os manifestantes ocupassem a avenida dos Campos Elísios[14]. A multidão, espremida, inevitavelmente, acabou gerando os "transbordamentos", o que, com a ação desproporcional da polícia, gerou as imagens chocantes que correram o mundo, aonde crianças, freiras, idosos, foram agredidos simplesmente porque queriam circular[15]. A França, para quem não sabe, está respondendo a um processo no Conselho de Ministros da Europa por abuso da autoridade policial neste caso[16]. É claro, amigos leitores, que sabemos a quem este conselho responde.
Assim, voltando ao início do nosso texto e ao título de toda esta postagem, o que vimos ontem foi um governo que criou todas as barreiras possíveis, todas as situações de extremidade possíveis justamente para ter o que usar em seu favor. Inicialmente, Manuel Valls aparece falando de extremistas que causariam transtornos. Depois, a polícia aduaneira, que estava em paralisação até então, começa a criar transtornos na chegada, à capital, dos franceses das províncias[17]. Em seguida, estações de trem são fechadas, os serviços de transporte de Versalhes, região que concentra a maioria dos opositores de Hollande na grande Paris, são paralisados e os moradores locais são barrados na estação de trem [18].
Some tudo isso, e temos um verdadeiro barril de pólvora pronto para explodir. Contudo, como Valls estava lidando com católicos, pessoas pacíficas, e pacífico não é sinônimo de tolo, nada melhor, então, do que criar uma situação de confronto real, infiltrando, segundo o que veremos abaixo, polícias em trajes civis no meio da multidão.
O mundo, ou melhor, os grandes veículos de comunicação, que recebem suas notícias das agências de notícias como Reuters e France Press, anunciaram que franceses de extrema direita atacaram a polícia no fim da manifestação de ontem[19], que, repetimos, reuniu um milhão de franceses mesmo depois da lei ter sido sancionada. Ora, cara grande mídia, hoje não é possível mais mentir facilmente para as pessoas, afinal temos celulares que filmam os acontecimentos, e a verdade é que foi a polícia de Paris que provocou todo o distúrbio. E querem ver como?
Primeiro, na mídia brasileira foi noticiado que jovens atacaram a polícia com garrafas, lançando garrafas. Vejam este vídeo:
Hummm.... a polícia arremessando garrafas? Estranho, não é?
Agora vejam este outro vídeo. Vejam como eles tratam os manifestantes "perigosos", armados até os dentes com... bandeiras e mochilas. Você, leitor, se você estivesse pacificamente na manifestação, fosse provocado pela polícia, que não parou de lançar gás contra as pessoas durante toda a tarde, e de repente visse um vizinho, um amigo ou um jovem desconhecido, como o que estampa o topo da matéria, sendo atacado covardemente pela polícia política de Hollande, você ficaria passivo, ficaria assistindo tudo sem fazer nada? Tenham dó, não é mesmo?!
As imagens são chocantes, impressionantes. Ocorre que o que vemos aí pode ser apenas o início de um caos social muito maior. A França está mergulhando em um ciclo de violência profunda, e até agora os franceses católicos e todos aqueles que ainda guardam o bom senso só têm apanhado. A pergunta é: até quando? Ou melhor: quem tem atiçado este confronto? E é aí que voltamos ao governo.
Segundo um jovem presente[20]:
"Ontem, como um bom número de meus concidadãos, vim a Paris manifestar minha desaprovação à lei Taubira. Depois disso, minha irmã e eu quisemos participar das vigílias durante a noite. Em um primeiro momento, vendo um grupo de vigilantes se instalar na avenida de Breteuil, engrossamos seu número. Por volta das 20h30, tomando conhecimento de que o grupo principal dos vigilantes estava localizado diante da ponte Alexandre III, nos deslocamos, para nos unirmos a eles, peloboulevard dos Inválidos. Uma barreira com trinta policiais nos impediu de alcançar a Esplanada.... Insistimos para passar, e estes últimos nos disseram de modo agressivo, mas sem violência física, que era impossível, e que deveríamos ir embora.... Um rapaz de 22 anos, vendo 2 pessoas, autorizadas pelos policiais, passarem por esta barreira, pediu igualmente para passar. Uma vez mais, o policial respondeu energicamente que nem sonhando, e que ele deveria se retirar. Este rapaz deu meia volta um pouco exasperado, tomou seu telefone para responder ou fazer uma chamada telefônica. Neste momento, 3 policiais se lançaram sobre ele, o levando para trás de um veículo da polícia, o deitando no chão e o golpeando com uma violência extraordinária... Quase imediatamente depois disso, entre 20 e 30 jovens, vestidos na maioria com blusões com uma aparência que denotava relação com os manifestantes, chegaram sem que se soubesse de onde eles vinham, e foram autorizados a passar pela barreira. Dez metros após a barreira, alguns retiraram sua blusa, deixando aparecer camisetas com suásticas.
Outro rapaz também afirma[21]:
"Os vestidos com suásticas tinham tido a autorização da polícia para entrar, à tarde, no recinto dos Inválidos (lado Vauban), enquanto que o comum da multidão era reprimido neste lugar".
E, por fim, Béatrice Bourges, líder do grupo Primavera francesa, denuncia[22]:
"Tendo passado a noite na Esplanada dos Inválidos, com os vigilantes da Manif pour tous, vi com meus próprios olhos policiais em trajes civis tirarem suas braçadeiras laranja para se confrontar com outros policiais, e induzir a um confronto com manifestantes diante das câmeras de televisão. É surrealista!"
Como vocês podem perceber, caros leitores, o clima de histeria do governo é tamanho, que estão sendo criadas desculpas para atacar impunemente os opositores da lei Taubira. E para justificar estes atos, há uma verdadeira tentativa de se criar situações falsas, que visão apenas transmitir a ideia de que os manifestantes são violentos, e não o governo. Contudo, a coisa está saindo do controle. Hoje (28) pela manhã, por exemplo, diversas mães que estavam diante de um colégio foram presas pela polícia[23]. O crime? Elas estavam usando camisetas da Manif pour tous. Isso mesmo, leitores, a polícia prendeu diversas mães que estavam na frente do colégio Buffon, em Paris, para pegar seus filhos, que ficaram abandonados na saída, simplesmente porque elas são defensoras da família.
No mesmo período, jovens que estavam no boulevard Pasteur, também em Paris, foram presos pelo mesmo motivo, por usarem camisetas com os símbolos da LMPT[24]. E mais, não é só isso não, outro jovem, que saia da estação do metrô Sevres, foi preso só porque, vejamos, estava no lugar errado e na hora errada; ou seja, se você estiver em Paris, e tiver o semblante de alguém que desaprova a lei Taubira, se prepare, você será preso!
Além destes atos de terrorismo de Estado, o site do Forum Catholique, grande site de debates da Tradição católica na França, foi hackeado pelo defensores da ditadura gay[25]. No mesmo dia, o Instituto Civitas foi alvo de uma ameaça de bomba[26].
Logo, a França profunda se vê agora em um confronto direto com a França moribunda, chamada de França "moderna", que, por mais que alguns teimam em não reconhecer, fracassou e caminha para sua destruição. E a guerra que está eclodindo, uma guerra de civilização, não será vencida sem suor e sangue.
Assim, caros leitores, principalmente aos que ainda se iludem com a Rede Globo, com a revista Veja ou com a Folha de São Paulo, empresas dominadas pela pauta gay, afirmo que a farsa que está sendo montada na França só tem um objetivo: justificar as ações do governo socialista francês, que quer calar seu povo no soco.
Que Deus tenha piedade de nossos irmãos, e viva a França católica! A França que despertou de seu sono.
Nota:
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