As fronteiras de Israel.
Algumas pessoas ficam escandalizadas com o muro que vem sendo construído pelos israelitas, dividindo o Estado de Israel. Um muro em concreto, ao estilo daquele existente em Berlim alguns anos atrás, como se fora um condomínio de luxo, uma fronteira em concreto a separar povos por motivos inconfessos e religiosos.
Eu também me escandalizo, embora, possa dizer que se fizermos uma analise isenta e aprofundada, do livro “Pequena Historia do Povo Hebreu” escrito por Johanson, haveremos de verifica que fronteiras sempre foram a grande preocupação dos israelitas (não, necessariamente dos israelenses).
Os guetos, por exemplo, no passado, não se formaram por pressões exógenas, perseguições, ou algo semelhante, mas pela força endógena da religião israelita, que é fundamentalmente baseada no conceito de raça, herança sangüínea, e em fortes tradições morais e religiosas, embora nem sempre, lingüísticas. (tanto que o hebraico extinguiu-se) Foram essa praticas que formaram os guetos, comunidade fechada de judeus em diversos lugares do Mundo. Também não é difícil perceber o porquê de os judeus se casarem entre si, pois sua aliança pressupõe o parentesco em linha direta com o patriarca Abraão, assim, a maternidade, é na ordem social, e religiosa, muito importante como linha determinante da condição racial e religiosa, nisso, nesse fenômeno, que poderíamos chamar de religiosidade racial, ou sectarismo israelita. Fica claro, numa leitura atenta, do livro já citado, de que o abandono da aliança israelita é alta traição os tornado proscritos. Tal força de coerção acaba fazendo de seus membros uma comunidade racial religiosa, que congrega, além de parentes submetidos ao conceito de “Casa”, ou seja, grupo étnico, como Casa de David, por exemplo, ou Tribo, como Tribo dos Benjamitas, por exemplo, tornando-os todos, obrigatoriamente unidos por “rígidas fronteiras invisíveis” e fortes coerções sociais. Assim, veremos que as deserções são sempre explicadas literariamente pela força exógena, ou seja, por perseguições, chantagens, leis, fogueiras, prisão e morte. No livro, cito como exemplo, desmentindo essa afirmativa, o caso celebre de Disraeli, que se tornado cristão (aparentemente cristão anglicano) opção livre, e tornou-se personagem das mais destacadas da política da Inglaterra Anglicana, onde o rei é chefe do Estado e da Igreja. Eu pessoalmente, em visita aos EUA, estive (1988) em uma residência nas proximidades de New York, onde vivia em uma comunidade católica conservadora, como uma confraria de membros da TFP, e ali, conheci ao “Senhor Chaia”, membro catolicíssimo e amigo leal da confraria, que muitos anos depois vim saber, sem surpresa que era judeu, membro de família de judeus do Paraná. Convertido ou não, ninguém poderá dizer que estava ali forçado. Estava ali porque queria, optara livremente, decisão pessoal. (ou seria ele mais um Disraeli, infiltrado agora nas lides do catolicismo tradicional?). Quiçá fosse ele um “mentor intelectual” daquele grupo que era à mesma época considerado por judeus vizinhos de São Paulo, no bairro da Consolação, como católicos, neonazistas e fanáticos, vivendo ideais da idade média, caçando bruxas? Não importa, o “Chaia” estava lá com eles. Seria ele um cristão verdadeiro? Se o era, era também um traidor dos judeus, um desertor, pois abandonará a tradição de seus pais. Ora, senhores, Jesus, o pai do Cristianismo, não era também judeu, de Belém da Judéia, circuncidado e apresentado ao templo ao oitavo dia conforme a tradição, lia nas sinagogas e participara dos rituais da adolescência? Não era varão filho de judia? E, não abandonou, ele, na qualidade de “Messias Prometido à Casa de David”, livrando-se do sectarismo racial, para pregar a salvação a todos os povos? Não consiste nisso o catolicismo (na universalidade da religião?). Pedro, o primeiro Papa da Igreja, não era o pescador judeu, assim chamado na Sagrada Escritura? Paulo, um dos pilares da fé cristã, não era Fariseu (casta do povo judeu), discípulo do Rabino Gamaliel, fiel escudeiro da tradição rabínica? Eram então traidores? Ou traidores eram aqueles que ficaram no sectarismo racial. Assim, fica fácil perceber quem eram os sectários, ou fechados, os raciais, os homens de fronteiras tão rígidas, que condenaram à morte o Senhor Jesus, o Rei dos Judeus, em troca de Barrabás o guerrilheiro que alimentava o sonho de grandeza. Esse povo de lobos em pele de cordeiro, ao qual o Jesus Judeu chamou de povo de dura espinha, sinagoga de satanás, que manipulou a história, influenciando na Liga das Nações, e na Criação da ONU, justamente para realizar o ideal do Estado de Israel, como base para o implemento de um governo Mundial não poderia agir de outro modo, haveria de construir em concreto, uma concreta fronteira que os separe, física e religiosamente, dos outros povos, uma muralha que os isole em guetos de religião e poder. Não se poderia esperar outra coisa.
Contradição das contradições. No domínio dos grandes capitais financeiros e das grandes instituições bancárias, no controle do petróleo, na indústria automobilística e das riquezas minerais, ávidos pelo controle das sementes patenteadas, assim esperando o controle da comida do mundo, fala-se, no entanto, como cordeiros preocupados com a massa de goins, (gado, coisas) em um mundo sem fronteiras, para as mercadorias, um mundo de paz comercial, enquanto, aos olhos de todos, diante de uma imprensa omissa, pois dominada pelo povo judeu, e constroem, diante dos olhos de todos, uma “Parede de Concreto Ideológico”, que separará os “eleitos” do resto da humanidade serviçal. Não acreditam?
Se, é verdade que as palavras orientam, e os exemplos arrastam, poderer-se-ia começar pelo exemplo, abrindo as sinagogas, e os cemitérios israelitas, assim como os casamentos na monarquia hebraica de tal modo que possamos acreditar na abertura das fronteiras de Israel, aos israelenses palestinos, aos palestinos não israelenses e aos demais cidadãos do mundo, como fez a Igreja, chamando-os todos para participarem da história da salvação irmanados na comum origem da espécie humana elevada a categoria sobrenatural pelo batismo.
Wallace Requião de Mello e Silva.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
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