O Jogo navega livre e solto.
A legislação brasileira proíbe o jogo. Mas eu conversava com uma amiga octogenária, dessas que ao fim da vida esta nadando em dinheiro por ter vendido um imóvel caro no centro de uma das mais importantes cidades do estado e ela me contou: “Sabe fiz um cruzeiro marítimo”. Curioso, perguntei detalhes. Trata-se de um cruzeiro feito por navios italianos percorrendo a costa brasileira. Três mil e setecentos passageiros e mais de mil tripulantes. O foco central o jogo. São cassinos flutuantes em águas brasileiras sugando as reservas da nossa burguesia. Mais um tipo de sangria que o governo faz vistas grossas. ( mais um dos motivos velados para se diminuir a faixa de águas territoriais brasileiras).
Minha amiga contou que há no interior do navio uma casa de cambio, e tudo corre em dólares. Ela, imaginem, ganhou dois mil dólares na roleta, e gastou oito mil dólares, entre custos e o que perdeu. Achou divertido, renovador, excitante.
Minha amiga provavelmente negou, mês passado um aumento de salário de 60 Reais mensais para sua governanta, mas isso não é da minha conta. Na verdade não sei se isso é verdade, mas uso apenas para mostrar a distância que há entre as necessidades dos pobres que cuidam dos ricos, e dos ricos e suas paixões.
Vamos dizer que cada passageiro gaste no cruzeiro uma media de três mil dólares, ora, isso vezes o número de passageiros dará 3000X 3700 =11.100.000 uma mixaria de onze milhões e cem mil dólares em uma viagem curta de uns poucos dias. Quantas vezes por ano, eu me pergunto. É óbvio que esse cassino flutuante sangra da economia brasileira mais, muito mais que esses onze milhões de dólares por viagem.
Então eu me pergunto: O nosso Brasil parece ser mesmo destinado a todo o tipo de exploração.
Ai, eu ouço de pessoas que se acham cultas: Mas meu amigo, se não vierem os investimentos estrangeiros para o país... Nós passaremos fome.
E não vêem que não entra dólar nesse país que não lucre pelo menos quatro vezes mais. No entanto entra papel, sim papel colhido no seio da própria sociedade brasileira, que transformado em dólares, retorna ( porque esses dólares não vão cair na malha fiscal de países organizados, então voltam como investimentos, cheios de isenções federais ) e que compram a preço vil, riquezas não renováveis e bens insubstituíveis em prejuízo de nossa sociedade.
E o Brasileiro Rico diz: Não podemos viver sem eles.
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Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)
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domingo, 14 de março de 2010
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