Os grandes Zeppelins amazônicos.
A Palavra Zeppelin é o nome dado aos grandes balões rígidos e dirigíveis, que deriva do nome do Barão alemão que melhorou os dirigíveis, ao tempo das grandes guerras. Pode-se usar o nome Zepelim, sem erro, ou como estou usando aqui, Zeppelins, na sua forma original.
Existe um adágio popular que diz: Só se ama o que se conhece. Se você pensar que nós paranaenses, muitas vezes não conhecemos o nosso produtivo estado em toda a sua extensão embora vivamos nele há gerações, (2,6% do território nacional) não estranhará o leitor que os amazônicos (amazônidas) e amazonenses, embora vivendo na Amazônia Legal, não conheçam em sua totalidade, e verdadeiramente no que diga respeito às suas riquezas, nosso território amazônico legal, que corresponde a 57% do território nacional. Se os homens da Amazônia Legal Brasileira não a conhecem em profundidade, nós brasileiros de todos os rincões a conhecemos menos ainda. Então, com essa verdade em mente, voltamos ao adágio popular nos perguntando: como amá-la se não a conhecemos verdadeiramente?
Essa imensa região tem sido uma área de resistência aos homens, que se fixaram as margens dos rios, e muito poucas vezes se aventuram a longas viagens pelo seu interior inóspito. Não estamos exagerando, estamos constatando uma realidade. Como conhecer em detalhes uma área quase toda inacessível e correspondente a maior, do que 20 estados do Paraná?
Ferrovias ou rodovias, como todos sabem criam impactos ambientais enormes, haja vista a construção da transamazônica na década de 70. Trens sãos menos impactantes e possivelmente necessários para a região, aviões necessitam de pistas e infra-estrutura, e suas capacidades de carga são, ainda hoje, muito limitadas. O Brasil, como o tempo, se utilizou dos rios, o melhor meio ate a presente data. Depois de expedições por terra. Em seguida, fez uso do RADAN (Radar amazônico), depois do SIVAN (Sistema de vigilância da Amazônia), agora se utiliza de imagens de satélites, mas tudo isso não passa de investigação a distancia, como quem vê TV. A imagem não tem cheiro, gosto, mosquitos e outros insetos, serpentes e estrangeiros. As imagens enganam. Nessa perspectiva é que nos vêm à mente os Zepelins. Essas aeronaves que se mantém no ar pela força da diferença de peso de seus gases em relação ao meio que as cerca, movem-se lentamente em relação aos aviões modernos como grandes peixes no Ar. Talvez vocês não lembrem, mas um grande Zeppelin, podia atravessar os oceanos, investigar os pólos do planeta, e eles podem, hoje, sem duvida alguma investigar e assistir a Grande Amazônia Legal Brasileira. Investigar e cuidar, defender, inventariar, levar correio e saúde, armas ou cargas, sem mexer em uma só árvore, sem poluir, sem ofender, nem ao menos, com excessivo ruído, a paz dos animais e pássaros, ou dos ribeirinhos.
Eles já foram cheios de Hidrogênio. Depois do acidente de New York passaram a usar o Helio. Eles usaram grandes motores a combustão e ate motores turbo hélices. Hoje, como todos sabem já há experiência de aviões movidos a motores elétricos. A grande superfície dos invólucros dos Zepelins faz deles ideais, para a instalação de pequenas unidades captadoras de energia solar, que, ou alimentariam uma célula a hidrogênio, ou diretamente, seus motores elétricos. Se os ventos da planície Amazônica não forem impeditivos, esses aparelhos dormem no ar, ancorados por cabos fixados as grandes árvores. Homens, mais de 100 a bordo, com todo o conforto, viajam nesses peixes do ar, com seus laboratórios e aparelhos, descendo e subindo ao solo, e do solo, por cabos elevadores. Assim, pode-se chegar a uma longínqua área inacessível, em poucas horas, ou levar socorro as populações, combater narcotraficantes da floresta e contrabandistas, bandos estrangeiros armados, cientistas não autorizados, e outra situação eventual.
Os silenciosos e vagarosos (não tão vagarosos assim) dirigíveis, os Grandes Zepelins Amazônicos, a serviço da nossa Marinha, Exército e Aeronáutica, fariam para o Brasil e países vizinhos, um serviço incomparável, indispensável e insubstituível de contacto, integração e estudo de sustentabilidade amazônica. Eles também seriam modernos estúdios aéreos de Televisão, colocando no ar, para o Brasil e o Mundo, as maravilhas dessa região brasileira.
Então com certeza, todos nós a amaríamos.
O autor esteve três vezes nessa imensa região.
Wallace Requiâo de Mello e Silva.
Para o G 23 de Outubro.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário. Obrigado pela visita.