Policia Militar.
As relações familiares de Requião com o Coronel Dulcidio Pereira, o herói do Cerco da Lapa.
Muitos oficiais da policia militar acreditam que o esforço do governador Requião em incrementar a Policia Militar do Estado do Paraná não vem de um senso de responsabilidade social, de uma simpatia pela corporação, mas sim de uma ação política interesseira, como se viu tantas vezes no passado.
Em viagem ao Nordeste, fiquei sabendo da existência de uma fazenda colonial, pecuarista e açucareira e hoje petroleira, que dizem ter pertencido ao trisavô de Requião pela linha paterna, o Dr. Felix José de Mello e Silva. Visitei o local, entrevistei o historiador Luiz Antonio Barreto e me interessei pelo assunto. De volta a Curitiba fiz rápida pesquisa sobre a família de Requião, e descobri, acidentalmente, o parentesco ancestral e em linha direta de Requião, nosso governador, com o histórico herói e mártir da Lapa o Coronel Candido Dulcidio Pereira. Daí talvez a simpatia de Requião pela Corporação. Melhor do que eu, todavia, poderá confirmar esse vínculo familiar, o próprio governador.
Acontece que encontrei em “Genealogia Paranaense” volume seis, o Titulo Martins Lopes. Todos conhecem naturalmente a Avenida Candido (Martins) Lopes, onde fica a Biblioteca Publica. Esse homem famoso, natural do Rio de Janeiro teve significativa atuação na vida publica do Paraná, aqui fundando o primeiro jornal do estado emancipado, em 1 de Abril de 1854, chamando-o de Dezenove de Dezembro. Também exerceu o cargo de delegado de policia na capital. Pois bem: ele era casado com Gertrudes da Silva Lopes, na cidade de Niterói, em 14 de maio de 1838. O casal teve dez filhos. Sua segunda filha, Cândida da Silva Lopes, casou-se em Curitiba em 1917, com o Capitão Candido José Pereira. O casal Candido e Cândida teve nada mais nada menos que 14 filhos. Entre eles, na terceira posição hierárquica, Candido Dulcidio Pereira, o coronel herói da Lapa, sendo esse, portanto, neto de Candido Lopes. Ora, acontece que Candido Lopes, também era pai de Gertrudes da Silva Lopes, homônima de sua mãe, que veio a casar-se em Curitiba com o baiano, Luis Antonio Requião em 31 de Agosto de 1831. Esse casal é o bisavô e bisavó de Requião, e eram tios de Dulcidio Pereira, donde concluímos sem erro que Candido Lopes é avô do Coronel Dulcidio Pereira e trisavô de Requião. Ou seja, Dulcidio era irmão da bisavó de Requião. Mas os laços familiares não param aí. Outra filha de Cândido Lopes, portanto também irmã de Dulcídio e viuva, casou-se em Curitiba em segundas núpcias com seu primo Getúlio Requião, tomando o nome de Cândida Requião Pereira, cujo marido, portanto era nada mais e nada menos, que irmão do avô de Requião, o comerciante Euclides Requião um dos fundadores da rádio PRB2. . Mas não para ai a curiosa relação das famílias. Um dos filhos do Coronel Dulcidio, o Primeiro Tenente Dagoberto Pereira casou-se com Shirte Requião, filha de Edmundo Requião e de sua mulher Francisca Leal Requião. Edmundo Requião, pai de Shirte também era irmão do avô, pela linha materna, do governador Requião. Ou seja, as famílias se unem em três pontos.
Outra coisa curiosa que encontrei é o parentesco direto de Requião com seu argui-inimigo Francisco da Cunha Pereira um dos donos da Gazeta do Povo, e acabei compreendendo por que a antipatia de Francisco pelo Requião. Em outra oportunidade, conto essa intrigante história que se fundamenta em Jesuíno da Silva Lopes um dos filhos homens de Cândido Lopes e a história do testamento de seus bens, incluindo o histórico jornal.
O que está posto aqui esclarece aos coronéis da Policia Militar do Paraná as relações de parentesco do Governador com um dos mais ilustres e respeitados membros da Corporação, ficando assim no meu humilde entender bem explicada a simpatia e o esforço que faz o governador para prestigiar e valorizar a nossa Policia Militar do Estado do Paraná, não fosse isso suficiente, ele cumpre a obrigação, pois o Governador, como todos sabem, é o Comandante em Chefe da Policia Militar, como reza a Constituição do Estado do Paraná.
Wallace Requião de Mello e Silva.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
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