O celular.
Cada coisa a gente testemunha.
Cada coisa interessante de contar.
A Sandra é seguidora de nosso blog. Ao descer do ônibus, mal tocou os pés no chão e viu um celular. Ágil nos seus 50 anos bem vividos, num movimento só o tinha segurado nas mãos. Celular novinho. Olhou em volta ninguém. Colocou na bolsa, e apressada se pôs a caminhar.
Não havia andado trinta metros e o aparelho tocou pala primeira vez. Oi, você que esta falando, achou meu celular? Ela desconfiada olhou em volta, podia ser um assalto que usasse o celular como isca. Quem fala? Sou fulano, perdi meu celular. Diga o numero! Xxx.xx xx xx, não é. Não sei vou verificar. Pode confiar moça sou o dono do celular, onde você esta, eu vou buscar. Desconfiada, responde ela: eu heim, nem pensar. Moça ... Escuta, na verdade o celular é do meu patrão, eu trabalho lá, não quero perder meu emprego. Diz ela: Pede para ele ligar para mim então. Hora depois um homem liga. Oi, sou beltrano, dono do celular, o rapaz o perdeu, nosso fixo é tal, o E-mail tal, se a senhora fizer a gentileza de devolver eu agradeceria. Ta bom, mas manda o rapaz com um cartão que tenha o numero do celular impresso, eu aguardo neste endereço.
Essa primeira parte que descrevi eu não testemunhei, mas essa que passo a descrever sou testemunha.
Estávamos eu, José Laércio, Pedro e Sandra, cada qual em sua mesa, quando chegou um rapaz, negro, de uns dezenove anos, do tipo tímido. Dona Sandra trabalha aqui? Sim, foi ela respondendo. Sou o moço do celular. Trouxe um cartão? Sim veja, abrindo a carteira, olha o número. Ta, tá bom, aqui esta seu celular. O rapaz sem fechar a carteira, tira cinqüenta reais, vira o rosto para um lado e estica o braço para outro como se dissesse: não acredito que estou fazendo isso. Sandra olha e diz: Nem pensar, não quero o teu dinheiro. Devolvo-te porque sei o que passei quando perdi o meu.
Eu olho para o Pedro e para o Laércio e estamos os três de boca aberta. Digo em tom de brincadeira, mas num desejo verdadeiro: Se ela não quer, nos queremos. O rapaz se assusta e rapidinho guarda a nota. Todos nós rimos do jeito dele. Ele, tímido diz: puxa é raro gente honesta... Muito obrigado... E vai saindo. Quando ele deu uns dez passos, Sandra diz: Oi moço. Ele para. Ela diz: Quer me ajudar. Ele abre os olhos como se estivesse vendo uma locomotiva se aproximar à toda. Responde: simmmmmm. Ela diz, então, querido, vote no Requião.
Puxa que alívio.
wallacereq@gmail.com.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
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