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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Causos.

Causos de Curitiba.



Existem casos do passado que por não serem registrados desaparecem.

Quem se lembra de seu Nilo, dono da Imobiliária Progresso? Homem solitário, alcoolista, bom coração, incompreendido. Fora para a Guerra onde desenvolveu sua neurose.

Com o final da Guerra ganhou do governo Brasileiro o direito de adquirir veículos militares, e assim começou seu patrimônio. Sua imobiliária, em poucos anos, somente operava para a administração de seu patrimônio pessoal que não era nada pequeno.

Aos setenta e tantos anos, antes de morrer, mantinha quatro amantes, com as quais  se relacionava muito bem, e que herdaram uma boa casa cada uma.

Difícil no trato, quase sempre bêbado, a família, incluindo filhos o abandonaram.

 Foi quando lhe apareceu para os serviços domésticos uma jovem polaquinha cheia de predicados. Ele logo se apaixonou. O velho já não saia de casa e ate parou de beber. Deu um filho à donzela, ao qual assumiu, e enchia de mimos.

Rico, muito rico, vivia vida farta. Porém não tinha coração usurário. Ao comprar um carro novo, por exemplo, deu o velho ao motorista particular dizendo:> leva já não tenho onde guardá-lo... O que não era verdade.

A morte o colheu na cama. O velho soldado morria protegido nas trincheiras do amor.

Realizado o féretro muito concorrido... Os parentes que o haviam abandonado em vida correram para a casa do velho soldado. Entraram dizendo á jovem polaca e seu filinho: Damos-te uma hora para arrumar as suas coisas e cair fora daqui. A moça na maior calma disse sim. aguardem um pouquinho. Foi para dentro, abriu o cofre onde tinha copia de documentos importantes e voltou com alguns deles. Entregou aos exaltados e “amorosos” parentes do de cujos. Um leu e ficou branco. Passou para outro, e outro e todos leram. Então a polaquinha disse:> Eu vos dou dez minutos para deixarem a minha casa ou chamarei a policia. Todos saíram praguejando... Isso não vai ficar assim.

A polaquinha era herdeira de 50% por cento dos bens do velho guerreiro, e seu filho legitimo herdeiro dos outros cinqüenta, dos quais a polaquinha era a procuradora.

Sim os parentes reclamaram na justiça durante anos, mas a polaquinha e seu filho herdaram 631 imóveis na cidade de Curitiba e região.

Quem me contou esses detalhes foi o motorista do insólito casal. Um guerreiro de mais de setenta anos e uma polaquinha cheia de predicados de dezenove anos... Cuja família a  rejeitara na colônia por ter o salutar habito de oferecer trincheira ao soldado em tempo de guerra. E o velho dizia: se a bala nos vem nos abaixamos. E dá-lhe festa que as garrafas  estão vazias.

wallacereq@gmail.com

OBS: Não faz tanto tempo assim e esse homem gostava de mulheres. Hoje Curitiba vê um fenômeno vergonhoso, os "homens" só gostam de "homens" e suas "ex-posas" se perdem na felação . Cruel mas verdadeiro.




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