Violência e Frustração.
A sociedade precisa se debruçar sobre esse assunto.
Eu não vou escrever um tratado sobre a frustração e sobre os
muitos nomes que as diversas correntes em psicologia deram a esse fenômeno.
Basta um pouco de bom senso para compreender o que direi aqui.
Todos já viram uma criança birrenta. O que falta a uma
criança birrenta é a resistência a frustração, ou seja, certa dose de autodomínio.
Crianças birrentas não aceitam o não, ou seja, não aceitam limites. Esse típico
comportamento infantil faz o adulto tirano e violento. Ele não desenvolveu a
resistência a frustração.
O adulto violento e a criança birrenta vivem os fins e desprezam
os meios de obter.
Agora tem outra face da moeda. A excessiva imposição de
limites impõe ao individuo duas atitudes. A depressão ou autodestruição, ou a
reação de rebeldia violenta e auto preservação.
Alguns animais quando acuados em um canto reagem de maneira
distintas, se entregam e se urinam de medo... Ou na outra reação reagem com violência
assustadora. Tentem acuar um rato em um canto. O animalzinho se enche de gritos
dentes e expressões assustadoras. Ele reage pela auto preservação.
Mas o importante de sabermos é como a sociedade esta
trabalhando as questões dos limites. Está claro para todos que já atenderam
drogados,, alcoolistas, notaram que eles têm baixíssimo grau de resistência a frustração.
Eles fogem da frustração pela droga, no entanto são como todos os seres vivos
candidatos a ações violentas de auto-preservação.
Então, já dissemos em outro artigo, que educar-se é educar a
ação, é controlar-se. No foro intimo é a livre aceitação de princípios morais (Morus=
comportamento deduzidos dos Mandamentos de Deus).
Então a questão fundamental é perguntar-nos: Como a
Sociedade esta frustrando e ou satisfazendo os desejos humanos? Onde esta o equilíbrio?
Nessa descoberta estará a minimização da violência.
Aparentemente, como a sociedade perdeu sua base natural, ela
se propõe a uma licença em sociedade, o que é que propor a liberdade sem limites. O mínimo
bom senso nos permite compreender que é impossível que todos façam o que
querem, ou o que gostam.
Assim, por exemplo, quando uma rádio durante todo o dia
coloca na cabeça do jovem uma palavra de ordem como: “Mundo Livre”, e completa:
"Todos concordam que é muito melhor a vida sem limites", estão propondo a
licença na sociedade, está (consciente ou inconscientemente) formando crianças birrentas e
adultos licenciosos com baixa resistência a frustração. O paradigma tem solução
matemática e tal atitude produzirá certamente a violência.
Nossa sociedade é uma sociedade de fins (comercio), mas não
oferece os meios. Ou seja, temos que consumir sem parar... Mas ninguém nos diz
como obter os meios lícitos para realizar esse paradigma. Alguém dirá: trabalhar.
Não essa palavra é usada para a escravidão humana. Ela esta vazia de conteúdo,
ela não nos fala de como realizar a satisfação qualitativa de necessidades, nem nos diz como
controlar a frustração. Todos, ou quase todos trabalham por dinheiro, mas esse
dinheiro não é muitas vezes suficiente para as necessidades básicas, muito
menos para remediar a frustração de viver num apelo constante para um consumo inatingível.
Não vou desenvolver, mas podemos notar que a sociedade acua
os indivíduos com suas dividas ( e comportamentos), ao mesmo tempo em que lhes diz: não há limites,
não há fronteiras, não há moral... Você pode você pode, você pode.
E as pessoas se frustram para reagir em consequencia de dois modos básicos;
Com violência ou com auto violência. Tirando dos outros à força, ou
violentando-se a si mesmos.
E por que não queremos parar. Porque se eu paro eu penso, e
se eu penso eu choro diz a canção. A sociedade não quer chorar os próprios erros.
Os que se sentem acuados constroem muralhas para se proteger dos que se sentem
acuados por não possuir. Os que têm tudo se drogam porque não encontraram no
ter a realização mais profunda do seu ser. Os que não têm se drogam para
suportar a cruel batalha das ruas e ai também não encontram a razão de ser.
Desculpem... Mas a Sociedade de hoje e de ontem, desde muito deixou de se
preocupar com Deus... Não esse deus do comercio, da compra de santidade, poder
e gloria, mas do Deus que nos dava limites razoáveis e válvulas de escape para
crescermos nos educando mutuamente no Amor. Mas Deus não existe e, portanto,
tudo se pode, inclusive matar, roubar, violentar. E por dinheiro. Pois o que fazemos
na rua, faremos também nos presídios. O preso não perde a liberdade porque a
liberdade não existe, é uma fantasia dessa sociedade hipócrita e mentirosa. Se
você não tem bom comportamento no Grande Presídio ( O mundo livre), você perde a “liberdade" e
vai cumprir pena para um Pequeno Presídio. A diferença é que no Grande Presídio todos devem supri o seu sutento, nos pequenos os prisioneiros do Grande Presidio mantém o sustento daqueles que ousaram violar a ordem do Grande e frustrante Presidio que é a Sociedade sem Deus.
Como conSertar? Querem saber? Eu estou precisando alugar a minha caneta.
wallacereq@gmail.com
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