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quarta-feira, 16 de maio de 2012


O universalismo católico.

O texto que trago aqui é bem curioso. Para entendê-lo preciso lembrar alguns pormenores dos quais acredito nossos leitores já estejam familiarizados. Em primeiro lugar a palavra Católica (o), é de origem grega (língua usual na Palestina naquele tempo e língua da Bíblia de Alexandria ou dos Setenta, lembrando que essa tradução para o grego foi feita muito antes do surgimento do Novo Testamento), e quer dizer: aquele que congrega; que atrai a todos. FREQUENTEMENTE encontramos traduzida por universal, tradução usual no cristianismo. O segundo ponto, sempre lembrado por nós, é que o primeiro Papa (O príncipe dos apóstolos) é o pescador judeu Pedro. No primeiro século de nossa era tivemos cinco Papas, a saber: Pedro (67), instituído na função pelo próprio Cristo (Messias) (Pedro tu és pedra, sobre ti edificarei a minha Igreja), Lino (67-76), Anacleto (76-88), Clemente (88-97) e Evaristo (97-105). Se não me falha a memória os três primeiros são todos judeus*. Como eram também hebreus Jesus, Maria e José, esse último oriundo da nobreza de David. O Catolicismo, portanto tem origem no seio do judaísmo¹, tendo como protagonistas judeus. Judeus de língua grega, aramaica e eventualmente hebraica (o hebraico já não era usado à época de Jesus Cristo). É um erro, portanto, pensar que o catolicismo tem origem Romana, ele tem origem hebraica. Foi o martírio de Pedro e Paulo (hebreus) em Roma, que providencialmente desloca o primado católico para Roma. Todavia ele nem sempre ficou lá (em Roma). Também é um erro pensar que nasce da influência da cultura grega, posto que desde o terceiro século antes de Cristo, os gregos e depois os romanos dominavam a região. Mesmo assim o Catolicismo nasce claramente do pensar judeu, numa síntese prevista e anunciada pelos Profetas.

Posto isso eu passo a reproduzir esse texto, tirado do livro dos “Atos dos Apóstolos”, lembrando, que quase todas as epístolas principalmente as de Paulo², são anteriores à redação do Novo Testamento, ou como também é chamado; da redação da Nova e Definitiva Aliança.

O que você estará lendo é, portanto, uma narrativa de um diálogo. Um diálogo universalista entre judeus e pagãos. (Atos 10-25 e seguintes).

Quando Pedro estava para entrar em casa, Cornélio³ saiu-lhe ao encontro, caiu aos seus pés e se prostrou. Mas Pedro levantou-o, dizendo: ”Levanta-te eu também sou apenas um homem”.

Então Pedro, tomou a palavra e disse: “De fato estou compreendendo que Deus não faz distinção entre as pessoas. Pelo contrario, Ele aceita quem o teme e aceita a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença”.

Pedro estava ainda falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a palavra.

Os de origem judaica que tinham vindo com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado também sobre os pagãos. Pois eles os ouviam falar e louvar a grandeza de Deus em línguas estranhas. Então Pedro falou: “Podemos por acaso negar a água do batismo a estas pessoas que receberam como nós o Espírito Santo?” Ele mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Eles pediram, então, que Pedro ficasse alguns dias com eles.

Interessante é notar que este pequeno texto é um testemunho contra o nacionalismo racial judeu, e o sectarismo da História da Salvação. O texto deixa bem claro a vocação universal do judeu-cristianismo que congrega todos universalmente e por isso foi chamado “CATÓLICO”.

Por outra via, podemos notar que o altar cristão é a herança do altar dos sacrifícios hebraico. Assim como o Solidéu ( só para Deus), pequeno gorro vermelho usado pelos bispos cristãos, e branco no caso do Papa, nada mais é do que o “Kippá” hebraico comprovando a linha de continuidade do judeu-cristianismo. Do mesmo modo a Estola é herança do judaísmo. Autores modernos procuram confundir os católicos com o caso da Mitra papal, que seria uma herança do Egito. Mas essa herança passa para os judeu-cristãos prela via do judaísmo. Não foram, e nos fica bem claro, os cristãos oriundos do paganismo,  aqueles que permaneceram no Egito e sim os hebreus. A Mitra veio para o cristianismo pela via do judaísmo. Foram eles, os judeus, portanto, que herdaram as tradições do “ritual” egípcio, que já era praticado ao tempo do Rei Salomon. Não foi a Igreja de Cristo. A Igreja de Pedro (instituída por Cristo) herdou sim algumas tradições do judaísmo, tais como, por exemplo, o Altar do Sacrifício, a Tiara, o Solidéu, a Mitra, o Báculo, o Levirato (sacerdócio) e a questão inicial dos judaizantes, que queriam sectariamente a circuncisão dos neófitos cristãos num claro apelo racial. Assim o cristão étnico era o cristão oriundo do judaísmo.

OBS¹: O judaísmo aqui é usado como generalização, e não como descendência do Reino de Judá, em oposição ao reino de Samaria. Também não poderíamos usar israelitas, pois esses negam o cristianismo e a Divindade de Jesus e ate mesmo a sua filiação divina única, assim como negam que Jesus seja o Cristo, o Ungido, o Messias Prometido.

² Paulo: era judeu, como ele mesmo diz: hebreu da casta dos Fariseus, mas era também cidadão romano por compra de cidadania, caso semelhante a outros judeus encontrados no Novo Testamento.

³ Cornélio: era esse o soldado romano? O texto deixa claro que era não judeu, pois os de origem judia vinham com Pedro. Podemos supor que era pagão e que foi batizado nessa oportunidade.

*Lino: Paulo menciona Lino na carta a Timóteo, (Segunda Timóteo 4-21) foi o segundo Papa e era natural de Volterra na Etrúria. Santo Irineu na Lista dos BISPOS DE ROMA escreve: “Após haver fundado a Igreja os bem aventurados apóstolos (todos judeus) transmitem a Lino o encargo do episcopado”. Ora, esse grupo de cristãos- judeus certamente (ou provavelmente) haveriam de entregar a Igreja a um judeu da Etrúria. Sabemos também que ele era um dos 72 discípulos. Ora isso indica que temos 99% de que Lino fosse judeu.

Anacleto: Também conhecido por Cleto era, judeu de origem grega, nascido em Atenas. Foi o terceiro Papa.

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