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terça-feira, 13 de agosto de 2013

As pequenas naus .

As pequeninas naus portuguesas, e as minúsculas naus inglesas.
Quando eu vi, no porto de Miami, EUA, as naus, Santa Maria, Nina e Pinta, percebi de imediato que muita mentira havia sobre os descobrimentos. Hoje lendo, a relação das naus armadas portuguesas, vejo que os historiadores multiplicam tudo por dez. Honda há 20 bocas de canhão em uma nau, eles falam, 200. Onde há 70 homens embarcados eles falam em 700.
Ao ler sobre o Naufrágio de Luís de Mello e Silva, que partiu de Lisboa com cinco naus, e cerca de quatrocentas pessoas, ou seja, uma media de 80 pessoas por navio isto me saltou aos olhos. Fui então com mais cuidado aos documentos antigos, e vi que um galeão, tinha embarcado mais ou menos 150 pessoas. Os maiores barcos portugueses dessa época chegaram a 60 metros, e 200 toneladas de peso total carregados. Ora é impossível colocar mil homens num barco desses.
Quando a família Real veio ao Brasil, já existiam barcos de 700 toneladas, que embarcavam no Maximo 300 pessoas sem a menor acomodação. Dizer então que vieram milhares de pessoas na frota de Dom João VI (o que não é confirmado nos registros portugueses é multiplicar por dez a capacidade dos barcos).
Veja você essa pequena replica em escala, e imaginem 1005 pessoas, que teriam embarcado com Dom João VI em sua nau. Dê-lhes espaço para dormir, comida, água, etc., e você verá que os números são mentirosos. Estude o assunto, veja quantos metros quadrados tinha um grande barco português, e coloque ali 1000 pessoas.
Outra curiosidade, é que com o aprisionamento da Caravela Madre de Dios pelos ingleses, ficou denunciada o fato histórico que as naus inglesas eram três vezes menores, eram minúsculas. Pense: Por que esse exagero histórico? O que ele esconde? Não confie no que digo, aprenda a ter espirito critico sobre o que lê.

A Grande nau portuguesa Madre de Deus, capturada pelos ingleses com apenas vinte bocas de fogo ( dez de cada lado), mas os documentos recentes querem dizer que ela tinha duzentos canhões.



Geraldo Azegna  





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