Jornada Mundial da Juventude
Ver é diferente de enxergar.
Algumas pessoas não enxergam. Procuram um
oftalmologista e corrigem a visão e passam a enxergar, o que nem sempre
significa ver. Enxergar diz respeito à nitidez da imagem, ver a compreensão do
que se enxerga. Como exemplo, alguém vê uma formula matemática com nitidez, mas
nada vê nela.
Os comentaristas da Jornada Mundial da Juventude
parecem enxergar os fatos, mas neles nada veem. Quatro milhões e meio de
jovens, segundo a PM do Rio, e ou três milhões de jovens segundo a imprensa, se
reuniram durante sete dias na Cidade Maravilhosa.
A primeira revelação da visão é a pacífica estadia
naquela cidade. Ora, meus amigos, na noite da vigília não havia bebidas,
drogas, comportamentos hostis aos que provocavam desde fora da vigília,
escândalos sexuais, etc.. Somente isso já é um fato para lá de providencial. A
perseverança desses jovens é outro marco espantoso. Primeiro a falta de
informação, depois a troca do local dos eventos, depois a parada por falta de
energia do Metro, seguiu-se a parada das Barcas da estação Niterói. A falta de coletivos,
as longas caminhadas a que eram obrigados os milhões de pessoas para embarcarem
nesses coletivos superlotados e poderem regressar às suas hospedarias, mas
nada, absolutamente nada fê-los desistir. Nem mesmo os boatos plantados a cada
momento de ameaças de atentados, etc.
Outro fato que faz parecer que os que olham enxergam,
mas não veem foi o fato de o comércio da cidade ter sido fechado nos últimos
três dias. (resultado: mictórios insuficientes durante largos percursos de
caminhada). Alegaram os administradores da cidade que os jovens ocuparam
totalmente o Metro, impedindo o livre trânsito de outros cidadãos. Algo difícil
de crer. Porém possível.
Famílias que hospedaram estrangeiros e brasileiros de
outros estados ficaram encantadas com a educação, disciplina e entusiasmo desses
jovens, o que por si só é algo a ser comparável com qualquer outra das reuniões
de jovens nesse país.
Os garis na praia de Copacabana faziam notar que esse
numera recorde de pessoas na praia, não deixou nem um quinto do lixo que se
deixou nas praias durante as festas de fim de ano. A Policia Militar do Rio
também se assombrou com a civilidade e alegria sadia dos milhões de jovens
peregrinos.
Então a pergunta certa seria, o que os motivou? O que
os retirou desse perverso e esperado comportamento de qualquer massa de jovens
no nosso país? E não, como querem enxergar, sem entender, os comentaristas e
inimigos de plantão... Que “viram” um fenômeno histérico coletivo. Não foi o
que vimos.
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