Pedofilia (um alerta aos permissivos e aos construtores de um erotismo anti-vida).
Delicado o tema.
Farei, portanto, uma introdução ao tema pressupondo que você tenha lido em nosso Blog (grupog23. blogspot.com) outro texto, difícil, e com grandes possibilidades de aperfeiçoamento doutrinário e também passível de aperfeiçoamento no que diga respeito á língua portuguesa, titulado ”Ataques a pureza e a inocência”. Embora difícil, o texto cria, ali, toda uma linha de pensamento do autor.
Vou começar chamando a atenção para uma frase Bíblica que nos diz algo assim: Quando éramos crianças, pensávamos como crianças, agíamos como crianças. Quando nos tornamos adultos, abandonamos o que era de crianças. O que tiramos disso? Que há uma diferença fundamental entre os adultos e as crianças, (a qualidade do Julgamento) e isso é fundamental para pensar e entender o tema aqui proposto.
Alguma leitura também é necessária. A Epistemologia Genética de Jean Piaget, por exemplo, nos mostrará que o pensar e perceber da criança obedece varias fases que as vão diferenciando. Ler a grande Anne Anastasi em “Psicologia Diferencial” para se ter uma idéia das diferenciações experimentais da percepção e desenvolvimento do pensar e sentir infantil, e a obra “Freud o Antipedagogo”, de Catherine Millot. Esta montado o embasamento conceitual. Resta-nos ainda, ler o grande endocrinologista cristão, médico e padre, João Mohanna, que nos demonstrará que sob o ponto de vista dos hormônios sexuais, uma criança, pela imaturidade de suas glândulas, difere em muito e radicalmente de um adulto. Ler ainda a Psicologia da Criança de Paul Cesari (Tradução de Perola de Carvalho). A “cerebração” é neologismo (cérebro+ação) que quer dizer que há uma progressiva descoberta ou amadurecimento, ou despertar seqüencial das funções cerebrais, portanto, como já dissemos o pensar da criança não é o pensar do adulto, menos ainda, é o seu sentir no que diga respeito à sensualidade, é comparável como ao do adulto.
Resumindo, o sentir e o perceber sexual da criança não é igual ao do adulto, portanto a violência sexual sofrida pela criança é sentida e “cerebrada”, fixada na mente, de maneira diversa da interpretação adulta, a violência sentida pela criança é sentida como desamor, ou seja, se lhe batem, se lhe forçam a comer ou beber, se lhe impedem os movimentos, ou se lhe violam a integridade física, nada disso é sentido como sexo ou correlato ao sexo, pois isso é experiência inexistente na criança. Portanto sua base é a dor, não o prazer, muito menos o prazer sexual.
A maturidade sexual da criança é tardia, e aproxima-se da puberdade, numa evolução dos hormônios que resultam no aparecimento dos pelos pubianos. Na menina se anuncia na menarca (primeira mestruação), embora isso não corresponda ao total amadurecimento anatômico.
Em momento nenhum estou defendendo a precocidade sexual, e sob o ponto de vista cristão, a maternidade de Maria (aos 17 anos) nós dá um índice, uma idade, uma marca, uma proposta adequada à maternidade, pois Deus não é um pedófilo.
O que vimos ate aqui, é que a criança não tem os hormônios sexuais, portanto não sente a sexualidade como um adulto. Na verdade a excitação dos genitais de um menino pequeno ou menina produz via de regra a dor, pois sem a necessária maturidade cerebral, e sem a maturidade hormonal e anatômica, faz, nessa idade, da criança, um ser inadequado para experimentar e sentir a vida sexual.
Outra curiosidade, digna de nota, é que a cicatrização, a restauração óssea, e a cura emocional na criança, assim como sua capacidade de aprender é muito superior ao adulto, o que nos faz pensar nas “conseqüências psicológicas” da violência sexual na criança, (que como toda e qualquer violência é memorizada segundo os diversos estágios de desenvolvimento do julgamento infantil), todavia, que é sempre absurda, covarde, inadequada, abusiva, e dolorosa, porém é auto-restaurável, ou seja, há esperança. (exceto quando atenta contra a vida).
Uma criança que tem por habito manipular os genitais tem coceira, não prazeres sexuais. Coceira do ureter, coceira da glande ainda envolta no prepúcio, e na menina, selada pela virgindade, a acidez da urina e imaturidade do clitóris. Etc.
Assim a puberdade (de púbis, pelos) é a fronteira entre a imaturidade hormonal e o inicio da maturidade sexual. Na mulher, a prontidão, porém não a maturidade anatômica, aparece com a primeira mestruação.
Vamos agora percorrer a etimologia das palavras. Paidos, do grego quer dizer criança. Gogo, do grego, quer dizer o que ensina. Filos, também do Grego quer dizer amigo, unido, companheiro. Herastes do Grego quer dizer amor sexual. Assim Peda+gogo, quer dizer o que ensina as crianças. Pedofilo, o que é “amigo” das crianças, companheiro habitual, e paidos + herastes (pederasta em português) o que tem amor sexual pelas crianças. Pederasta sempre foi na língua portuguesa sinônimo de viado, homossexual, pederasta. Portanto esta clara, em principio, a homossexualidade “etimológica” da palavra. A pederastia também chamada sodomia, é a sensualidade anti-vida, ou seja, é o desvio cabal da orientação funcional e instintiva do sexo, muito estudada por Leon Michaux em sua obra “Les Troubles Du Caractèr” no capitulo sobre as perversões instintivas que corrompem o instinto. A) instinto de conservação, B) o instinto de reprodução e C) o instinto de associação.
O pederasta (e a lésbica) é autor passivo ou ativo de abuso sexual (ab+ uso = mau uso do sexo) explicito ou implícito e vitima da corrupção do instinto. O pedófilo, o pederasta, e a lésbica são homossexuais de tendência (homo eróticos), (embora às vezes com aparência de heterossexualidade) com desvio sexual de objeto e “Tempo”. O pedófilo é um individuo reverso, regressivo, covarde, um indivíduo que não quer crescer, que refuga que retorna que involue, que regride, ataca o impotente (o inocente), por não ser capaz de assumir a competitividade dos potentes, dos adultos, dos maduros e responsáveis no seu comportamento sexual. É um invertido, em diversos aspectos.
Dois grandes autores, considerados clássicos, pouco estudados ate agora, são: Haverlock Ellis (Estude de Psycologie Sexuaelle) e Hirchefeld em (Sexualpathology). Ora, esses dois autores fizeram clássicos e detalhados estudos dos desvios sexuais. São eles: Anomalias de grau: 1) Anomalias de grau, ou seja, exaltação do instinto sexual (ninfomania e safismo) e a diminuição ou abolição da apetência genésica (como frieza feminina e impotência masculina). Na outra ponta, as anomalias de natureza, dividida em: 1) Perversões e 2) Inversões. As perversões: onanismo (masturbação compulsiva) Fetichismo; Exibicionismo; Sadismo; Masoquismo: Necrofilia; Bestialidade e Incesto.
As inversões do instinto: de tempo, com ou sem homossexualidade (pederastia ou pedofilia) e Gerontofilia (amor sexual aos velhos com ou sem homossexualismo). A inversão de objeto: o homossexualismo masculino ou feminino, entendido como Safismo e Tribatismo, e ainda a bestialidade (sexo com animais).
Importante também, assinalar os chamados desvios de julgamento.
Vou tentar uma imagem, embora não plenamente cientifica, nem totalmente desenvolvida, mas eu a uso com apelo didático para facilitar a compreensão.
Imaginem uma régua de 15 centímetros. Cada centímetro corresponde a um ano de evolução de uma criança. De zero a um, a vida intra-uterina, de um a dois, o primeiro ano de vida extra-uterina, ate o décimo quinto ano que se completaria no 16º centímetro. Qualquer observador reconhece a criança, o ser humano em desenvolvimento. Embora os comportamentos, as ações e as reações sejam muito distintas em cada fase. Se entregamos um punhado de porcas e parafusos para essas crianças, do primeiro ano de vida ate o décimo quinto ano, veremos as mais diferentes reações, a incorporação, a classificação, a descoberta de funções e finalidades, a abstração. Ou seja, mal comparando, a criancinha espalhará ou levara a boca. Outra, pouco mais amadurecida, classificará em grupos por semelhança, outra mais desenvolvida descobrira relações entre porcas e parafusos, outra pouco mais desenvolvida descobrira sutilezas, com subclasses, como parafusos e porcas pequenas, ou rosca grossa e rosca fina, outro descobrira funções, outro ainda fará abstrações, imaginara usos, deduzirá conceitos, abstrairá materiais etc. Ora, as crianças em etapas, vão diferenciando aos poucos, os meninos das meninas, as meninas e meninos pequenos, dos maiores, e os diferenciará, as crianças dos adultos, descobrirá funções e relações adequadas, finalidades. Abstrairá usos e relações, preverá conseqüências, assim ate a maturidade mental média do adulto. Se nós observarmos graves alterações dessas funções de julgamento, poderemos nos perguntar: Estamos diante de um retardo mental? Diante de alteração grave do julgamento por embriagues de droga ou álcool, pelo envenenamento endógeno ( psicose tóxica hormonal), diante de lesões cerebrais, diante de morte de tecidos cerebrais por febre, falta de oxigenação, defeito congênito, alteração do julgamento por doença Iatrogênica ( uso irresponsável de hormônios artificiais ou naturais na gravidez ou fase de desenvolvimento). Alteração de julgamento pós-traumática; pós-infecciosa; demências episódicas; demências psicógenas. Ou algo como um herpes cerebral, por exemplo, ou uma cisticercose cerebral, ou um tumor de hipófise.
Ou seja, quando um indivíduo apresenta alterações de julgamento que o torna incapaz de diferenciar a inadequação dos sexos, das idades sexuais, das funcionalidades sexuais, da adequação anatômica, estamos diante de um quadro grave de psicogênese, ou de demência (desestruturação do julgamento). Assim, Leon Micheaux, completa seu trabalho com o estudo pormenorizado das perversões nos fatores hereditários e adquiridos nas perversões sexuais, subdividindo-as em: Perversões instintivas e constitucionais; e perversões instintivas e reflexos condicionados.
Para terminar esse texto que nada mais é que uma introdução ao tema, eu quero falar algo sobre a violência; violência vem de violar, lesar radicalmente a integridade física, moral ou sexual (o que é o mesmo radical) de vitima impotente, incapaz de defesa equitativa ou à altura do ataque sofrido, cuja liberdade, e julgamento, esta prejudicada e que pode, também, atentar contra a vida. O aborto, nesse sentido, no estudo de Leon Micheaux, é uma violência de cunho sexual (contra a procriação, cuja via natural, é o sexo, caindo nas perversões do instinto de conservação, perversão do instinto de reprodução, e do instinto de associação) e é violência contra a vida e contra a criança. O aborto é violência sexual contratada (o aborto viola a mãe anestesiada, rompe a sua integridade física artificialmente, paralisa toda a sua produção hormonal e mata a criança em seu seio). O estupro é uma violência contra a integridade sexual, e na criança tão grave como a surra, a lesão corporal, o homicídio. Termino aqui essa introdução, pedindo ao interessado que leia os títulos acima, (ou abaixo mais raros) de modo a entender que a criança não tem opção, nem escolha, quando sofre a violência contra a sua integridade física, ou física sexual, seja ela pelos maus tratos físicos e morais. Seja ela pelo abuso sexual. Seja pelo atentado contra a vida.
Também são considerados clássicos do estudo do homo e hetero erotismo com desvio de objeto e idade do objeto (crianças), os seguintes autores: Westefhal; Krafft-Ebing; Moll; Tarnowasky; Chevalier; Raffalovich e Maranhon.
Wallace Requião de Mello e Silva.
O autor é Psicólogo.\\\
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domingo, 26 de janeiro de 2014
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