“E enquanto não tivermos industrialização os empregos gerados continuaram sendo de no maximo 2 salarios minimos ” – Requião
Governador do Paraná defende investimento maciço no setor produtivo para transpor os efeitos da crise econômica internacional
Fonte: Brasil de Fato Brasil de Fato
Por Mário Augusto Jakobskind
O Governador do Paraná, Roberto Requião, acredita que o Brasil está numa encruzilhada: ou se fazem fortes e maciços investimentos industriais, criando condições para o desenvolvimento real, ou “selamos a nossa história como meros produtores de commodities agrícolas, consolidando augusta presença no mundo subdesenvolvido, do atraso, da periferia”. E, se isso acontecer, acrescentou, o Brasil se reduzirá a espaço para as plantationsdas multinacionais”.
Essa opinião foi apresentada por Requião no seminário “Alternativas para o Brasil enfrentar a crise”, evento realizado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, e organizado por dez entidades, entre as quais o Conselho Regional de Economia, além do jornal Monitor Mercantil.
No entender de Requião, uma das medidas para se enfrentar a crise financeira cada vez mais presente no setor produtivo da economia brasileira é a estatização do crédito. O governador defende que, em vez de repassar dinheiro para os bancos investirem em títulos do Tesouro, o Estado deve conduzir uma política de financiamento extremamente agressiva, forçando também o sistema bancário a abrir linhas de crédito para ao empresariado brasileiro, especialmente para a indústria. Requião cobrou a efetivação de uma política industrial, que nunca sai do papel, e lembrou o que considerou óbvio, ou seja, que “sem industrialização não há desenvolvimento”.
Investimentos em infra-estrutura
Depois de alertar para a necessidade de se investir em infra-estrutura, o governador lembrou que, com o fato de que 60% do território brasileiro não são acessados por estrada de ferro, rodovia ou avião, e não possuem energia elétrica ou telefone, não existe nenhuma chance de construirmos uma economia forte.
Além disso, defendeu o controle do câmbio. “Um país que pretenda ser zeloso de sua soberania e de suas decisões na área econômica não pode deixar o câmbio solto, sem vigilância, submetido aos azares da sorte”.
O governador defendeu também uma proposta do professor Carlos Lessa, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que perdeu o cargo no primeiro governo Lula por entrar em choque com representantes do capital financeiro, inclusive o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: “todas as operações cambiais deveriam ser centralizadas no Banco do Brasil, cabendo ao Banco Central esclarecer as circunstâncias dos fluxos, pois o país precisa saber, sua soberania exige que saiba, as condições de todas as operações de câmbio”.
A desoneração do consumo foi também um dos pontos sugeridos por Requião para o Brasil enfrentar a crise financeira que se amplia. Para ele, é necessário uma “reforma tributária que diminua os impostos sobre os bens de consumo que o salário compra”. E observou: “estou fazendo isso no Paraná, reduzindo de 25% e 18% para l2% o ICMS sobre 95 mil produtos de consumo dos assalariados. Ao mesmo tempo, para equilibrar a arrecadação, elevo alíquotas de produtos que não influam diretamente sobre os preços do que os assalariados consomem”.
Ainda segundo Requião, no momento que o Brasil atravessa é fundamental manter e estimular o consumo, o que significa manter a produção e os empregos e, ao mesmo tempo em que “tomamos medidas que diminuam o impacto da crise sobre nós, devemos desatrelar o nosso destino da globalização neoliberal”.
Governador do Paraná defende investimento maciço no setor produtivo para transpor os efeitos da crise econômica internacional
Fonte: Brasil de Fato Brasil de Fato
Por Mário Augusto Jakobskind
O Governador do Paraná, Roberto Requião, acredita que o Brasil está numa encruzilhada: ou se fazem fortes e maciços investimentos industriais, criando condições para o desenvolvimento real, ou “selamos a nossa história como meros produtores de commodities agrícolas, consolidando augusta presença no mundo subdesenvolvido, do atraso, da periferia”. E, se isso acontecer, acrescentou, o Brasil se reduzirá a espaço para as plantationsdas multinacionais”.
Essa opinião foi apresentada por Requião no seminário “Alternativas para o Brasil enfrentar a crise”, evento realizado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, e organizado por dez entidades, entre as quais o Conselho Regional de Economia, além do jornal Monitor Mercantil.
No entender de Requião, uma das medidas para se enfrentar a crise financeira cada vez mais presente no setor produtivo da economia brasileira é a estatização do crédito. O governador defende que, em vez de repassar dinheiro para os bancos investirem em títulos do Tesouro, o Estado deve conduzir uma política de financiamento extremamente agressiva, forçando também o sistema bancário a abrir linhas de crédito para ao empresariado brasileiro, especialmente para a indústria. Requião cobrou a efetivação de uma política industrial, que nunca sai do papel, e lembrou o que considerou óbvio, ou seja, que “sem industrialização não há desenvolvimento”.
Investimentos em infra-estrutura
Depois de alertar para a necessidade de se investir em infra-estrutura, o governador lembrou que, com o fato de que 60% do território brasileiro não são acessados por estrada de ferro, rodovia ou avião, e não possuem energia elétrica ou telefone, não existe nenhuma chance de construirmos uma economia forte.
Além disso, defendeu o controle do câmbio. “Um país que pretenda ser zeloso de sua soberania e de suas decisões na área econômica não pode deixar o câmbio solto, sem vigilância, submetido aos azares da sorte”.
O governador defendeu também uma proposta do professor Carlos Lessa, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que perdeu o cargo no primeiro governo Lula por entrar em choque com representantes do capital financeiro, inclusive o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: “todas as operações cambiais deveriam ser centralizadas no Banco do Brasil, cabendo ao Banco Central esclarecer as circunstâncias dos fluxos, pois o país precisa saber, sua soberania exige que saiba, as condições de todas as operações de câmbio”.
A desoneração do consumo foi também um dos pontos sugeridos por Requião para o Brasil enfrentar a crise financeira que se amplia. Para ele, é necessário uma “reforma tributária que diminua os impostos sobre os bens de consumo que o salário compra”. E observou: “estou fazendo isso no Paraná, reduzindo de 25% e 18% para l2% o ICMS sobre 95 mil produtos de consumo dos assalariados. Ao mesmo tempo, para equilibrar a arrecadação, elevo alíquotas de produtos que não influam diretamente sobre os preços do que os assalariados consomem”.
Ainda segundo Requião, no momento que o Brasil atravessa é fundamental manter e estimular o consumo, o que significa manter a produção e os empregos e, ao mesmo tempo em que “tomamos medidas que diminuam o impacto da crise sobre nós, devemos desatrelar o nosso destino da globalização neoliberal”.
O Paraná tem forte politica de isenção fiscal para incentivo do emprego, tendo criado desde 2003 mais de 680 mil empregos formais com rotatividade de apenas 23% no período. Possui o mais alto salário mínimo regional do país para fomento e manutenção do consumo de bens primários.
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