EuroLat: Requião defende América Latina solidária, não submissa.
Colaboradores: Mônica Nubiato Matos
Reprodução autorizada mediante citação da "Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul"
Santiago, Chile: O senador Roberto Requião, presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), defende que o MERCOSUL e toda a América Latina não devem se submeter à atual proposta de acordo com a União Europeia. Ele participou, em Santiago, Chile, da Assembleia Parlamentar Euro-Latino Americana (Eurolat), realizada de 23 a 25 de janeiro. Para o presidente da Representação Brasileira, os europeus querem apenas exportar produtos para a América Latina, além de pedirem facilidades para a migração de europeus desempregados para a região.
“A europa insiste em manter sua hegemonia, a segurança jurídica dos contratos, manter os países da américa do sul na condição de produtores de matéria prima barata... eles querem uma saída para a enorme crise e a saída deles se resume a exportar para nós, não querem importar nossos manufaturado...E neste momento querem exportar o desemprego também. Querem facilidades para imigração pro Brasil, Argentina, pros países da América do Sul”, alerta o senador Requião.
Ele interpreta que o posicionamento europeu é contraditório, enquanto desejam sair da crise econômica. “Como eles não querem importar mais nada e querem exportar, chegamos a um impasse. Se todos tomam a mesma posição isso vai levar ao nada, é uma conta zero”, explica.
O senador defende uma proposta solidária, que beneficie a todos os blocos de modo imparcial. “Temos que defender nossos interesses e estamos dispostos a ajudar a Europa numa proposta solidária, que ajude a todos nós... Solidários nós somos, submissos nunca mais”, conclui Requião.
Dados do Itamaraty (divulgados através da Agência Senado) apontam a União Europeia (UE) como o principal parceiro comercial do Brasil, enquanto o Brasil é o nono na lista de parceiros deles. Em 2012, o comércio bilateral atingiu US$ 96,6 bi. A UE investiu cerca de US$ 36 bi no Brasil em 2011, enquanto que o Brasil é o quinto maior investidor direto na UE , com cerca de US$ 80 bi, acumulado em 2010.
Projeto integrado de desenvolvimento
Durante a EuroLat, a Secretária Executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), Sra. Alicia Bárcena, interveio com uma análise das principais dificuldades para o desenvolvimento Latino-Americano. Segundo Bárcena, a integração produtiva está entre o principais problemas, sobretudo para o pequeno e médio empresário, onde o comércio intrarregional representa 19% , comparado com os 66% da União Europeia.
Para o senador Roberto Requião, o MERCOSUL tem o objetivo de promover a liberdade nas fronteiras, e será deste modo que acontecerá o avanço das relações comerciais na região. “Nós precisamos de um projeto integrado de desenvolvimento dos nossos países, e esse projeto não passa pela submissão à Europa - que está vivendo dificuldades terríveis nesse momento”, alerta o senador.
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