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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Os gracejos.

Os gracejos. (  texto inventado )
Com o tempo tornei-me um pouco inconveniente. Velho cheio de gracejos e pseudo-seduções. Não os faço por maldade, mas por necessidade. Com os anos todo homem vai se sentindo preterido , COLOCADO DE LADO, e em busca do equilíbrio, tenta a “conquista”, como se isso equilibrasse a balança dos relacionamentos afetivos. Fazemos isso para nos sentirmos vivos, vibrantes, quentes, pois somos via de regra solitários. Na verdade nem ao menos sou um namorador.
 Mas o curioso  é que esses gracejos dos velhos acabam criando situações que às vezes são bem constrangedoras como a que passo a contar.

 Passos à minha frente ia aquela mulher espetacular secretamente cobiçada. Não seria a primeira vez que lhe faria um gracejo. Ela caminhava inequivocamente para o estacionamento, e eu percebendo apressei o passo.
Ola, vai me levar passear? Ela para me olha sorridente e responde: Vou. Se fizer a gentileza, é claro, de me acompanhar ate o carro. Com prazer respondi.
Já na avenida, carro rodando, perguntei: Seria grosseria minha saber para onde me leva? Ela responde: é surpresa. Calei-me a observar aquele sorriso maroto, o brilho nos olhos, aquelas mão delicada onde só havia uma joia; a aliança.
Cruzamos a cidade em conversa divertida e amena, nos dirigia-mos para um bairro nobre. Portão eletrônico, ampla vidraça como frontal de uma casa bem desenhada, moderna, escada de pedras, jardim cuidado, um átrio protegido por trepadeira. Ela estaciona na garagem e diz: Wallace o que eu vou fazer, nenhuma mulher faria. Prepare-se para um carrossel de emoções!
Confesso fiquei aturdido, desconfiado, temeroso até.
Ela tira os sapatos de salto no átrio, abre a porta e diz em alta voz: Querido cheguei!.
Gelei...no que eu estaria me metendo?
Na ampla sala um homem grandalhão assistia TV. Ela, e eu a seguindo, nos dirigimos para ele. Ela diz: Querido esse é o Wallace, aquele senhor que me diz gracejos todos os dias. O chão pareceu fugir. O homem levantou como se fora um guindaste, quanto ,ais se esricava mais alto ficava, era grande, mas me pareceu ainda maior. Em pé estendeu a mão e disse: Prazer Wallace, certamente ficará para o jantar. Eu automaticamente respondi: Com prazer.Ufa!
 Ela então gritou: crianças, e de uma porta surgiu uma penca de crianças gritando mamãe. Imediatamente nos sentamos à mesa. Jantar simples, saboroso, rápido, num ambiente familiar que só quem já testemunhou uma família numerosa  sabe compreender. Eu estava completamente  constrangido.
Ao fim do jantar, aquela mulher maravilhosa diz: Querido, crianças, vamos agradecer a Deus por mais esse dia, e agradecer a visita do senhor Wallace que veio testemunhar a nossa vida em família. Então o dono da casa disse: Wallace, espero que tenha gostado do jantar. Eu compreendo que ache minha mulher bonita e atraente ( quase infarto), foi esse um dos motivos pelo qual  a escolhi como esposa. Mas como vê, não nascemos apenas para fazer gracejos e nos divertir, nascemos, ao menos  alguns, com a missão de constituir uma família. Mais do que isso, viver o amor em família para que nossos filhos aprendam a amar e respeitar o próximo. Foi, como vê, um prazer conhecê-lo, o senhor é pessoa bem agradável, como alias minha esposa já havia me alertado ao comentar seus gracejos. Mas, se pode nos desculpar, minha esposa o levará de volta. Respondi: Naturalmente, muito obrigado.
Ela veio dirigindo com aquele sorriso de mulher vitoriosa, segura, realizada. Movia aqueles lindos joelhos com graça. Eu já sem saber o que pensar espiava o “monumento” com o canto dos olhos. Não me sentia capaz de encará-la. Sentia-me muito pequeno.
Ao parar defronte a minha casa, abri a porta do carro e sem jeito balbuciei... Me DES-CUL-PE.
 Ela sorrio e então me estendeu a mão, segurou na minha com firmeza e carinho e disse: Wallace, Deus te ama... e eu também. Até amanhã.
Sai do carro atônito, desnorteado, estarrecido. Ela se foi. Eu fiquei sobre o meio-fio.
Ao virar-me dei com a cara no poste. Acordei vendo estrelas.


wallacereq@gmail.com. 






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