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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Usuário ou consumidor...

Eu rezava quando essas ideias me vieram límpidas.

Quantas vezes eu presenciei isso em minha vida; pequenas empresas que desejam a conquista de mercado, mas quando a demanda é superior a possibilidade de produção a empresa refuga, rejeita parte do mercado. Se a demanda é maior que a produção a empresa se escraviza, perde liberdade e criatividade, acaba com seus ideais ditados pelo consumo.Acontece também com as grandes. Diria José Blegèr que a empresa assustada com a demanda mata o consumidor para sobreviver. Em simples conclusão, o produtor necessita mas teme o consumo.
Sou um usuário ou um consumidor, eu me pergunto. Quando lemos na imprensa a palavra usuário logo nos vêm a mente o vicio de drogas, a perda da liberdade, da saúde e a consequente escravidão. Quando lemos consumidor, nos vêm à mente o comercio , ou consumo de bens ou serviços, como água, luz, bugigangas, equipamentos,  etc.
Concluo que eu sou um consumidor de baixo nível, ou seja, um consumidor em potencial, não um consumidor efetivo, de alto poder aquisitivo. Vivo como a grande maioria da população mundial na esfera da cobiça, isso porque a industria e comercio mundiais não suportariam a demanda.
No mundo afetivo também é assim. Eu me considero um consumidor potencial de mulheres. Não me considero um usuário de mulheres, mas um consumidor potencial de mulheres. Mas o mercado afetivo, como um reflexo dos demais mercados esta orientado para o alto poder aquisitivo, ou seja, para o consumidor efetivo ($$$). Assim, como esse numero de consumidores é sempre infinitamente inferior ao numero de consumidores potenciais, as mulheres no mercado afetivo acabam ficando só. As ' regras do mercado afetivo, e os jogos de relação afetiva no mundo desprezam o mercado potencial, assim caímos no mundo da cobiça afetiva.Imitando o mundo da economia, que não quer o crescimento exagerado da demanda, pois essa demanda não seria suportada, no campo afetivo, as pessoas odeiam a fertilidade, e por isso o casamento, e pelo mesmo motivo preenchem o vazio das suas vidas com a cobiça ( que é o consumo potencial), e que se prestarmos a atenção se manifesta em todos os níveis da sociedade, portanto na grande maioria das pessoas  neste planeta vivemos na virtualidade, no sonho. Demanda reprimida, para manutenção do poder efetivo sobre as riquezas.
Se no mundo do comercio o meio de troca é o dinheiro nas suas múltiplas moedas, no mundo afetivo o meio de troca é o amor, confundido muitas vezes com o prazer  em suas múltiplas formas.
Então enquanto rezava eu refletia os motivos pelo qual o meu casamento saiu do campo efetivo, para o campo da cobiça ou consumo potencial.
Hoje uma mulher que eu amei, mãe de um filho meu, faz aniversário. Estará reunida com seus amigos, amigas, filho, pois é assim que se comemora, com as pessoas que gostamos. No entanto eu serei esquecido.Meu filho não lembrará que sem minha colaboração ele não estaria no mundo. Ela não lembrará, que eu lhe proporcionei essa alegria. Mas em sua volta estarão os consumidores efetivos, enquanto os potenciais, estarão reprimidos. Acontece que minha demanda por amor era muito grande, e a industria domestica apavorou-se com essa demanda, e como disse um dia José Blegèr, em sua ANALISE INSTITUCIONAL, ela reprimiu o consumo, para garantir liberdade.
Então, na solidão da oração eu me perguntava onde eu errei, como a minha fome de amor tinha me tornado um consumidor potencial vivendo no campo da cobiça, e já ousava, pedir a Deus, uma redução radical dessa necessidade. Foi quando abri os olhos e vi Jesus na Cruz. Ele abriu um dos olhos, piscou para mim, deu-me um sorriso amarelo como quem diz: Olhe o que fizeram comigo! Depois tossiu deixando escorrer um filete de sangue no canto da boca e murmurou guturalmente: Lembra-te da Ressurreição. Nada mais disse.
Foi como se acendesse uma luz em minha mente. Ninguém amou mais do que ele. Ninguém foi maior consumidor potencial do que ele. No entanto os donos do poder, se assustaram com tamanha demanda e mataram, pois temiam abrir mão das riquezas materiais e afetivas, e ter que corresponder a demanda de um mundo mais justo e amoroso. Como eles nunca entenderam a Deus, imaginam, pensam, e repartem as coisas e os afetos em trocas comerciais, como se tudo fosse finito e imediato. Não compreendem a riqueza infinita de Deus, nem tampouco a eternidade.
Nossa, eu fechei meus olhos e compreendi a ingratidçao daquela mulher, e possivelmente do meu filho, pois se eu que amei imperfeitamente fui esquecido e rejeitado na minha própria obra, e Jesus Cristo, o que fez de errado, e quem amou mais do que ele, e tem sido esquecido por seus filhos, mesmo por aqueles mais amados, que ao fim e ao cabo o crucificam todos os dias. Mas quando o mercado tiver massacrado milhões, possivelmente bilhões de pessoas e o sangue da injustiça correr no canto da boca do Criador, ressuscitaremos, porque a humanidade não é obra do homem e do mercado dos homens, mas é obra de Deus.
Deus nos ama no esquecimento, como eu amo meu filho e sua mãe no esquecimento. A minha demanda amorosa foi maior do que se podia produzir, eu entendo.

Wallace Requião de Mello e Silva.

OBS: Vocês acharam difícil... então pensem que se a imensa população do Globo, que hoje vive na miséria subisse aos níveis superiores de consumo, a demanda, o lixo, a voracidade sobre as riquezas naturais, a poluição. A justiça social obriga a redução do consumo, da industrialização, da poluição e do anormal acumulo do capital financeiro em poucas mãos. Um mundo de justiça social tem que abrir mão da escravidão velada que vivemos hoje. Um mundo de justiça ( não de igualdade) tem que ser um mundo diferente. 










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