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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Democracia?

Democracia?
Você leu o texto anterior? Talvez tenha percebido que eu cometi ali um grave erro muito comum a todos. O objetivo da democracia não é a rotatividade de poder, mas sim a garantia de que o desejo e as aspirações de um povo sejam cumpridos pelos seus legítimos representantes. A rotatividade de poder é apenas o instrumento que garante que esses desejos sejam cumpridos, quando por um motivo qualquer o representante não os representa, então o povo os elimina ou troca. Os mecanismos democráticos devem ser aperfeiçoados por leis que garantam cada vez mais a representatividade popular, ou seja, que se aproximem das decisões por plebiscito, onde todos se manifestam sobre um determinado assunto de interesse publico. A reciprocidade dos mandatos, e a comunicação em dois sentidos, fazem da democracia teórica um regime tendente a perfeição. Embora haja nesse conjunto de idéias UM ERRO HISTÓRICO JÁ EXPERIMENTADO PELA HUMANIDADE o desvirtuamento moral do querer das maiorias. Ora se todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido (o que eu não concordo) quando o povo perde seu senso moral, as maiorias imorais dominam o querer, e contaminam todos os alicerces da sociedade. Você dirá, é natural, uma vez que a moral é um contrato, um pacto social entre os seus membros. Mas isso não é verdade. Isso pode ser meia verdade quando dizemos respeito à Ética, porém a Moral diz respeito sempre à idéia de Deus (através da Revelação) e ao direito natural deduzido das leis fundamentais da natureza (por Deus Criada).
Ora, este Norte Divino Natural tem sido a expressão máxima de dignidade de qualquer sociedade humana (se assim podemos dizer) em qualquer tempo coberto pela História (pelo período coberto pela memória escrita). O combate a estes pilares fundamentais da sociedade, de qualquer sociedade tem resultado numa revolução (rotação do poder) sem o menor respeito ao querer de Deus ou da Natureza, produzindo o que estamos vendo na nossa Sociedade e a humanidade já viu em outras do passado, a prevalência do imoral sobre o moral, com a conseqüente ruína de todos os valores que mantém em pé as estruturas sociais.
Nisto, justamente nisso se fundamentam os anarquistas, numa idéia simples de que é preciso revolver o solo para que nasçam novas estruturas. Porem, me desculpem a ingenuidade daqueles, a vida tem suas regras e se impõem fazendo mais uma vez brotar novas estruturas frutos das sementes sobreviventes que embora tenham nova aparência ainda se fundamenta em regras imutáveis da vida, e tudo volta a ser como era anteriormente, Houve apenas perda de tempo. Ou seja, em nome das injustiças sociais, revolvemos o solo político apenas para que novos tiranos nasçam. Assim, neste contexto surge à sociedade cristã como uma solução “Humano Divina” muito superior a tudo o que já foi proposto ate então, e certamente que será proposto no futuro. O querer humano se pauta então, no querer divino, resultando daí um conjunto de orientadores para toda a sociedade como norma de direitos e deveres que facilitam o convívio social e organizam a Sociedade e as Sociedades entre si como um todo universal.
Ora quando os povos nômades caminhavam nos desertos (nos desabitados) a união e o destino das caminhadas coletivas eram fundamentais. A dispersão e a desorientação eram mortais para aquela sociedade de assistência mutua pela sobrevivência. O tempo passou e as coisas não se alteram no fundamental. A União e a Orientação de um povo é sua força, mas a união sempre foi pautada por leis naturais e a orientação, ao menos aos míopes da história também foram pautadas por longínquas regras dos céus naturais. Todavia, a razão humana não foi uma construção humana, e sem a razão esse dom gratuito e divino tal qual a vida, não existiria sem a noção revelada de Deus aos Homens. Assim como, ao caminhar coletivamente pelos desertos temos um destino, um objetivo comum, a sociedade precisa ter um objetivo a ser atingido no futuro comum, independente da rotatividade de poder, mas sempre dependentes do poder que nos criou e assiste e ampara na longa caminhada da espécie humana.
O que vai nos unir, e orientar, não é a escolha infindável de lideres falíveis, mas a escolha definitiva do serviço ao Deus da Vida. Um só Deus e um só destino para toda a irmandade humana, a salvação espiritual de nossas almas aprisionadas nesse invólucro passageiro e corruptível, que nos hospeda e que nos esperará e hospedará como base material no futuro.
“Creio na ressurreição da carne”.
Ora, essa esperança solidária nos valores de um Deus único e universal, aplaina o caminho dos homens, determina uma nova economia. (aqui eu apresento a economia com seu sentido histórico inicial Oikos Nomoi, (Eco+nomos) (nomes ou valores do ambiente no entorno), ou seja, os nomes da Casa. Quando Deus criou o mundo, diz a Sagrada Escritura, mandou que o homem botasse nome em todas as coisas, ora nomear é dar valor. É chamar, ou seja, acender a chama. Os valores que o homem põe nas coisas o libertam ou o escravizam para sempre, pois é em nome desses valores, desse “nomos”, dessas ideologias, que os homens ou lutam entre si, ou se unem, em harmonia e solidariedade.
Melhor, sem sombra de duvida é escravizar-se ao nome de Deus, do que escravizar-se a outros nomes tais como poder, dinheiro, combustível, ouro, aço, armas, máquinas, etc. e tal.
A verdade é universal e basta olharmos para os céus. Somos uma vírgula num contesto universal. Poeira cósmica na imensidão imensurável. Somos irmãos interdependentes na espécie humana. Somos únicos autores coletivos da Palavra falada e escrita e, portanto, da Eco+nomos (nomenclatura de valores universais na manifestação da vida) universal, e isso não é, e manifesta-se escandalosa e gritante, não como uma obra humana, mas como uma obra anterior aos homens, às Sociedades todas, e Divina, a qual, Deus ordenou aos homens lhes darem os nomes no tempo.
Como o povo humano é objeto do amor de Deus, o AMOR a Deus é Democracia.




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