Quem na minha geração não se deixou influenciar pelo lema Paz e Amor? Na verdade era assim: Não faça Guerra, faça sexo.
Eu mesmo usava meus cabelos compridos, tive meu ônibus psicodélico, minhas roupas rasgadas e minha atitude rebelde ao sistema e as guerras sem sentido. Não foi um movimento espontâneo, mas criado em laboratório.
Dos males o pior foi à aceitação social do uso de drogas, o que levou milhões de jovens a se tornarem inúteis para si e para a sociedade, quando não experimentaram a loucura.
O sexo liberal e promiscuo, muito pelo contrario não trouxe paz, aumentou a violência, pois paixões, ciúmes e vícios proliferaram de maneira assustadora resultando num assustador aumento do numero de abortos.
O desajuste aparecia segundo a regra de laboratório, violência não externada, violência introjectada. O numero de suicídios atingiu limiares nunca antes vistos, e as mortes prematuras, incluindo por overdoses, fez a juventude experimentar a mais baixa media de expectativa de vida do período numa faixa etária entre 18 e 30 anos.
O antigo pressuposto psicológico de que a perda do controle sobre o sexo, frouxa todas as outras paixões humanas mostrou-se solida verdade. A violência que se supunha originarias da Guerra, tornou-se auto-violência, descontrole individual e auto exclusão dos grupos sociais.
Doenças novas apareceram e se alastraram pelo mundo. Seitas pseudo- religiosas apareceram. Os hippies já não existem, mas as conseqüências de suas atitudes se transmitiram e permanecem.
Quando Maquiavel escreveu: Se queres governar um povo dê-lhes um inimigo comum, apostava na verdade conhecidíssima; a agressividade é componente da alma humana, não se pode eliminar, mas se pode educar e dirigir. Maquiavel propunha dar um alvo, um objetivo comum para ela. Amor e agressividade são sentidos diferentes de uma mesma energia. Faces da mesma moeda humana.
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