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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Espírito Sancto

O Espírito Santo.
Ultimamente, todas as Bíblias fazem comentários, digamos sociológicos, históricos e culturais. Existe uma tendência, nos textos dos comentaristas, de se interpretar os fatos bíblicos como uma construção de um povo, o que redunda na síntese de que é o homem construindo Deus, sobre modo nos escritos sagrados. Dizem que os hagiógrafos imprimem características de suas personalidades, de seu tempo, da historia de seu século. Dão-nos a impressão de que as Escrituras Sagradas evoluem segundo as circunstâncias dos tempos. Este fato é nada menos do que a impregnação do humanismo na interpretação das Sagradas Escrituras.
Recuperar a noção de que é Deus, que através do Espírito Santo é quem escreve, recupera a saúde teológica dos exegetas. Se fizermos isso, frases como essas: “A Bíblia nasceu no seio do povo Judeu” ou “Os mandamentos de Moisés”, perdem totalmente o sentido. Por que perdem o sentido? Veja, Deus se manifesta em três pessoas. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. O Espírito Santo emana do Pai e do Filho. Ora, se Deus quis escrever seus livros no seio do povo Judeu, este querer não faz das Escrituras, Escrituras Judaicas. Se Deus deu a Lei a Moisés, não faz da lei obra de Moisés. Muito mais interessante é saber que a lei de Moises foi dada a ele por Jesus Cristo (O Verbo Encarnado) e por Deus Pai, pois deles emanou o Espírito Santo que inspirou aos hagiógrafos a feitura (elaboração) dos textos sagrados. Os Dez Mandamentos, não são de Moisés, mas são de Cristo e Deus Pai por meio do Espírito Santo.  Então não temos um porque cultuar a Lei como proveniente de Moisés, pois ao nos dizer Cristo, que ele não vinha abolir a Lei, mas confirmá-la, estava dizendo, eu vim confirmar a minha Lei, minha e de meu Pai, que revelamos a Moisés por meio do Espírito Santo. Não era, portanto, a Lei Judaica, mas a Lei que preparava como se lê no Velho Testamento a Encarnação de Cristo. Encarnado o Messias, já não há motivo algum para cultuarmos a antiga Aliança, pois Cristo dá inicio ao Cristianismo na sua plenitude. E institui uma Igreja. Chamam os teólogos, à Nova Aliança ou Novo Testamento de uma Aliança Definitiva. Como vemos o Cristianismo não é fruto de uma evolução cultural, moral, muito menos de um privilegio racial, é fruto da Revelação de Deus aos Homens, Deus que sai do imponderável, para ser objetivo em Cristo. Como lemos em Hebreus 10 e seguintes: O Antigo Testamento é apenas a sombra do Novo.

Wallace Requião de Mello e Silva.



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