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sábado, 22 de fevereiro de 2014

A masturbação como instrumento politico.

Encontramos esse texto. Achamos interessante. Papai produziu uma grande quantidade de textos entre 1980 e 1987, período em que manteve consultório. Os textos nos dão a impressão de serem simulações de aulas. Publico esse, para as vossas reflexões. Texto de 1987.


A Masturbação.
Antes de entrarmos na essência deste assunto gostaria que vocês refletissem um pouco sobre a autofagia, ou seja, a possibilidade de um indivíduo alimentar-se de si mesmo. Comer o próprio corpo. Pensem agora não na possibilidade bioquímica, o que de fato muitas vezes acontece, mas na pessoa humana mordendo, mastigando e engolindo pedaços de si mesmo. Ë assustador, não é? Pois bem, essa imagem é bem reveladora de um ciclo narcísico de auto-satisfação.
O sexo tem se revelado a mais forte ação instintiva (impulso) de integração com o outro e a mais forte ação instintiva (impulso) para a preservação da vida e da perpetuação da espécie humana. Estudos clássicos nos falam de instinto de preservação (da integridade física); de associação (base da família e da sociedade); e de perpetuação da espécie. Não será difícil a nenhum dos senhores perceberem que qualquer desorientação ou inversão desses instintos necessariamente imporão mudanças profundas no relacionamento humano. No meu entender, terão como conseqüência a perda do cuidado para com a integridade física, a dissolução gradativa do tecido social, o desinteresse pela preservação da espécie. Pode-se perceber que se alguém quisesse uma profunda revolução na sociedade agiria sobre esses pontos, com resultados surpeendentes.


A masturbação é um ciclo narcísico de auto-satisfação. Existem duas referencias Bíblicas sobre o onanismo (masturbação). Um delas diz respeito à Onã ou Onan, que tendo desposado a esposa de ser irmão segundo o casamento levirato, evitava desse modo a concepção e assim evitava que houvesse um herdeiro primogênito de seu irmão detentor da herança que cobiçava. Dizem os estudiosos, todavia que o termo origina-se em uma expressão latina: “Manus Tuborari” para uns e “Manus Turban”, para outros. Uns vêem na tradução o sentido de tocar com as mãos, outros de fazer com as mãos um tubo e outros ainda vêem em Turban o ato de esfregar, todavia essa palavra não latina nos fala de enrolar em círculos, ela dá origem a turbante e também turbar (Turvar, por exemplo, a água cristalina com círculos concêntricos). O termo é árabe absorvido pela língua espanhola. De qualquer modo, em Gênesis já vemos que os hebreus sabiam que o sêmen era o responsável pela procriação, e que evitar a sua penetração nas fêmeas resultava em não fecundação.
Tanto o termo Masturbação como Narcisismo são atribuídos ao médico inglês Havelock Ellis. Homo sexual latente, casou-se virgem aos 32 anos de idade com uma escritora do emergente movimento de libertação das mulheres, Edith Lees, lésbica auto-declarada, o que por si só denuncia tanto o erotismo oral de Havelock, depois confirmado em sua biografia, pois fora impotente ate os sessenta anos, quando agora vivendo um “casamento aberto”, (esposa em um local e ele em outro), descobre que podia excitar-se ao olhar imagens de mulheres urinando, e masturbando-se é claro. Não é preciso muita imaginação para ver a intencionalidade política das suas idéias, que logo foram abraçadas por Freud e seu circulo de estudos socialistas. Havelock foi amigo de Bernard Shaw ( que dizem ter sido homossexual) e Edward Carpenter, fundador do socialismo Fabiano e homossexual. Escreveu também em parceria com John Addington Symonds, homossexual e poeta inglês que defendia o amor impossível entre homens e homens e crianças. ( pedofilia).
 Também Magnus Hirschefeld, judeu e homossexual, procurou na criação do seu “Comitê Cientifico Humanitário”, fundado com outros homossexuais o que o tornou pioneiro na luta pelos direitos dos homossexuais, e assim procurou massivamente divulgar as vantagens da masturbação para a juventude. O propósito político estava bem claro, desestruturar os valores da sociedade cristã. Podemos notar também que os chamados clássicos da sexologia eram obras de homossexuais, apoiadas pelos revolucionários, e foram mundialmente e massivamente divulgadas.


Narciso é um mito grego. De essencial nos conta que Narciso se apaixonou por sua própria imagem que via em espelho de água de uma fonte. Certo dia nela caiu e afogou-se. Conta-nos o mito, que o homem não basta a si mesmo, e que na busca do próximo esta necessariamente toda a orientação da vida, sobre modo a vida sexuada, fértil, integradora e preservadora.  A busca em espelho é antinatural e perversa. O Narcisismo, termo que dizem ter sido criado por Havelock Ellis é apenas uma idéia de auto-admiração, um amor exarcebado de si mesmo que impede o ser humano de sair de si, de vencer a onipotência infantil, de deixar-se crescer. O termo foi largamente divulgado por Freud e seus aliados todos judeus e socialistas, embora todos os filhos de magnatas, rabinos e industriais.
Agora senhores que vocês já percebem a intencionalidade de, por esses falsos ideais corromper a sociedade fundada na ordenação dos instintos de preservação, associação e de perpetuação da espécie, podemos trazer outro dados esclarecedores.
O medico endocrinologista João Mohana em uma de suas obras vem provar que a masturbação não é inata, mas aprendida. Que dado a imaturidade das glândulas sexuais infantis, e ausência de hormônios sexuais nas crianças, qualquer manipulação de órgãos genitais nada tem de sexual, ou mais propriamente erótico. Para que você entenda melhor, uma droga psicotrópica qualquer, tomada em mínimas quantidades pode alterar a percepção e sensibilidade de um individua qualquer, provocando nele experiências nunca vividas. Se assim você entende, os hormônios sexuais quando ausentes, não permitem a vivencia da experiência erótica e por outro lado a sua presença altera sensações permitindo o erotismo. Esse conjunto de experiências possíveis de vivenciá-las em laboratório, mais o conceito de Jean Piaget de gradativa “cerebração” da experiência nas etapas diferenciadas do desenvolvimento mental, afastam por completo a tese de masturbação inata, e de erotismo infantil, todavia essa temática correu ã margem dos interesses que determinavam os objetivos de subversão moral da sociedade cristã. Pelo contrário essas teses a defendem.


O que acontece na masturbação no inicio da puberdade?
 A masturbação produz um ciclo de auto-satisfação erótica. Ora isso apaga um dos principais motores da vida humana. Ë como se você dessa comida a um animal em cativeiro ao ponto de que ele já não sentisse desejo de mover-se. A Masturbação baseia-se na fantasia, na virtualidade, afastando o ato sexual de sua finalidade básica e fundamental, a mais importante das funções sexuais, a procriação. Quando se estabelece o vicio, que pode perdurar por toda uma vida, afasta o jovem ou adulto da frustração sexual vivida na realidade e a substitui pela fantasia. Esse ciclo que parece a muito inócuo, faz do individuo tímido, isolado, tendente a guardar seus sentimentos e não submeter ao principio da realidade os seus sentimentos e desejos. No processo mental o individuo passa a se satisfazer apenas com suas idéias, já não lhe importa a realização. Isto é o que se entende por narcisismo básico e essencial, não há contraponto capaz de tirar o individuo do seu núcleo narcísico. Nesse estagio o individuo é agressivo a toda e qualquer frustração. A base do erotismo assim constituído é homossexual, pois somente o seu sexo participa. O erotismo toma conta, e o sexo não tem mais nenhum vinculo com a procriação, nem mesmo com a satisfação do outro, mas é sentido e entendido como uma fonte de prazer inconseqüente, gratuita, solitária.

A Masturbação a dois.
Quando o individuo se sente capaz de deslocar suas fantasias, já não importa muito o objeto, nem o objetivo da vida sexual. Imagens, aparelhos, vestes, bonecos, réplicas plásticas de órgãos sexuais, eletrônicos, filmes fazem agora parte do arsenal narcísico de auto-satisfação. Eventualmente o outro possa participar, não é ele o objeto, o objetivo é a auto-satisfaçao. O sexo introjectado como PRAZER, única e exclusivamente, não vincula ao extinto de preservação, nem de associação, nem de perpetuação da espécie. Então criteriosamente pouco importa se o terceiro de masturbação a dois é homem ou mulher, ser humano ou animal, adulto ou criança, morto ou vivo. Ser animado ou boneco. Esta rompida à finalidade do sexo com a sua natureza. Estes valores é que tornaram tão fácil a opção pelo aborto, pela violência sexual (reação violenta contra a frustração), pela rebeldia social, pela licença moral (licenciosidade). Um casal pode ter a aparência de casal, mas evita toda responsabilidade para com a geração da vida, todo o compromisso de fidelidade mutua, toda responsabilidade de proteção mutua, integridade física e sustento, é, embora se possa dizer ao contrario, um casal que se masturba a dois. Se for uma parelha homossexual a mesmíssima coisa. Se for uma tríade de homo e bi-sexuais o mesmo fenômeno ocorre. No cerne da questão é uma planejada estratégia de falência da família, e com ela, a Sociedade, sobremodo a cristã, como tão bem demonstrou Leonel Franca em seu livro “A crise de nosso século”
Imagino que nesse ensaio de aula haja bastante matéria para sua reflexão.

Wallace Requião de Mello e Silva 1987.





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