Ai, no Rio, também morou um irmão de meu Pai, Justiniano de Mello e Silva Netto grande médico e politico , e meu Bisavô, o advogado, jornalista e escritor sergipano, Justistiniano de Mello e Silva.
Em Niteroi nasceu meu tri-avô, o gráfico e fundador do primeiro jornal do Paraná, Cândido Martins Lopes.
Mas e história que quero contar, para criar um ponto de identificação, é a de Ivo Requião, que foi um dos fundadores do Iate Club do Rio de Janeiro. Leia, companheiro de partido, essa história verdadeira, da qual dou testemunho com muita emoção e saudades.
Não esqueça, se você clicar sobre a Imagem, ela cresce, para você curtir.
Um herói incomum.
Contar toda a história desse grande vendedor que enriqueceu muita gente graúda nesse país, não caberia nesse texto. Herói em primeiro lugar, por ter rodado o país (do Oiapoque ao Chuí) em um tempo difícil, sem os recursos de hoje, para vender e criar os filhos do casal (Ivo e Erika Requião), três rapazes, enquanto grupos econômicos enriqueciam do seu trabalho árduo e criativo. Ele vendia e muito. Não direi quais grupos, embora alguns, em homenagem, depositem ate a presente data, suas comissões tão suadas, num ato de gratidão. Eles sabem de quem falo. Herói e aventureiro, nascido em Prudentópolis no Paraná em 1904, ainda menino, carregava em um caminhãozinho seu piano, para completar e servir a Banda “Zampirone” nas frias madrugadas curitibanas. Pouco mais que menino, revólver no cinto corria nos interiores do Paraná como representante comercial, profissão que dedicou à vida inteira. Jovem de pouca idade (26) alistou-se na Revolução de 1930, e foi dos poucos que tiveram o batismo de fogo. Importante na sociedade porque foi fundador do Iate Clube do Rio de Janeiro e do Clube Graciosa em Curitiba. Esse era Ivo Requião, tio do Governador Requião e o mais engraçado irmão de minha mãe. Ativo, alegre, amigo de artistas e magnatas, trabalhador incansável que levava presentes para os operários das fabricas para as quais trabalhava. Dele ganhei meu primeiro automóvel. E também o segundo. Nele (no carro) os mendigos do Rio dormiam a noite e algumas vezes ele tomava um taxi, para não acordá-los. Ivo Requião, que figura, quem o conheceu pode comprovar, era um barato. Um circo parecia pouco espaço para ele quando estava inspirado. Não posso me esquecer de sua imagem descendo de um avião no Afonso Penna, com seu nariz de palhaço, aquela bolinha vermelha, tranqüilo e altivo, na sua calça branca de linho e sua camisa colorida, entre mulheres de chapéu e plumas, e empresários orgulhosos.
O primeiro conjunto de fotos o revela como o soldado em 1930. A segunda foto isolada mostra o jovem vendedor (anteriormente à revolução) viajando a trabalho nos anos difíceis, entre 1922 e 1928.
Ivo Requião é o primeiro da esquerda para a direita, com o chapéu e poncho. Região de Guarapuava, data incerta. Herói, natural de Prudentópolis. Certa vez escrevi para ele da pequena Tegucigalpa na America Central. Disse eu: Meu tio eu percorri alguns milhares de quilômetros, mas nada se compara aos pares de sapato que você gastou e furou para encher a barriga de seus guris. Soube, posteriormente, que ele chorou. Para ele, eu era o herói. Imaginem só!
Ivo Requião, berço de ouro, construído por ele, com as próprias mãos.
Wallace Requião de Mello e Silva.
Contar toda a história desse grande vendedor que enriqueceu muita gente graúda nesse país, não caberia nesse texto. Herói em primeiro lugar, por ter rodado o país (do Oiapoque ao Chuí) em um tempo difícil, sem os recursos de hoje, para vender e criar os filhos do casal (Ivo e Erika Requião), três rapazes, enquanto grupos econômicos enriqueciam do seu trabalho árduo e criativo. Ele vendia e muito. Não direi quais grupos, embora alguns, em homenagem, depositem ate a presente data, suas comissões tão suadas, num ato de gratidão. Eles sabem de quem falo. Herói e aventureiro, nascido em Prudentópolis no Paraná em 1904, ainda menino, carregava em um caminhãozinho seu piano, para completar e servir a Banda “Zampirone” nas frias madrugadas curitibanas. Pouco mais que menino, revólver no cinto corria nos interiores do Paraná como representante comercial, profissão que dedicou à vida inteira. Jovem de pouca idade (26) alistou-se na Revolução de 1930, e foi dos poucos que tiveram o batismo de fogo. Importante na sociedade porque foi fundador do Iate Clube do Rio de Janeiro e do Clube Graciosa em Curitiba. Esse era Ivo Requião, tio do Governador Requião e o mais engraçado irmão de minha mãe. Ativo, alegre, amigo de artistas e magnatas, trabalhador incansável que levava presentes para os operários das fabricas para as quais trabalhava. Dele ganhei meu primeiro automóvel. E também o segundo. Nele (no carro) os mendigos do Rio dormiam a noite e algumas vezes ele tomava um taxi, para não acordá-los. Ivo Requião, que figura, quem o conheceu pode comprovar, era um barato. Um circo parecia pouco espaço para ele quando estava inspirado. Não posso me esquecer de sua imagem descendo de um avião no Afonso Penna, com seu nariz de palhaço, aquela bolinha vermelha, tranqüilo e altivo, na sua calça branca de linho e sua camisa colorida, entre mulheres de chapéu e plumas, e empresários orgulhosos.
O primeiro conjunto de fotos o revela como o soldado em 1930. A segunda foto isolada mostra o jovem vendedor (anteriormente à revolução) viajando a trabalho nos anos difíceis, entre 1922 e 1928.
Ivo Requião é o primeiro da esquerda para a direita, com o chapéu e poncho. Região de Guarapuava, data incerta. Herói, natural de Prudentópolis. Certa vez escrevi para ele da pequena Tegucigalpa na America Central. Disse eu: Meu tio eu percorri alguns milhares de quilômetros, mas nada se compara aos pares de sapato que você gastou e furou para encher a barriga de seus guris. Soube, posteriormente, que ele chorou. Para ele, eu era o herói. Imaginem só!
Ivo Requião, berço de ouro, construído por ele, com as próprias mãos.
Wallace Requião de Mello e Silva.
Depois de rezar aflita
por mim-tanto horror eu vi,
que nos céus exclamei contrita:
meu Deus! Eu nunca sofri!
Argentina de Mello e Silva.
Grupo 23 de Outubro.
Grupo 23 de Outubro.
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