Um casamento divino.
Embora aconteça, eu dificilmente reconheço em mim alguma virtude. Muito mais comum é o reconhecimento de minhas faltas, de meus vícios, etc. e tal. Sendo assim, não é o homem virtuoso que eu convoco para dar esse testemunho, mas o homem carnal, passional, o animal como se diz hoje. É esse segundo homem tosco e grosseiro que eu convoco como testemunha ocular do que passo a contar.
Dia 9 de Janeiro foi convidado a assistir uma celebração religiosa. Tratava-se da celebração de uma núpcia. Um casamento divino.
O celebrante, bispo brincalhão, responsável pela arquidiocese de Cascavel no Paraná, foi simples, hábil, sintético e verdadeiro em sua homilia e rito. Impressionou a minha alma de pecador.
Quatro freiras se apresentavam. Uma para constituir noivado e três para os laços matrimoniais com Nosso Senhor Jesus Cristo. Fizeram diante da comunidade os votos perpétuos, as que se casavam, e os provisórios a que noivava, votos de pobreza, castidade e obediência. Prostraram-se se deitando ao chão, enquanto todos os padres presentes davam-lhes as costas voltando-se para o Santissimo, em sinal de que elas estavam se abandonando inteiramente nas mãos do pretendente divino. Cumprido todos os ritos, cheios de simbolismo e emoção, o Bispo tomou a palavra.
Meus caros pais levantem as suas cabeças e se encham de orgulho, pois Nosso Senhor Jesus Cristo olhou para vossas famílias. Escolheu entre uma de suas filhas, uma esposa. Sois, portanto sogro e sogra de Deus, Jesus é seu genro, sua filha é agora esposa de Deus. E vos irmãos das nubentes, sois cunhado de Nosso Senhor. Enchei-vos de orgulho e de intimidade familiar, pois Deus agora faz parte de maneira muito especial e intima de vossas famílias. Tivessem elas casado com algum homem rico, ou famoso, ou artista e estaríeis vaidosos de ter tão ilustre membro na família, mas meus caros, foi Deus que olhando para as vossas famílias, por um desígnio muito especial vos chamou, e vossas filhas aceitaram esse precioso chamado. Suas orações serão diferentes de agora em diante. Direis querido genro, querido cunhado e direi, prestem atenção: Minha filha querida, agora que sois esposa de Deus, conversa com ele na intimidade e intercede por isso, ou aquilo. Compreendeis que tipo de relacionamento vos tendes de aqui em diante com Nosso Senhor Jesus Cristo? É um espetáculo, uma benção, uma escolha e uma honra indescritíveis.
Ora, sendo eu um homem de poucas virtudes, vi meus olhos se encherem de lágrimas.
Mas se isso me emocionou, muito mais me emocionou o seguinte episódio: A esposa de joelhos diante do bispo. Tu fazes o voto perpetuo de Castidade perfeita? Sim. De Obediência a Igreja e as Constituições da Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família? Sim. De Pobreza? Sim. Tens consciência de que sois agora esposas de Cristo? Sim. Então, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, se assim procederes, eu vos prometo a VIDA ETERNA. É mole ou querem mais?
Impressionante. E eu estava lá, num cantinho qualquer, observando e testemunhando esse Casamento Divino, celebrado sem as pompas de um casamento qualquer, sem flores, tapetes vermelhos, músicos ou damas. Apenas cinco corações amorosos.
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
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