quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
JÚLIA ANTUNES REQUIÃO
Linda não é?
O Dedo de Deus aponta para ela. (estória inventada... será?)
Que espécie de atavismo é esse que atrai os homens para os lugares altos?
Será que Moises tinha plena consciência ao subir ao monte para receber os Mandamentos?
Naquela manhã de domingo, ao iniciar a escalada, o casal não tinha plena consciência do que estava para acontecer; contra todas as previsões favoráveis da meteorologia, eles teriam pela frente uma escalada técnica e difícil. Boa parte do tempo uma nuvem cobria tudo, tornando as pedras lisas e escorregadias e dificultando a visão. Embora isso trouxesse dificuldades extras a nuvem criava um clima de intimidade, como se isolasse o casal do resto da humanidade. Foi assim também com Moisés.
Somente quem já enfrentou as dificuldades de uma escalada difícil sabe da cumplicidade que se cria entre quem partilha a mesma corda de segurança, os mesmos grampos. É um olhar-se silencioso e atento em busca de prever cada passo, cada gesto, num evoluir único.
Horas depois ofegantes, eles aproximavam-se da vitória, a conquista do pico Dedo de Deus. Mil seiscentos e noventa e dois metros acima do nível do mar, o casal começava a compreender que por um atavismo irrefletido procuravam, nos seus corações, no alto rochedo um ninho para as águias, um ninho para suas almas.
Havia no olhar do casal algo de gloria, cumplicidade, compreensão, amor. Alegria da vitória, da conquista.
Um casal pode conceber no convencionalismo de uma cama, na conveniência adolescente de um tapete, nas areias da praia como são concebidos os filhos e filhas dos Pe(s)cadores. Mas poucos muito poucos são chamados a conceber nas alturas, nos ninhos da águia.
Quem sabe a razão? Quem sabe até que ponto nos moveu por livre opção? Aquela escalada difícil, técnica, silenciosa e cooperativa havia unido em cumplicidade o jovem casal num momento de amor profundo.
Isolados em uma ilha no céu, alheios ao ninho de cobras que se enroscam nos seus afazeres do cotidiano, lá embaixo no chão, a solidão íntima do casal concebeu sob o testemunho silencioso das aves que voavam ao longe respeitosas.
Poder-se-ia supor um amor mitológico no Monte Olímpo aos olhos de Zeus, mas era real, simples, concreto, apenas repetiam-se no ato, todas as histórias de heroísmo e gloria dos lugares altos.
Literalmente acabara de ocorrer à concepção de uma vida humana sobre a ponta, o pico, do Dedo de Deus; ora sem fantasias, literalmente, podemos dizer que o Dedo de Deus apontava para essa nova vida.
Quem conhece a montanha, sabe que o Dedo de Deus, aponta para o alto, para as alturas, para as estrelas, para os espaços infinitos cheios de largos mistérios, aponta para os Céus.
Não seria forçar se concluímos que essa nova vida, estará orientada para as alturas, para a gloria.
Uma vida, como diz a Bíblia, que servindo para iluminar não pode ser colocada debaixo de uma vasilha, ou de uma cama, mas nos lugares altos para iluminar. Uma vida para iluminar as nações.
Assim foi concebida Júlia Antunes Requião, filha do casal Cristiano Requião e Marines (Inês) Antunes. Ele, eu já tive oportunidade de contar, é o verdadeiro Homem Aranha da Família, escritor, diretor de cinema, montanhista técnico, cinematografista de elite, e ela A Mulher Águia de vôos altivos e visão arguta, pais da LINDA GATA POLIGLOTA que vemos na foto acima.
Não há duvida, o DEDO DE DEUS aponta para ela.
Para o alto guria, para a gloria, ELE nos diz no gesto e na mímica silenciosa.
Tu fostes concebida sobre o meu dedo indicador.
wallacereq@gmail.com
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