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domingo, 9 de março de 2014

O coração português é católico II.

O coração português é católico (pesquisa II, continuação).
Se olharmos de frente aquele primeiro arrazoado sobre Portugal, ficaremos com duas indagações na cabeça. Sim ali está descrito os caminhos da nobreza, dos reis, mas e o povo? A segunda questão é: aonde está o Universalismo Católico? Na ponta da espada? E a conversão dos povos?
Bem, é aqui que entra a tal cartola do mágico. Que origem teve os povos que habitaram as terras hoje pertencentes a Portugal? Essa a primeira pergunta. A segunda é quem eram os mouros, ou mourejos (morenos) povos do Norte da África, e como tomaram essas terras européias?

Bem tudo indica que os povos que habitavam a região podem ser entendidos como tribos isoladas, com forte noção de família, clã ou tribo. Com profunda noção territorial e espirito de defesa. Não deixam escritas, e, portanto o pouco que deles se conhece vem das narrações de Tito Lívio, e outros  cronista romanos, e das pesquisas arqueológicas. Trata-se, portanto de uns grandes quebra-cabeças cuja imagem vem se formando sem muita precisão e com grandes furos, grandes vazios.

 Celtas, Iberos, ou Liguris a questão é bastante complexa. Alguns autores se fixam no estudo dos lusitanos, que para ums seriam arianos ( indo-europeus), com origem norte européias, para outros eles descendiam dos povos célticos oriundos das montanhas do centro europeu, e não eram arianos, mas também não eram autóctones (origem no território). A verdade histórica é que essas tribos fizeram forte resistência ao poderoso Império Romano, e é a narrativa dessas lutas, através das penas dos romanos é que nos dará uma idéia do espírito territorial dessas tribos e sua resistência aos estrangeiros. Incluindo aos mouros seculos mais tarde.. Estrabão em sua Geografia III dirá que ao Norte do Tejo ficam os Lusitanos a maior tribo dos povos ibéricos. E Tito Lívio em 213 AC, dirá que os Lusitanos habitam a região entre o Tejo e o Douro.  No período, ocorrem a esse território alguns povos germânicos:  carpetanos, vetões, vaceus, e galaicos. Esse simples olhar nos mostra a complexidade dos fatos, e como havia na região guerras territoriais, mescla de tribos e raças, aventuras sem fim. Nos tempos próximos a Formação de Portugal eram os vândalos, os “donos” do território. Segundo os relatos romanos, dizem alguns autores, teríamos a seguinte distribuição geográfica em Portugal. Cônios no Algarve; Celtas no Alentejo; Lusitanos nas Beiras; Turtulos Verteri entre o Tejo e o Douro (contradição) Bracari, Grovios e Galaicos no Ninho; e Banienses, Zoelas, Trudi em Tras-os-Montes.

As tribos lusitanas impuseram resistência aos romanos por dois séculos, quando em 37 AC, são obrigados a jurar fidelidade ao Imperador Calígula. Aqui cabe dizer, que para se entender a presença de Mouros na Europa, precisaríamos mergulhar nos feitos Romanos no Norte da África, e as navegações no Mediterrâneo. Mas não o faremos aqui.

Os portugueses têm Viriato, nascido em 170 AC, um líder de tribos como um exemplo de origem  e resistência nacional contra os romanos. Nesse tempo não podemos falar em cristianismo, e o Império Romano só ira se converter em 300 DC com Constantino. Como vocês vêem a coisa não é simples.
Eu que me interessei pala conversão do rei suevo (povo germânico) de nome Requila, por volta do século VI de nossa era, e que também habitou Portugal, dando, nos seus súditos (Requilães, ou Requiãos) a origem ao lugarejo de Requião em Portugal, concluo que a formação étnica do povo português nas proximidades dos anos 1000 DC, onde começou a narrativa de nosso primeiro arrazoado, era uma miscelânea, ao qual o catolicismo romano vai dar unidade e ideais nacionais sempre sob a batuta do Papado no comando da civilização cristã. ( nesse periodo não se pode falar em evangélicos que so aparecerão em 1450 e seguintes).

Os mouros.

Mouros são considerados os povos oriundos do Norte de África, praticantes do Islão,( muçulmanos) nomeadamente Marrocos, Argélia, Mauritânia e Saara Ocidental invasores da região da Península Ibérica, Sicília, Malta e parte de França durante a Idade Média. Estes povos consistiam fundamentalmente aos grupos étnicos berberes ( negros) e árabes, que constituem o âmago da formação étnica da África setentrional. O período da Reconquista marca a expulsão destes povos da Península Ibérica, consubstanciando-se também numa cruzada histórica entre a religião dos mouros, o Islão, e a doutrina religiosa dos povos da Península Ibérica, o Catolicismo. ( fonte desse parágrafo Wikipédia). Foram dominados pelos Romanos, que os chamavam de Mauri ( morenos) donde os romanos chamavam Mauritania a todo o Norte  da África.

Na Antiguidade, os romanos denominavam "mauri" (mauros) às populações que habitavam a região noroeste da África, que por sua vez designavam de Mauritânia. Estas populações pertenciam a grupo étnico maior, o dos berberes, que posteriormente, à época da expansão islâmica, vieram a adotar esta religião, muitos dos quais adotando mesmo a língua árabe, além do idioma nativo. Estas populações juntaram-se aos árabes na conquista da península Ibérica durante o século VIII ( século oitavo de nossa Era).  A chamada "civilização moura" ou "civilização mourisca",  na Idade Média, era predominantemente árabe e judia.

Com o avanço do processo da Reconquista, os mouros perderam grande parte do território tomado aos iberos na península Ibérica no final do século XIII. Finalmente, em 1492, os Reis Católicos conquistaram o Reino de Granada e expulsaram os últimos mouros da península. A maioria dos refugiados estabeleceu-se no norte de África.

Desse modo, hoje  a palavra "mouro" pode referir-se a todos os habitantes do noroeste da África que são muçulmanos ou falam o árabe ou, ainda, aos muçulmanos de origem espanhola, judaica ou turca que habitavam  no Norte da África.

A julgar pela índole belica dos povos formadores de Porttugal, os mouros entraram lá pela força, e pela força foram expulsos.

Texto de pesquisa em arquivo (continua).

Wallace Req






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