Transgênicos simbólicos e trans-gêneros.
Por Wallace Requião de Mello e Silva.
Nestes dias, dada a polêmica que se tem travado na mídia, todos já devem saber a diferença entre OGMs ( organismos geneticamente modificados) e Transgênicos.
Explicando: OGMs são organismo que sofreram modificações genéticas para acentuar alguma caracteristica. Embora todos os transgênicos sejam OGMs, nem todos os organismos geneticamente modificados são transgênicos. Os transgênicos procuram misturar organismos de especies, e ate reinos biológicos ( plantas e animais, por exemplo)"impossíveis" de se misturarem na natureza graças aos seus códigos genéticos, essa impossibilidade tem sido vencida em laboratórios genéticos. Essas modificações genéticas( a quebra dos códigos) poderiam, segundo alguns, num futuro possibilitar a criação de novos seres ( animais ou plantas) criadas pelo homem com direito às patentes e exploração econômica, Assim o homem se tornará co-autor da criação, ou seja atribui ao homem um grande poder, e uma inteligência capaz de prever e avaliar os impactos desses novos seres na natureza. O homem que não criou o espaço cósmico a sua volta, nem foi o criador de si mesmo é tomado de enorme presunção. Tais experiências são uma violência nunca vivida na harmonia cósmica.
Elas interferem voluntariamente em uma sequência hierárquica que a natureza levou milênios para através de códigos genéticos organizar, preservar e transmitir. Essa interferencia inspirada no inconsciente humano, aqui simbolicamente entendida como trevas ( escuro, desconhecido) uma verdadeira transgreção às leis genéticas com consequencias imprevisíveis.
Por outro lado, anomalias genéticas, alterações cromossomicas são velhas conhecidas das pesquisas genéticas, e são via de regra tendentes ao desaparecimento. Foram eles que provocaram a pesquisa, ou seja, o estudo das possibilidades de se corrigir pequenas ou grandes anomalias de origem genética, pequenos ou grandes desvios na formação genética dos seres existentes, ou mesmo trazer alguma luz para os mistérios da transmissão genética. As anomalias, na regra geral são causa de deficiências, de defeitos, de perdas. Assim por exemplo todos já ouviram falar em trissomia, ou seja onde deveria haver um par cromossomico há um trio.Na especie humana a trissomia do 21 resulta no mongolismo que é uma deficiência. Então surgem aqueles quedefendem qua a interferencia nos codigos genéticos poderiam eviar , por exemplo o surgimento da trissomia do 21. Ate ai, estamos falando em correção do código genético em busca de saúde e normalidade. Mas o que se nos vem propondo é coisa muito diferente, trata-se de criação de novos seres. Para os que são prudentes poderemos ler todo um capitulo da origem da chamada engenharia genética nos anais médicos da teratologia ( estudo dos monstros ou deformações genéticas), mas isso nada tem em comum com a engenharia genética IN e Trans, ou seja dentro do código de uma especie e misturando códigos de especies diferentes.
O assunto tomou formas surpreendentes desde a descoberta das leis genéticas pelo monge católico Gregory Mendel e estendeu-se filosoficamente para as teorias do mutacionismo ( justificativas para a teoria da evolução) e da pan-espérmia (Darwin, Lamarck, De Vries e outros). Teses que mais do que ciência visavam contrariar o criacionismo bíblico. Hoje o cabeça do projeto "Genoma", Collins, é criacionista, para vocês verem o quão pouco cientificas eram as bases evolucionistas. Com isso quero dizer que a idéia de cruzar especies acompanha o homem desde muito tempo, e é uma manifestação inconsciente ( diz o autor de "Seriam os deuses astronautas ?") como uma lembrança atávica de uma mistura de seres vindos do espaço e filhos dos homens. Para a psicologia é uma rebeldia, uma forma compensatória do homem diante de sua pequenês cósmica de atribuir-se poderes que observa em outras especies animais, ou o mais engraçado, tentando se impor como colaborador da criação, da vida, uma especie de engenheiro da voda *( ler de Milton Sullivan, "Magia em Garrafas") e se assim não for, mostra poder como destruidor da vida. O homem parece esquecer que mesmo os mais saudáveis um dia morrerão. Eles parecem querer driblar os limites da vida com criações, ou invenções. No imaginário humano desde muito encontramos Minotauros, Sagitários, Esfinges, Cíclopes, Sereias, e mais próximo de nossos tempos os Francksteis, Os homens Aranha, os cyborgues, os Transformes, os andróides, os robôs e outros como homem borracha, Super homem, homem mosca, Hulk etc. Algo que os obedeça que os defenda, que os sirva, na ordem da criação Tal como deveríamos obedecer a Deus. Ou seja, queremos nos igualar a Deus em alguma coisa. Ou pelo contrario, criar algo que nos desobedeça, para justificar a nossa própria desobediência ao Criador.
(continua) DWR 01
Hermann von Helmholtz (1821-1894)
parece ter sido o primeiro psicólogo a propor a teoria geral da percepção e
interferência inconsciente. Para ele, toda a observação, por mais que se apoie em
informações obtidas precisamente mediante instrumentos científicos, continua a
ser uma inevitável observação pessoal sofrendo a interferência inconsciente
(umbewusster schluss)1. O homem, todo homem, é verdade, como faço aqui, projeta
a sua sombra na sua obra, em seus projetos. Tal teoria sobre a percepção
influenciará outros pequisadores do “determinismo” do inconsciente sobre o
consciente. Freud é um deles. Jung é outro. Outros se aplicarão aos testes
projetivos, como: Rorscharch; Wechsler; Szondi; Koch, e Mira y Lopes.
No
pensamento cristão veremos esse “determinismo simbólico” expresso como a luta
dos filhos das trevas (semiconscientes da lei ou infestados por trevas = fora
dos trilhos da reta consciência) e filhos da luz (conscientes da lei ou
iluminados pela graça = dentro dos trilhos da reta consciência). Na verdade,
sendo Deus, na sua 1ª pessoa, luz, claridade evidente, (verbo = palavra que
expressa ação) ou seja, vontade e inteligência,
ação de Deus Onisciente e Onipotente, impera a racionalidade de Deus, ainda que
o homem a desconheça, ou não a entenda, ou seja, em última análise: vontade e
inteligência de Deus imperam na luz mística, ( embora Deus sendo criador da luz
física não se confunda com ela) e só há trevas se Deus assim, livremente
quiser, se retirando com sua luz mística - pois tudo pode – originando um “espaço”
de trevas, ou seja, um espaço onde Deus e sua luz não estão presentes, ou seja,
ainda mais precisamente, o inferno (in-ferus-evons). Esses seres são as imagens
das trevas, ou seja, imagens de onde Deus não está, ou imagens dos que estão
fora da “Lei de Deus” revelada insofismavelmente aos homens (D’Evons ou Demons)
Procurei
e encontrei na história da arte, gravuras e esculturas ou escritos que
provassem a existência de seres mistos, cruzamento entre animais e plantas,
homens e animais, animais e outros animais de espécies diferentes, que provem
que essa “interferência hipotética” é muito antiga e é, em alguma medida, o
determinante das pesquisas genéticas modernas no campo específico da
transgenia, e são elas, é óbvio, interferências do inconsciente, ou ainda, no
campo místico, inspiração de um mundo de trevas. Anúncio de um mundo terminal,
quando os homens perdem a noção da harmonia das leis divinas e naturais.
No mesmo
sentido caminham os trans-gêneros (neologismo) ou seja, os mistos no gênero masculino
e feminino, os comuns de dois gêneros. Os “transexuais”, travecos, bissexuais,
homossexuais, eunucos, pedófilos, gerontófilos, etc.
Encontrei
uma pequena lista, em um único volume2 pesquisado, que me entusiasmou de
imediato a escrever esse artigo para guiar os interessados. A Esfinge dos Naxos
(530); o Centauro (470 AC); o Minotauro (século VIII); o Fetiche (estranha
figura de ser quase igual aos que as revistas em quadrinhos “imaginam” um extraterrestre:
1000 AC no Japão); o Tao Tie (1200 AC) na China; o Nakaba (150 AC) na Índia; o
cabrito Montês Alado (400 AC); a esfinge do Propileu no palácio de Xerxes
(Pérsia); o demônio Pazuzu (900 AC) na Assíria; o Gênio Alado (840 AC) figura
impressionante da Suméria; os caçadores com cabeça de veado na África; a deusa
Tueris (600 AC) do Egito; Horus ( a águia vigilante, 59 AC) no Egito; Sekhenet
(a mulher com cara de leão) no Egito; Carnac (bodes com mãos humanas, ou dedos)
no Egito; a famosa esfinge de Chifren em Gisé também no Egito. Enfim a “serpente
do Paraíso” e a Árvore da Vida.
Se o
leitor focar a atenção nos desenhos animados e brinquedos infantis de hoje verá
que muitos são ou seguem essa linha simbólica, a vida recriada pelo homem, algo
como se o homem pudesse dizer a Deus como devesse ter sido feito. O curioso, no
entanto, é que se fizermos uma linha do tempo, veremos a coincidência do
surgimento desses “desejos trans projetados” sempre vinculados à decadência ou
ao início dela. Na verdade elas aparecem concomitantes com o rompimento das
leis de coesão social.
Manifestam-se
como atos de poder rebelde aos limites naturais, conceituais e simbólicos, num
esforço por falsa “libertação de si mesmos”.
1 – Pequena história da Psicologia de Michael Wrertheimer.
2 – Enciclopédia da Civilização e da Arte, volume I; Martins
Livreiros.
Wallace
Requião de Mello e Silva.
Psicólogo.
DIF 5 Obrigado por quem corrigiu o texto ( sagitarios por sanitários, etc)
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