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quinta-feira, 26 de abril de 2012

A Igreja e a Educação no Brasil.

OBS: Esse texto foi escrito quando eu ainda era Secretário Parlamentar na Câmara Federal. Ele é similar aos outros dois já publicados nesse blog. Se não me falha a memória ele foi enviado ao Núncio Apostólico do Brasil,  durante um Fórum sobre a educação no Brasil e tinha como objetivo manifestar a simpatia do Deputado Federal com quem eu trabalhava, homem que embora não fosse batizado, vinha desempenhando papel favorável na Comissão de Educação. O Texto procurava mostrar o nivel de conhecimento sobre o tema que tínhamos nós da assessoria. Penso que o objetivo foi atingido, embora à época eu não tenha sido designado para acompanhar o Fórum.

Texto:

Ninguém em sã consciência poderá falar em educação neste pais sem ouvir a Igreja. Quando Humberto Grande prefaciou a obra de Alvim Correia sobre a história da educação no Brasil Fez um pálido elogio ao relevante papel da Igreja e suas Ordens Religiosas na educação dos povos da América Latina. Naquele prefácio Humberto nos lembra que os jesuítas foram durante 210 anos os verdadeiros educadores das populações existentes no Brasil.. Acertadamente fez referência ao prejuízo sofrido por esses povos com a expulsão dos jesuítas em 1759, todavia nos deixa a falsa impressão de que com a expulsão daqueles padres haveria acabado a ação efectiva da Igreja no contexto da educação no Brasil, o que não é a verdade. Se houve prejuízo no ensino formal, por outro lado as outras ordens continuaram suas ações missionárias, sempre civilizadoras, e muitas vezes assumiram sim a educação formal. ( dominicanos, beneditinos, franciscanos e mais tarde salesianos).

Essa falsa impressão tem sido reiteradamente divulgada, principalmente por historiadores que aderem, por ideologia, a um velado ataque e critica que pretende atribuir á Igreja culpa e consequencia a um suposto obscurecimento vivido, pela humanidade toda na chamada Idade Média e início da Moderna.

Dois erros graves existem ai. A educação formal não era um ideal coletivo, o analfabetismo era regra geral. E durante esse período histórico a igreja não abrangia a totalidade dos povos, portanto mesmo que ela tivesse alguma culpa, não seria capaz de obscurecer o conhecimento humano da humanidade toda.

Na verdade o fenômeno educacional da Igreja não se restringe a um determinado período histórico e muito menos foi limitado a um espaço geográficos qualquer ( Europa, por exemplo) e sim, com aos séculos atingiu todas as regiões do Globo onde pode alcançar com sua obra missionaria. A Igreja jamais poderá ser acusada de omissão na educação da humanidade.

Quando Jesus Cristo ( ver em São Marcos Evangelista) ordenou aos apóstolos ensinar todos os povos do mundo mais do que caracterizou como essencial a missão pedagógica da Igreja.

A Igreja existe para ensinar, educar moralmente e transmitir com exactidão, sendo assim, enfrentou em todos os tempos as maiores dificuldades metodológicas sistematizando, em vias dr obter sucesso de seu fim missionário, línguas e costumes de praticamente todos os povos existentes. Foi esse zelo que trouxe os Evangelhos ate os anos 1450 entregando-os à obra menor dos evangélicos. Não fosse a Igreja, os evangélicos não conheceriam os Evangelhos. Assim a Igreja na necessidade de comunicar teve sempre o maior interesse em aprender para poder ensinar, ou missionar.

Mesmo autores pouco inclinados à defesa da Igreja como os historiadores Laurent e Michelet foram obrigados diante das evidências a admitir que os hospitais, os orfanatos e as escolas formais como conhecemos hoje são criações da Igreja e de suas Ordens Religiosas,

Lembrando que Bíblia quer dizer" um conjunto de livros", pode-se também dizer que a Igreja teve desde sempre como objetivo, desde os seus primórdios a missão de " Guardar os Livros e a Tradição", uma tendência que se expressará pela história adentro. Não que a Igreja seja autora das primeiras BIBLOStécas ( Bibliotecas) mas guardar e ensinar resultaria em bibliotecas portentosas, e entre elas a primeira que sobressai foi a fundada pelo Bispo Alexandre em Jerusalém no terceiro século de nossa era. Segue-se a de São Damaso em Roma. Ficaram celebres na história do conhecimento humano e das culturas humanas as bibliotecas organizadas nas Catedrais de Chartres e Reins e aquelas que nasceram em conventos como a de São Galo, Monte Cassino, Monte Athos e a de Santa Catarina que isolada no deserto da península do Sião no Egipto preservou um monumental e raro tesouro de cultura. Hoje, negue quem puder, a biblioteca do Vaticano é uma das mais importantes do mundo contemporãneo seja pelo número de impressos e manuscritos que possui, seja pelo valor histórico e científico desses documentos.

Não fosse o zelo da Igreja e de suas ordens religiosas mais antigas, e ate historiadores marxistas admitem isso. dificilmente o mundo seria como é, ou se conheceria nos dias de hoje os ditos clássicos como as obras de Aristóteles e através dele Platão. Julierme, historiador Marxista reconhece que se não fosse a IGREJA mais de 80% do que hoje conhecemos sobre o mundo antigo teria se perdido. Sendo assim tampouco conheceríamos o que hoje conhecemos.

Se assim não foi( lembrem-se que a imprensa não existia), devemos aos manjes copistas ou Amanauenses, que com arte e paciencia copiaram, comentaram e divulgaram os documentos que deram origem a civilização europeia contemporãnea.

Ensina-nos a historia da educação que são quase inseparáveis as noções de educação formal com as noções de leitura e escrita, livros, memória, bibliotecas, e escolas sistematizadas.

Neste último sentido a história irá nos testemunhar como a primeira sistematização de uma vontade governamental dirigida a alfabetização popular, a incomum e fantástica iniciativa do Imperador Carlos Magno que sob a supervisão do monge e sábio cristão Alduino estruturava escolas entre o oitavo e nono século de nossa era. Quem quiser pesquisar encontrará verdadeiras escolas modernas nos mosteiros do décimo século. Depois vieram as escolas Catedralícias anexas às Catedrais e destinadas ao ensino formal complexo.

Jamais se poderá negar e não se pode deixar de lembrar que as Universidades no exato sentido do termo, são filhas da Igreja. O Papa Inocêncio III fundou a Universidade de Paris. É também obra da Igreja, apesar de muitos pensarem ser obras de protestantes, as Universidades de Oxford na Inglaterra em 1168 e a de Cambridge fundadas antes da "reforma". Outros Papas viabilizaram Montepallier, Orleams, Toulouse, Avignhon, Pointiers todas na França. Na Espanha Vallhadollid em 1346 obra do Papoa Clemente VI e posteriormente Salamanca. Em Portugal o Estudio de Lisboa em 1290. O Estudio de Praga em 1347, Heidelberg na Alemanha em 1386. A Universidade de Colônia, obra dos dominicanos em 1388 e Erfurt reconhecida em 1379, uma obra dos Franciscanos. Daqueles anos para cá eu não ousaria enumerar as instituições de ensino de todos os níveis promovidas pela igreja nos cinco continentes. Todos podem testemunhar.

Quem poderá negar portanto o papel da Igreja na educação e na cultura da humanidade? Julgo porém necessário lembrar um outro aspecto esquecido e negligenciado pelos historiadores da educação. é o fato de que as missas em assembleia, enquanto espaço de predicação, veículo de homilias inteligentes é, e sempre foi, uma escola de civismo e moral, que com sua ação ininterrupta desde os primórdios da Igreja  formou a consciência cívica dos cristãos. Ainda que se possa dizer que tais não ensinam a escrever e ler, ninguém poderia negar sua ação civilizadora. E educação é muito mais do que ler e escrever, educar se é aprender a conviver em sociedade em amor e temor de Deus.

Assim concluímos que no Brasil, não haverá verdadeiro debate sobre a educação se não houver o concurso da Igreja pioneira na educação no Brasil. Se isso não bastasse lembramos que em recente pesquisa de opinião pública a Igreja foi apontada como a Instituição que detém o maior índice de confiabilidade popular nesse país, e só isto já a justificaria.

wallacereq@gmail.com.






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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Não se preocupe mocinha , nós vamos te dar uma mãozinha!


Colaboração Lineu Santos.


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domingo, 22 de abril de 2012

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sábado, 21 de abril de 2012

Não sejam ingênuos, por favor!

Não é possível que você não perceba que as leis são mudadas nesse país por pressão e estimulo de nações estrangeiras, As leis preparam no território nacional os interesses de grupos econômicos alheios aos nosso interesses. Pense um pouco e lembre-se que o "Mar Territorial Brasileiro" e as leis que o regulavam foram mudadas antes da divulgação do Pré -Sal. Isso não foi um coincidência mas sim uma estratégia internacional para "flexibilizar" a exploração de jazidas de petróleo. Só não vê quem não quer.

Eu encontrei em meu arquivo este texto de minha autoria que reproduzo abaixo, e que foi publicado  nos anos 90.

Prestem atenção, o texto não inventa, apenas retrata fatos de responsabilidade de FHC que colocava em prática as Medidas Provisórias compromisso legislativos assumidos no exterior.

O Mágico de Oz Tentação.

Ao tempo em que eu pretendia ser magico amador, a primeira lição, a mais importante, era fazer desviar os olhares, a atenção dos espectadores dirigindo-a para uma das mãos enquanto a outra preparava o truque. A habilidade de deslocar a atenção faz o mágico.

Enquanto o governo através de seus ministros desloca a atenção dos parlamentares para o fato aparente de que quer discutir se queremos ou não privatizar a Petrobras a tão criticada manutenção do monopólio estatal sobre o petróleo no Brasil, a mão oculta do capital estrangeiro prepara nos punhos da camisa uma serie de emendas à Constituição que permitirão no futuro não a privatização de empresas estatais mas a entrega total de nossas riquezas aos donos do capital internacional.

Numa estratégia digna de um magico ataca-se em diversas frentes: em principio o conceito de novas fronteiras. Segue-se um novo conceito de Empresa Nacional, permitindo que elas sejam transnacionais. em seguida o conceito de " globalização da economia" que associado pela midia orquestrada de que o pais precisa ver sua economia competitiva e modernizada, ou seja, colocada nos moldes da expectativa dos investidores estrangeiros, escondem o fato de que o Brasil é o espaço geográfico mais cobiçado do planeta. Um espaço sem concorrencia.

Nunca o grande capital será globalizado ou socializado, seus " donos" tem endereço certo e o que na verdade se quer é a globalização dos mercados e o livre transito de riquezas. Para isso se trabalha em retirar obstáculos ao livre transito das riquezas e a remoção dos dispositivos legai que impeçam a exploração de riquezas necessárias as nações ricas em todo o globo , a globalização dos serviços estratégicos e a destruição dos conceitos de nação e soberania politica e territorial.

O petróleo pode ser no momento o menor dos interesses do capital estrangeiro no Brasil, Ele apenas serve como uma espécie de cavalo de Tróia que traz em seu bojo um conjunto de ideias encarnadas nos homens do governo, e que em nome de uma incapacidade teórica de investimentos do Estado no sector, acrescida da ideia de que é preciso haver uma sã concorrencia internacional para a exploração dessas riquezas, forçam um " Abertura" uma entrega total do subsolo brasileiro e também num futuro bem próximo, por força de pressão do capital tirano a entrega total da biomassa e dos recursos hídricos passiveis de se tornarem fontes energéticas. Tudo esta sob controle.

Estremecem no túmulo homens como Getúlio Vargas, Arthur Bernardes, Monteiro Lobato e estremecem no túmulo todos os brasileiros que perceberam, viram a grandeza do Brasil. Não é possível acreditar que deputados e senadores chegaram as suas posições de prestigio e destaque por ingenuidade. Poderão eles alegar que não sabiam dessa coisas? Que tenham sido e estejam sendo omissos nas mudanças nos mecanismo constitucionais que que garantem aos brasileiros a soberania sobre a lavra e os serviços estratégicos? Devemos acreditar que estariam eles ou pela pressão dos capitais ou pela preguiça intelectual impedidos de lutar em favor dos interesse nacionais? Que estariam todos hipnotizados pelos ideias globalizantes propostos pelas nações ricas ao terceiro-mundo? Ou que toda a nação brasileira feita um prostituta, sem carater e sem valores, sem auto-estima, usa de sua " ABERTURA" para gozo e satisfação das nações ricas que por ela não nutrem o menor respeito?

As iniciativas do governo FHC travestidas de defesa dos ideias democráticos e do suposto aumento de prerrogativas do Congressos minam os dispositivos legais de Segurança Nacional e são no nosso entender a mais vil traição dos interesse nacionais. Aprovadas as Emendas Constitucionais como as que alteram o artigo 170 inciso IX- eliminam os dispositivos de segurança do artigo 171, alteram o artigo 176, modificam o artigo 25 paragrafo 2 e outros o Brasil passara a ser "ÁREA DE RESERVA ESTRATÉGICA" não dos brasileiros, mas de um capital que se confunde como os interesses de um grupo étnico racial na sua milenar luta por um governo e um domínio mundial ao qual servem algumas nações ricas, incluindo os EUA..

Quem, viver verá.

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quarta-feira, 18 de abril de 2012


Vocês querem mesmo saber?

Quero republicar esse texto de 1996. Muito do que estava dito ali já pode ser confirmado pelo leitor, pois se passaram 16 anos.

Você concluirá como eu concluí dezesseis anos atrás, que, as ideologias imperialistas de direita e esquerda têm uma fonte comum, e que a destruição dos nacionalismos são medidas de laboratório, muito bem pensadas e articuladas, e, como veremos muito distantes dos fenômenos de “evolução econômica global” inevitável como querem fazer supor os seus mentores e executores.

As ONGs, por exemplo, foram criadas para enfraquecer os Estados Nacionais, e vivem como parasitas à custa de dinheiro público, enfraquecendo o organismo sadio dos Estados Nacionais.

 Então leia esse texto publicado em jornal paranaense em 1996.

ONGs e OSCIPS ferramentas de demolição dos Estados Nacionais.

Desde que as nações ricas e poderosas da terra, principalmente aquelas que exploraram inescrupulosamente as riquezas naturais da África, ou se apropriaram dos braços de trabalhadores negros pela escravidão,  passaram a arquitetar após as duas grandes guerras, justamente pela necessidade de fontes energéticas e minerais, modos e meios de corromper os Estados Nacionais. E por esses meios demolir o conceito de soberania territorial, enfraquecendo desse modo, as fronteiras nacionais, fossem físicas, fiscais, os reservas de mercado e ainda reservas de minerais estratégicos. Assim foram muitas as estratégias testadas como balões de ensaio. Hoje algumas já estão em andamento.

             A primeira delas, proposta pelas nações ricas, foi à necessidade (criada em laboratório) de fundir grupos de nações em comunidades econômicas submetidas a uma lei geral, fato político com o qual esperam criar uma tendência a se aceitar a ideia de um governo mundial... Muito mais do que obter o desenvolvimento econômico regional (dissimulação do propósito).

              Desta estratégia internacional encontraremos um testemunho claro na Constituição Federal do Brasil, no artigo4°, parágrafo único: “A Republica Federativa do Brasil buscara a integração política, social e cultural dos povos da America Latina, visando à formação de uma comunidade Latino-americana de nações”.

Como consequência tivemos na América Latina uma serie de “tijolos”, unidades experimentais, para a construção de um governo mundial submetido a um regime legal único, tais como: Pacto Andino, MERCOSUL, UCLA, ALCA, etc.

A segunda, mais eficiente e mais sutil foi à descoberta que que uma política ambiental, fundada em alguns conceitos científicos, serviria sim para introduzir no mundo uma legislação transnacional, ou supranacional, intenção espúria dissimulada em conceitos ambientais que permite gradativa intervenção de países ricos e industrializados ditando regras de uso de solo pátrio, isso gerou o conceito de soberania relativa sobre riquezas naturais, garantida pelas ideologias ambientalistas, intervindo sobre o solo de países soberanos em nome da preservação ambiental, aquecimento global, acidentes ambientais, ou seja, interfere-se gradativamente sobre a liberdade de uso de riquezas naturais de um estado soberano qualquer.

Nesse pacote internacional instrumentalizado pelas grandes agencias de noticias internacionais, vieram noções tais como a de “Patrimônio da Humanidade”, uma ideia de que um órgão internacional pode decretar um espaço dentro de um pais soberano como sendo um patrimônio da humanidade, um interesse global, portanto, um bem que estaria acima dos interesses de um estado soberano. Era uma ideia modelo, um início. Ele foi introduzido de inicio pela “necessidade de preservar sítios históricos e arqueológicos, os chamados tombamentos da UNESCO, por exemplo, que evoluiu para formas mais eficientes”. Criava-se assim uma jurisprudência internacional de intervenção não armada, muito denunciada por Froés de Abreu no pós-guerra. Ver nesse sentido o livro do historiador norte-americano Mike Davis titulado  ”A Ecologia do Medo”. Hoje 1996, quem quiser pesquisar exemplos concretos pelo mundo encontrará provas seguras da intervenção do uso do solo dentro da Comunidade Europeia ( por exemplo, o engessamento de Portugal que já não usa seu território com liberdade) pois essa comunidade, a Comunidade Europeia nada mais é do que outro bloco experimental de construção de um governo único e mundial.

Em terceiro lugar foi a criação conjunta de ONGs e OSCIPs em comunhão estratégica com a dita democratização e universalização (globalização) dos meios de comunicação. Criação que veio, não para que as nações pobres se comunicassem com as ricas de modo a conquistarem conhecimento e tecnologia, mas para, em um discurso unificado, as nações ricas, cada vez em menor numero, venderem a ideologia corruptora dos Estados Nacionais, como dissemos, num discurso unificado como se houvesse um consenso mundial. Esse objetivo vigorou por duas vias, o discurso globalizante (as nações não podem se isolar nos seus interresses) seja pela metódica destruição dos valores culturais e morais que caracterizam uma nação.

Marilena Chauí nos disse: O terceiro meio fundamental de controle imperial (de direita ou esquerda) é a comunicação. A capacidade de desterritorialização da comunicação é única. Ela não se limita a enfraquecer a soberania territorial. Ela visa à possibilidade de ligar uma ordem (ideológica) a um espaço. “Ela impõe uma circulação de signos contínuos e completos capazes de destruir os valores nacionais”.

Tendo por base o que já vimos acima, podemos esboçar algo sobre as organizações não governamentais. Criteriosamente as famílias, as firmas particulares, as empresas de capital limitado ou privado, etc., são e sempre foram organizações não governamentais embora protegidas pelos Estados Nacionais. Mas essas como vêm estão sob a lei de um Estado. O novo conceito trás em seu seio duas intenções, fugir dos regimes fiscais das nações, e sugar recursos públicos cumprindo funções do Estado. E assim elas as primeiras não servem aos interesses da globalização, pois se ajustam a interesses nacionais. Ja as segundas minam o Estado.

Ora, podemos concluir em relação às Oscips e Ongs que pelo contrario elas são frutos de uma figura jurídica cunhada na esfera internacional, cunhadas estrategicamente e que fogem ao regime fiscal das nações e aos interesses nacionais (fuga essa bem expressa no conceito “Não Governamental”), ou seja, livre dos Estados, dos governos nacionais e permitem até mesmo o ingresso de capitais, ou compra de áreas camuflando governos estrangeiros, compras que ocorrem ate mesmo em áreas de fronteiras territorial ou marítimas, abrindo” buracos” na unidade territorial de nações soberanas ou ainda permitindo a saída de capitais públicos, e riquezas naturais, para financiarem projetos em comunhão com a construção de um governo mundial.

O mesmo se diga das Oscips ( Organização  da Sociedade Civil de Interresse Publico ( de quem?). Estas organizações são vistas positivamente como uma alternativa para o terceiro setor, mas na verdade são instrumentos de privatização e intermediação de interesses públicos que devem ser enfraquecidos, e fazem às vezes de intermediadores internacionais. (Se considerarmos que os Estados vivem dos impostos de seus cidadãos todo o dispositivo criado para sonegação, isenção fiscal, caso de Ongs e Oscips e evasão de riquezas materiais cientificam e culturais, claramente enfraquecem a ordem e o poder e o controle do Estado sobre a sociedade (minando-lhe a autoridade sobre o povo) incluindo nessa estratégia os necessários recursos para manter as Forças Armadas, garantia militar da soberania territorial). È justamente ai que entram as ONGs, burlando ate mesmo os mais elementares direitos trabalhistas, operando salários fora do regime trabalhista brasileiro. Recebendo de fora e enviando para fora do país recursos públicos, ou não. Como você vê nós estamos transferindo a jurisdição nacional para esferas de um escopo de leis internacionais, onde o julgamento de nossas necessidades e os direitos historicamente adquiridos, a descoberto de um Estado, agora, propositadamente enfraquecido, e com ele enfraquecemos o povo e o desprotegemos. Hoje o inimigo social número um é o povo, submisso ás policia, pois, segundo essa estratégia, já não temos inimigos internacionais e não precisamos de Forças Armada. Precisamos de policia. O julgamento de nossas necessidades já não nos caberá, nem será objeto de antigas instituições preparatórias como a “Liga das Nações” ou ONU, sua natural consequência no pós-guerra, pois ambas fizeram parte de um mesmo projeto, desde muito e historicamente planejado, mas, escandalizem-se ,serão julgadas pelos donos do capital internacional, gerido, hoje, por um grupo étnico objetivamente identificável.

As contradições estão ai. Enquanto as nações industrializadas não assinam o tratado de Kyoto, para reduzir a produção e a poluição, contraditoriamente restringem o uso do solo em nações pobres em desenvolvimento. Coibem o seu crescimento industrial, e por quê? Porque as nações ricas precisam dos minérios e fontes energéticas de outros países. Não querem pagar o preço, pois isso fortaleceria esses povos, então controlam, tomam, invadem pelas armas, e agora invadem por um escopo de leis internacionais, submetem essas nações a embargos econômicos. (ver nesse sentido artigo de minha autoria “Quadro Energético Mundial”).

Na pratica as nações denunciam a inviabilidade de que um projeto como esse possa ser justo. È inviável um mundo sem fronteiras. Pois as fronteiras garantem a liberdade de um povo. Da mesma forma que a casa é asilo inviolável do cidadão, e as cercas de uma fazenda dizem os limites de até onde você pode plantar, a fronteira garante a jurisdição das leis de uma nação, portanto de seus costumes, de sua religião, tradições e uso de seus recursos naturais. A lei nacional impera dentro do território nacional.

Enquanto o cinema, as rádios, as TVs pertencentes em sua maioria a esse grupo econômico racial criam um inimigo comum global ao estilo de Maquiavel (ter um inimigo comum para governar) nós assistimos Israel, por exemplo, construindo um muro de concreto para separaram dos palestinos por motivos bem mundanos. E o mundo se cala.

Um governo mundial será a oficialização global da injustiça social e o fim das liberdades individuais. Todos os povos e Nações deverão viver sob um regime único e sobre a mesma “fé” materialista, um mesmo regime, uma mesma forma de governo, um mesmo costume, e quem ousar contrapor-se será considerado TERRORISTA.

Os países ricos não se desarmam e se auto titulam policiais do globo, os pobres, pelo contrario veem seu exército sucateado por falta de recursos que são sangrados através de dividas externa impagáveis, e assistem impotentes o desvio de riquezas que sangram as possibilidades futuras de povos inteiros, enquanto assistem também o desarmamento de sua populações civis. Os ricos se armam, não só de poderosas armas de guerra, ao estilo de um braço forte internacional, mas também se armam de tecnologias de prospecção e identificação de riquezas em territórios soberanos, que protegem por leis ambientais e dominam ideologicamente.

Verdadeiro colonialismo imperialista é o que testemunharemos nos próximos anos.

wallacereq@gmail.com.






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TVs e Responsabilidade Criminal.

Não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem previa cominação legal

Como bem diz nosso Código Penal, considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal (artigo 103- lei 8069 de 13 de 7 de 90). Assim sendo qualquer pessoa medianamente informada de seus direitos e deveres, munida apenas de seu bom senso, pode perceber um grande numero de atos inflacionais cometidos pelas TVs durante as suas programações.

São atos infracionais que dizem respeito, por exemplo, aos abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e da informação (Lei 5250 de nove de dois de 67).

Dos ultrajes ao pudor (artigos 233 e 234). Dos crimes contra a paz publica que falam do incitar a pratica de crime, ensinar a pratica de crime, ou fazer apologia publica de fato criminoso ou autor de crime (art. 286 e 287). Dos crimes contra a liberdade individual, principalmente segundo o verdadeiro espírito da lei que diz: “e depois de haver reduzido por qualquer meio a capacidade de resistência, o induz a não fazer o que a lei permite ou a fazer o que a lei não manda” (instigações às praticam imorais, por exemplo). Ainda os crimes contra a credulidade pública, contra a vida e a família, tais como: anuncio de meios abortivos, indução ao aborto por meio da manipulação da opinião publica, ou o ataque aberto ou velado aos valores da família. Tais como a indução ao adultério, ao homossexualismo à prostituição, todos os comportamentos claramente definidos no Código Penal.

Desse modo, muito bem nos alerta o desembargador Italo Galli em seu livro “O Direito da Moral” que tais abusos das TVs acabarão fazendo letra morta ao Código Penal e imporá goela abaixo uma sociedade de impunidade tendente à descriminalização. Para mim, autor desse texto as consequências são claras e funestas com consequências na sociedade de difícil solução.

Todavia como vemos, se há lei anterior que defina os atos infracionais cometidos pelas TVs, há também muita dificuldade, No caso dos meios de comunicação, (por omissão pública) da imputabilidade às TVs p que na pratica destrói, anula ou dificulta a responsabilidade criminal destes meios. Sem contar que enquanto a sociedade se omite, esses meios se levantam contra qualquer tentativa de lhes impor limites, ou fazê cumprir as leis. Alegam maliciosamente cerceamento na LIBERDADE DE EXPRESSÃO.



Diria o Velho Deplácido e Silva no seu “Vocabulário Jurídico que não pode haver responsabilidade civil sem imputabilidade da lei, visto que esta é que determina a autoria do ato ilícito ou execução do ato criminoso, de onde deriva a responsabilização e a obrigação de reparar o mal cometido”. È justamente nesse sentido que há carência de informação ao povo e ao cidadão de que lhes permita conhecer as leis que regulam os meios de comunicação e possam servir desse modo como mecanismo de defesa contra os meios de Comunicação e os abusos por eles cometidos conforme mui claramente reza a nossa Constituição.

Se nossa Constituição Federal no art.220 inciso 3 parágrafo II diz: “A lei federal deve estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e a família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de radio e TVs que contrariem o disposto no art.221, principalmente o que diz respeito aos valores éticos (portanto morais) e sociais da pessoa e da família.”.

Urge assim um debate sério no Congresso Nacional de modo a criar estratégias para tirara da impunidade os meios de Comunicação e criar as leis necessárias, além das já existentes que permitam a Imputabilidade da responsabilidade criminal dos meios de comunicação e a agilidade de suas consequentes penalidades.

Imagino que após essas definições em lei dado o conhecimento publico estariam (hoje não estão) as rádios e TVs obrigadas a rodar (no ar) os textos legais, diversas vezes por fia, informando aos cidadãos os seus direitos e quais os instrumentos de controle dos meios de comunicação que o povo possa usar em sua defesa.

Uma vez que não há em nosso país censura previa e os comunicadores não querem obstáculo algum à “Livre Manifestação” do pensamento e informação deveremos dar aos cidadãos um eficaz sistema de contenção de abusos cometidos pelos meios de comunicação que seja ágil e facilmente acionável pelo cidadão ofendido ou seus representantes legais.

Tais instrumentos podem resolver os abusos constantes e a impunidade vivida pelos meios de comunicação nesse país, que fazem, principalmente das TVS um instrumento de cinismo diante da impotência dos cidadãos responsáveis.




OBS. Parabéns ao Senador Requião pela nova lei de direito de resposta. Aliás abertamente combatida pelos Meios de Comunicação.










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sábado, 14 de abril de 2012

Nossa....agora já podemos matar crianças inocentes.

Eu fui um garoto problema! Meu pai dizia: Te falta cérebro garoto. Puxa se essa lei existisse naquele tempo eu poderia ter sido abortado e não teria tido a triste experiência de tanta culpa. Seria assassinado na inocência.
Pelo visto os ministros também não têm cérebro.... e não foram abortados, Mas carregarão mais essa culpa.





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Sempre lembrando!


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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Colaboração de nossa leitora Jô Cunha


Do bom e do melhor





Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor". Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

Bom não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça – e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.

Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.

Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?

E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? Ir no restaurante caro  porque tem o "melhor chef" quando na verdade sinto saudades da comida de casa. E Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo... O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.

Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e, na busca de tudo que nos dizem ou imaginamos ser "melhor", a gente nem percebeu?


Texto escrito por Leila Ferreira, jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em Comunicação, em Londres. Apesar disso, optou por viver feliz uma vidinha mais simples, em Belo Horizonte...




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terça-feira, 10 de abril de 2012


As filhas da Igreja.

Novamente eu volto a esse assunto. E por quê?

Porque todas as vezes que pesquiso algo da antiguidade, como foi o caso da recente pesquisa sobre as origens da Filosofia, encontro em textos algumas frases que são verdadeiras palavras de ordem, que se resumem mais ou menos nisso: A igreja é imperfeita; A Igreja é criminosa; A Igreja é o grande obstáculo para o avanço da humanidade. Devemos odiá-la. Tudo falso. Pois a Igreja é o Corpo Místico de Cristo. E até mesmo os chamados crimes do clero não divergiam muito dos costumes da época e do comportamento de outras instituições.

Na verdade a Igreja, desde o século terceiro foi o grande deposito da cultura clássica, e acabou, mesmo, sendo como vamos demonstrar a construtora das bases do que posteriormente se chamou Renascimento da Cultura Clássica.

Assim resolvi publicar mais esse trabalho de pesquisa, renovado nas fontes, embora discorra sobre os mesmos temas já publicados.

A origem das Universidades.

Meu caro leitor, uma pesquisa isenta de paixão nos obrigará a admitir que as universidades sejam sem duvida alguma, filhas da Igreja.

A palavra “Universitas”, um empréstimo do conceito grego “católico”, ou seja, de aplicação universal, foi usada pela primeira vez em Oxford, que surgiu como uma ramificação do Estúdio de Paris que se criara na abadia do Sinai, lá pelos idos de 1167.

Desde o mandado de Jesus Cristo aos apóstolos “Ide e ensinai a todos os povos” ficou caracterizado o espírito universal da Igreja, e é desse espírito que a Igreja empresta o seu nome: Católica, ou seja, Universal.

Os tempos exigiam. Os mosteiros de Cluny e Citeaux eram os centros intelectuais à época, e quem quisesse aprender sobre o passado era lá que encontraria os necessários documentos. Porém segundo alguns autores esse prestígio foi sendo assumido pelas escolas episcopais e catedralícias, que se formaram nas catedrais de Reins, Chartres, Paris, Lion, mais tarde  Angers, Cantuária, Orleans,  Montpellier,  estas ultimas na França. Cantuária e Durham na Inglaterra, Toledo, Salamanca e Valença na Espanha. Bolonha, Ravena, Palermo e Napoli na Itália. Uma licença papal era necessária. A “Licentia Ubique Docenti” permitia aos principais desses centros de cultura a ensinarem, através de extensões em toda a Europa. Vivia-se então, como na antiguidade Clássica e nos tempos bíblicos um analfabetismo das massas em todo o Planeta. Verdade que ainda hoje, se auto-denuncia pelo analfabetismo funcional e real das massas em todos os povos do Planeta.  A imprensa era desconhecida tornando os manuscritos documentos preciosos e raros. As prensas (de fazer papel) de papel só iriam aparecer na Europa depois da fundação das grandes universidades. Na Espanha, por exemplo, em Sativa somente em 1238. Em Fabriano na Itália por volta de 1268. Em Troies na França em 1338. Em Nuremberg na Alemanha em 1390. Os documentos eram ainda em papiros (folha de palma), pergaminhos( couro de Pérgamo) e tecidos nos textos mais orientais.  Desta maneira, com as prensas popularizavam-se os ensinos clássicos.

O ensino processava-se mediante o curso (Letio) o debate (Disputatio) e as questões (Questiones). Só raramente os cursos eram publicados (material escolar nem pensar) A língua em toda a Europa culta e em todas as escolas cristãs era o Latim. Os graus acadêmicos obtidos eram: O Bacharelato, a Licenciatura (Magister) e o Doutorado. As defesas eram orais.

Não era superficial, e o aluno era exigido na memória. Ensinava-se gramática, retórica, dialética, musica aritmética, geometria e astronomia. Depois se passava a uma das três faculdades superiores: Direito Canônico, ou Decreto, Medicina, e Teologia (as Universidades eram mantidas pela Igreja).

Teologia necessitava-se de 15 anos de estudo. E só se obtinha o doutoramento com 35 anos. Direito e Medicina estudava-se de 21 a 25 anos.

De qualquer modo as três primeiras Universidades foram: A de Bolonha em 1158; Paris em 1179; Oxford em 1214. Uma bula papal “Parens scientiarum” (Pai das ciências) generalizou o estatuto das universidades. Em 1208 a Universidade de Paris tornou a “Universitas Magistrorum” (Universidade dos Mestres) a escola formadora de Mestres. Em redor dessas três principais Universidades pioneiras vão surgir sempre por obra da Igreja e por concessão dos Papas as seguintes: na Itália Pádua (1222), Siena (1246), Varcela, Arazzo, Roma e Nápoles. Depois de 1300 juntaram-se as de Perusia. Pisa e Florença.

Na França: a de Orleans (1229) célebre nas questões jurídicas; Angers (1231); Montepellier (1220-1240) clássica da Medicina; Toulouse em 1229 para combater os cátaros e albigenses.

Na Inglaterra da Oxford originar-se-ia Cambridge.

Em Portugal o Instituto de Coimbra e o Estúdio de Lisboa.

Na Espanha, Salamanca Valença, Lenica, Perpinhão, e posteriormente Valhadolid.

Assim na Europa Central por volta de 1300 já existiam as Universidades de Praga criadas pó Carlos IV dos Luxemburgo.

Entre 1350 3 1400 as universidades já eram 55 em solo europeu. Nas Américas, a mais velha Universidade das três Américas foi fundada pela Igreja em Córdoba, na Argentina e data de 1600.

Não seria muito lembrar que tudo isso aconteceu antes (durante os três séculos que antecederam) da reforma protestante (1450).

Donde se concluem que as Universidades são invenções da Igreja Católica, mais propriamente SUAS FILHAS.








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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Fugiu de medo...
Juro que ao abrir pela manhã havia ali um novo sequidor: Helcio Padilha. Mas ele sumiu,
Como se dizia no meu tempo de criança: Fugiu de medo, cagou no dedo.


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Dia 23 de Março de 2012.

Hoje é meu aniversário.

Quero começar esse texto com um pedido de desculpas. Circunstâncias e o agravamento de minha perda de saúde têm me obrigado a áridas e difíceis quarentenas. Acho que vou sendo preparado aos poucos para deixar essa “morada”. Nessa altura dos acontecimentos espirituais já não quero possuir ninguém, muito menos ser possuído por alguém. A passagem é um ato solitário.

Você não entendeu?

Hoje pela manhã na Missa das 07h 00 horas, eu fui “tomado” pela seguinte imagem. Imaginem comigo:

Um homem oferece um prato de comida para alguém. Esse alguém, recebe, experimenta, gosta e imediatamente tem a atitude egoísta de olhar em volta de tal modo que mais ninguém se sirva de seu prato. Não satisfeito estica os olhos para o interior das panelas de tal modo a ter certeza de que nelas haja um pouco mais do que experimentára. Não satisfeito cobiça as panelas. Cobiça também a esperteza do cozinheiro. Cobiça a cozinha. Cobiça a casa, o carro, o boi e a mulher do próximo. Finalmente ele quer possuir o outro e colocá-lo ao seu serviço.

Agora substitua a expressão “prato de comida” por “algum amor” e releia o texto e você compreenderá o que estamos fazendo com o amor.  Confundimos amor com posse e cobiça.

Assim, para que você entenda, eu quero oferecer a vida, a saúde e o amor que me resta parra pessoas que ao receber o prato servido do pouco que posso ofertar, olhem para os Céus e agradeçam a Deus. Pois eu não posso ofertar o que não me pertence. E a vida, o amor e a saúde não me pertencem. Pertencem a Deus.

Assim eu não quero mais a companhia das pessoas que tendo experimentado do pouco que pude dar se encham de cobiça e posse, como se o pouco que pudemos ofertar com generosidade do Pai Celeste lhes dessem direitos de posse, prisão cobiçosa e obrigatoriedade de serviço. Algumas pessoas se recebem, um pouco de vida, amor ou saúde já se agarram como proprietários de nossas vidas, de nosso amor ou de nossa saúde. Tornam-se donos de nosso ser. No entanto a vida, a saúde e o amor são gratuidades de nosso Criador. Ele nos possui e nós não o possuímos.

Compreenderam agora o que eu quero dizer?

Como dizia Geraldo Vandré. Se me prendem na gaiola do amor possessivo, eu escapo morto. Pois a morte é passagem para a Vida ou... para a condenação eterna.

wallacereq@gmail.com.




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A “História da Filosofia” é pura convenção.

Se vocês leram o meu perfil, viram que eu sou licenciado em filosofia pela UFPR. Isso não quer dizer muito, nem o que escreverei aqui é algo novo ou revolucionário que exija apurada formação como um doutorado ou PHD por exemplo.

Direi coisas simples, para pessoas simples e inteligentes pensarem e não se deixarem iludir. Digo isso, pois a massa de “conhecimentos filosóficos” podem reprovar candidatos em concursos ou em cursos de formação, quando muitas vezes eles não passam de meras convenções repetidas à exaustão e de valor histórico duvidoso.

Vamos começar com um exemplo emprestado da cartografia.

Quando geógrafos, cartógrafos e Kosmógrafos (astrônomos) criaram por convenção o sistema de coordenadas geográficas, criavam uma realidade técnica, mas não uma realidade concreta. Os meridianos e paralelos são linhas imaginarias, não realidades físicas, concretas e objetivas. No entanto essas convenções criaram uma linguagem única que permitiram em muito o desenvolvimento da navegação marítima, aérea e espacial. Do mesmo modo, quando por convenção, Greenwich tornou-se o meridiano zero, isto condicionou a cartografia a mostrar a imagem 99% das vezes de um “mapa mundi” tendo a Inglaterra como centro. Ora isso necessariamente não precisava ser assim. Poderíamos ver o mundo tendo a Índia, a Antártida, o Japão como o centro cartográfico. Assim as deformações das projeções cartográficas nos dariam outra ideia das verdadeiras dimensões territoriais dos continentes. A Rússia não nos pareceria tão grande. O Brasil seria graficamente maior que os EUA (o que é real) e outros preconceitos geográficos seriam derrubados, como o abusivo tamanho gráfico do Canadá, por exemplo.

Na história da filosofia, algo de muito parecido aconteceu. Convencionou-se que a paternidade da filosofia como ciência divorciada da religião teve sua origem na Grécia Antiga. Assim a Grécia tornou-se o meridiano zero da história da filosofia, um Greenwich do pensamento filosófico. Com isso temos uma “linguagem” acadêmica que pode sim ter ajudado muito a entender o pensamento filosófico, no entanto não representa uma verdade objetiva, nem é fato histórico concreto e objetivo. Pior, como na cartografia ocorrem distorções cartográficas aumentando ou diminuindo áreas, na filosofia esse fenômeno deforma o pensamento sobre a importância e o status de cada escola diante da visão de historiadores repetitivos de antigos preconceitos.

Por exemplo: se aceitamos o Greenwich filosófico, encontraremos como lugar comum e marco zero, o filósofo grego Pitágoras do século VI AC, como autor da palavra Filosofia, entendida como amigo da sabedoria ( filo = amizade e sofoi = sabedoria). Aparentemente a filosofia que é a busca da sabedoria e a construção de cosmo visões explicativas da verdade e da realidade, hoje entendida como ciência de todas as coisas pelas suas causas mais elevadas, adquiridas à luz natural da razão, teve outras fontes, outros meridianos zero, outros paralelos e outras datas, o que enriqueceria em muito a História da Filosofia, e o verdadeiro registro do pensamento humano.

É obvio que quando estamos falando em história da filosofia estamos falando do testemunho escrito destes sistemas filosóficos. Caso contrário estaria falando da pré-história da filosofia, objeto da investigação histórica que diz respeito à busca da sabedoria pelos homens de tempos iletrados (de ontem e de hoje), cujas pistas históricas nos são reveladas pelas ciências investigativas afins, como antropologia cultural (investigação da indústria humana) a paleontologia comparada, a arqueologia, o estudo de mitos vivos em povos que desconhecem a escrita. Nesse período, é obvio existiam filósofos anônimos que contribuíram para a evolução do pensamento humano. Mas foi justamente a escrita que determinou a convenção de atribuirmos à Grécia o meridiano zero da Filosofia. Todos por convenção aceitam a História da filosofia na Idade Antiga período do século VII AC ao século III AC (tais como: a Filosofia helênica; Pré-socráticos, como a Escola Jônica, Heráclito de Efeso, Pitágoras, Escola Eleatica e finalmente os Pluralistas). Pouco depois a filosofia Helenistica-Romana tais como o Epicurismo o Estoicismo, o Pirronismo, o Cinismo, o Ecletismo e o Neo Platonismo. E por que o fazem? Pelo conhecimento da língua grega e do latim. E desconhecimento da língua de outros sistemas como o africano- egípcia (hieróglifos), o Mesopotâmico (cuneiforme) o Hindu e Chinês (ideogramas). Assim após o Império de Alexandre e o Inicio do Império Romano que dilatou essas duas culturas amplamente no mundo conhecido, resultou que o cristianismo e os amanuenses (* monges católicos) copilaram e arquivaram esses chamados clássicos gregos e romanos, fazendo deles o Marco Zero, a linha inicial, o Greenwich da Filosofia. Mas quase 2000 anos antes, muito mais aprofundados no tempo, existiram sistemas filosóficos complexos, embora desconhecidos dos impérios, que eram verdadeiras óticas diferenciais do pensamento humano. Contemporâneo da História Antiga da Filosofia grega, por exemplo, encontramos Buda, na Índia, como um sistema filosófico complexo que não era religião; embora como Pitágoras reconhecesse que a Sabedoria é como que a inteligência de Deus operando sobre tudo.

O desconhecimento da escrita antiga e a criação dessa convenção do Greenwich grego afastaram de vez sistemas filosóficos portentosos, ainda hoje pouco estudados pelo mundo “Ocidental”. Alias, fica aqui a critica, mesmo os autores gregos são pouco estudados, nós nos limitamos a repetir citações. Você que esta lendo me diga o nome de três professores de Filosofia que leram no original (escrita grega dos séculos VII ao III AC) de autores Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes de Mileto, Heráclito, Empédocles, Anaxágoras, Leucipo e Demócrito, Protágoras e Górgias, ou Epícuro, ou Zenão de Citio, ou Diógenes ao menos. Não, eles não leram. Nós não lemos. Mesmo durante o Renascimento os chamados círculos Platônicos liam traduções da Igreja, que foi quem preservou os textos clássicos. Não conhecemos o Grego dito Clássico, não temos um preparo para um estudo linguístico comparado para saber o exato conceito de cada palavra, portanto repetimos citações sem fim ao sabor das ideologias dominantes do momento. Nada mais.

Assim ficaram como que esquecidos de nossas navegações históricas sobre a Filosofia filósofos como Ptah-hotep egípcio, que viveu a mais de 5000 anos atrás. O autor anônimo do Livro dos Mortos, os filósofos anônimos da Bíblia, o pensamento caldeu, o persa,  o pensamento hindu dos Upanishads, os chineses como Teng Shih, Lao-Tze, Mo-Ti, Confúcio ( Kung-Fu-Tze);  o que vemos então, e vemos claramente, que aqui também, embora façamos citações eruditas, praticamente ninguém estudou os originais desses autores milenares, nos seus conceitos e significados originais, e cometemos, logo nós que somos amantes da Sabedoria e da VERDADE, o mesmo erro do superficialismo, e hipocritamente exigimos de nossos alunos “ verdades decoradas” que sequer nós mesmos, sabemos se podemos tomá-las como tal. Ou prová-las como fatos históricos.








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As terras vermelhas.

Minha amiga Bea Bonen, esposa do Luis Bonen, me presenteou com um pacote de terra vermelha. Segundo ela. a tal argila em pó, tida como magnética, provoca resultado positivo sobre os tumores. Interessei-me.

É muito antigo o uso medicinal de terras. Em Guarapari, na minha infância, testemunhei centenas de pessoas virem às praias formadas por areias monazíticas em busca de alivio para dores reumáticas. Esse era mais um exemplo. Mais uma memória que eu tinha. Lembrava-me também do episodio bíblico onde Jesus cuspia sobre um punhado de terra e fazendo um tiquinho de lama que colocava sobre os olhos do cego e assim o curava . Tudo isso é muito interessante.

Em Genesis lemos que o homem foi criado do Barro, ora não seria abusivo, como muito supõem, que a vida ou seu principio esteja na terra. Mas é o próprio Genesis que irá dizer que não. A vida está no sopro de Deus. “E Deus soprou nas narinas de Adão e ele viveu”.

 Terra, por outro lado, no sentido material, temos em centenas de corpos celestes conhecidos, mas neles, até agora, não se encontrou vida.
Por mais simbólico que isso pareça, no caso do nosso Planeta, digamos que Deus fez uma parceria do material com o anímico e espiritual. Interessante.

Mas se você acompanha o nosso blog deverá lembrar-se de um texto onde eu perguntava se o primeiro homem não seria negro, da cor do barro que fora feito. Pois é, encontrei na literatura israelita outra versão. Prestem atenção no que irei contar, para entender onde quero chegar.

Quando eu era menino eu lia Edgar Allan Poe.  Eu gostava muito particularmente de um conto titulado “O Escaravelho de Ouro”. Cada vez que eu lia esse maravilhoso conto mais forte se tornava a minha convicção de que Poe escrevia de trás para frente. Ele tinha um desfecho da história e então criava toda uma trama para chegar nesse desfecho, o que nos gerava a impressão de tensão curiosa e melindrosa  dos fatos. Deu para entender?

Do fim, para o começo. O que corresponderia em termos de história começando do presente criar um passado que o justifique. Pura ficção.

Voltando a Bíblia: Ela nos descreve David, o rei, como um sujeito de boa aparência, fino nos traços, de estatura mediana e ruiva.

Eu disse ruivo. Prestaram a atenção? RUIVO.

Pois eu encontrei na literatura enciclopédica israelita toda uma trama para justificar que o primeiro homem fosse ruivo, um homem muito especial, pai de um povo criado diretamente por Deus. Um protótipo de David.

Segundo esse texto israeleita: “É costume religioso muito antigo de tomar e guardar   "Terra Vermelha” e conserva-la como dotadas de propriedades muito especiais". As numerosas relíquias de “ terra vermelha” trazidas de Hebron para a Europa pelos peregrinos cristãos, mencionados nos inventários das relíquias das Catedrais e de conventos como um testemunho da presença na “ Terra Santa” dão-nos um  claro testemunho da generalização desse costume e do valor que se dava a essas terras. ( dissimulação). E continua: “Não é difícil compreender qual seja o simbolismo, pois em hebraico “ Terra Vermelha”  se diz ADAMÂ. Recordaria, portanto a matéria da qual foi criado o primeiro homem (Adam -Adam â). “Ora é justamente em Hebron e suas proximidades que a lenda judaica coloca a criação, a morada, a morte e a sepultura de Adão”.

Como vemos, ao estilo de Poe, do fim para o começo; de David (o desfecho) escrevemos uma trama até Adão. David e Adão eram RUIVOS. Está tudo muito bem explicado.







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Crer para ler ou ler para crer?

Hoje eu acredito que cremos para ler. A Fé é uma virtude teologal.  Assim sendo, é Deus que nos chama para a Fé. É a Fé que nos faz ler. Lemos para compreender o que cremos.

Estou lendo trechos do livro “Grandeza de las Aristocracias” de Maurice Muret em sua edição espanhola. O livro é interessantíssimo, e seu maior mérito é revelar os vícios dos grandes personagens do Renascimento. Assim temos uma clara visão da motivação central de tais autores.

Quem me emprestou o livro, mo fez, como se mo estivesse ofertando a oportunidade de conhecer uma grande apologética das Aristocracias cristãs. No entanto eu estou encontrando uma apologética do humanismo, um humanismo maçônico capaz de criar textos elaborados para servirem de moldura para duas ou três frases mortais para a Igreja.

Faz muito tempo que eu estudo essas técnicas de se imiscuir algum tipo de veneno em um texto simpático, doce, e que de expressão e justificativas aos vícios do momento. Assim desta maneira esse curioso livro foi escrito.

Hoje vivemos como consequência do humanismo maçônico uma espécie de protestantismo católico, onde Jesus Cristo já redimiu os nossos pecados o que é a garantia de salvação de todos nós.

É o tempo da Misericórdia sem arrependimento e sem propósito de mudanças. Nesse caso tenho visto e ouvido homilias em que se defende ate mesmo a salvação de Judas Iscariotes, o que nos comunica, nas entrelinhas, que as traições feitas a Cristo (pecados de todos os dias) não serão suficientes para a nossa condenação. Se Grande é o teu pecado maior é o Meu amor, se canta nas Igrejas.

A nova teologia tornou a condenação um ato quase impossível, um ato que contraria o infinito amor de Deus, um ato que só sera possível se houver a negação voluntária de Cristo como a Segunda Pessoa da Divina Trindade.

Assim para esse humanismo teológico, todos sem exceção estão aptos à salvação. Menos uma entidade deve ser perdoada. A Igreja deve ser condenada pelos seus erros. Os indivíduos não necessitam dessa condenação, mas a Igreja sim. Se não fosse assim o humanismo maçônico não dispensaria tanto tempo elaborando livros para atacá-la. O que isso significa, no meu entender?

Como a Igreja é o corpo místico de Cristo, e ninguém na nova teologia lembra que um pecado mortal exclui da Igreja Ipso Facto, pois o pecado não pode habitar o corpo de Deus feito carne, o objeto do ataque é o próprio Cristo. O Cristo é a vitima da Misericórdia. Esse novo Cristo Humanista nasceu para salvar e não para condenar, assim o certo e errado moral já não tem a menor importância. A Justiça já não tem sentido, pois foi destronada pela Misericórdia, e o Próprio Evangelho perde o seu sentido moral, educativo, exemplar. Já não tem sentido, por exemplo, a frase> “Muitos serão chamados, poucos os escolhidos”.

wallacereq@gmail.com





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O rio que bebe nos dois hemisférios.



Jogar ou destruir velhos livros didáticos é um crime. Não se trata de papel velho, cheio de riscos e anotações, papel surrado, rasgado e amassado. Trata-se muitas vezes do registro de toda uma vida de pesquisas cientificas, matemáticas, literárias, filosóficas, históricas e religiosas do autor. Mesmo quando encontramos defasagens nas informações ali contidas, mesmo assim, eles são o testemunho da evolução de um pensamento qualquer. Como os livros têm os homens como autores, eles via da regra, se deixam contaminar pelas ideologias do momento vivido e são todos tendenciosos do momento ideológico. Outrora ufanistas, hoje preservacionistas, amanhã entreguistas.


As idéias que trago aqui, eu encontrei em parte no livro escolar “Geografia do Brasil” de Celso Antunes, primeiro volume, livro da década de 60.


Se considerarmos o Equador como uma linha imaginaria que divide o planeta em duas metades chamadas hemisférios, vemos que a convenção que nomeia as Américas de America do Norte, do Sul e Central  é totalmente fora de critério. Pois o que esta acima do Equador no sentido de seu norte magnético esta no hemisfério norte, e o que esta em oposição esta abaixo dessa linha, portanto no hemisfério sul. Se esse é o critério, toda a America central e alguns países da America do sul estão no hemisfério norte. Colômbia, Venezuela, Guianas e metade do Equador estão no hemisfério note e seriam componentes da America do Norte.


No caso do Brasil, Amapá, Roraima e metade do estado do Amazonas estão sob ou acima da linha do Equador e pertencem, portanto ao hemisfério Norte. A questão é perigosa sob o ponto de vista político.


No entanto esse criterio trás à tona uma verdade geográfica e climática incontestável. O Grande rio Amazonas tem afluentes vindos dos dois hemisférios, portanto sofrendo influencias climáticas diferentes o que faz desse rio, possivelmente o único a sofres um período de duas cheias por ano. Assim o Amazonas e sua bacia (a maior do Mundo) têm um privilegio especial. Correndo paralelamente a linha do Equador, um pouco ao sul, ele tem, como já dissemos, afluentes no hemisfério Sul e no Norte, isso significa que quando os primeiros estão no verão os outros estão no inverno, fenômeno que determina o período de chuvas. Assim em conseqüência temos o período das cheias de Fevereiro a Junho devido aos afluentes do norte e a cheia de Outubro a Janeiro devido aos afluentes do Sul.


Não é espetacular?


Além disso, os seus quase sete mil quilômetros de extensão estão numa região onde ocorre um fenômeno climático chamado  “Confluência Intertropical”. Nessa região ocorre uma formação de nuvens Cúmulos Nimbus (CBs) que chegam a atingir trinta quilômetros de altura, formação muito conhecida dos pilotos de avião. Isso significa que sob o Grande Rio, em suspensão, existem na forma de vapor ou granizo milhões de toneladas de água doce.


Fatos como esse é que justificam que todo ser humano dotado de espírito cientifico ou aventureiro deseje um dia navegar por essa imensidão de água, floresta e mistério, um rio que chega a ter em alguns trechos quase 100 quilômetros de largura e 100 metros de profundidade. O rio das grandes serpentes, dos peixes carnívoros e dos elétricos, dos botos da cor rosa, dos mamíferos de meia tonelada chamados de Peixes Boi, da flora exuberante e virginal, dos remédios desconhecidos e do subsolo riquíssimo. O rio Mistério.


O Amazonas é um rio que bebe nos dois hemisférios.


wallacereq@gmail.com.

Beja as fotos abaixo.







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Feliz Pascoa.

Depois de um grande impasse circunstancial voltamos a escrever prudentemente.

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