Crer para ler ou ler para crer?
Hoje eu acredito que cremos para ler. A Fé é uma virtude
teologal. Assim sendo, é Deus que nos
chama para a Fé. É a Fé que nos faz ler. Lemos para compreender o que cremos.
Estou lendo trechos do livro “Grandeza de las Aristocracias”
de Maurice Muret em sua edição espanhola. O livro é interessantíssimo, e seu
maior mérito é revelar os vícios dos grandes personagens do Renascimento. Assim
temos uma clara visão da motivação central de tais autores.
Quem me emprestou o livro, mo fez, como se mo estivesse
ofertando a oportunidade de conhecer uma grande apologética das Aristocracias
cristãs. No entanto eu estou encontrando uma apologética do humanismo, um
humanismo maçônico capaz de criar textos elaborados para servirem de moldura
para duas ou três frases mortais para a Igreja.
Faz muito tempo que eu estudo essas técnicas de se imiscuir
algum tipo de veneno em um texto simpático, doce, e que de expressão e
justificativas aos vícios do momento. Assim desta maneira esse curioso livro
foi escrito.
Hoje vivemos como consequência do humanismo maçônico uma
espécie de protestantismo católico, onde Jesus Cristo já redimiu os nossos
pecados o que é a garantia de salvação de todos nós.
É o tempo da Misericórdia sem arrependimento e sem propósito
de mudanças. Nesse caso tenho visto e ouvido homilias em que se defende ate
mesmo a salvação de Judas Iscariotes, o que nos comunica, nas entrelinhas, que
as traições feitas a Cristo (pecados de todos os dias) não serão suficientes
para a nossa condenação. Se Grande é o teu pecado maior é o Meu amor, se canta
nas Igrejas.
A nova teologia tornou a condenação um ato quase impossível,
um ato que contraria o infinito amor de Deus, um ato que só sera possível se
houver a negação voluntária de Cristo como a Segunda Pessoa da Divina Trindade.
Assim para esse humanismo teológico, todos sem exceção estão
aptos à salvação. Menos uma entidade deve ser perdoada. A Igreja deve ser
condenada pelos seus erros. Os indivíduos não necessitam dessa condenação, mas
a Igreja sim. Se não fosse assim o humanismo maçônico não dispensaria tanto
tempo elaborando livros para atacá-la. O que isso significa, no meu entender?
Como a Igreja é o corpo místico de Cristo, e ninguém na nova
teologia lembra que um pecado mortal exclui da Igreja Ipso Facto, pois o pecado
não pode habitar o corpo de Deus feito carne, o objeto do ataque é o próprio
Cristo. O Cristo é a vitima da Misericórdia. Esse novo Cristo Humanista nasceu
para salvar e não para condenar, assim o certo e errado moral já não tem a
menor importância. A Justiça já não tem sentido, pois foi destronada pela
Misericórdia, e o Próprio Evangelho perde o seu sentido moral, educativo,
exemplar. Já não tem sentido, por exemplo, a frase> “Muitos serão chamados,
poucos os escolhidos”.
wallacereq@gmail.com
Hoje temos 11 Blogs, alguns podem ser acessados diretamente nessa página, clicando onde esta escrito, ACESSE CLICANDO ABAIXO, logo depois do Perfil, na margem esquerda. Muito obrigado pela visita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário. Obrigado pela visita.