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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Para desenvolver.

Artes marciais e teologia.


Deus em algumas passagens do velho testamento é chamado de Senhor dos Exércitos.

Eu gosto de assistir filmes sobre artes marciais. Não, não é o que você esta pensando. Não me agrada ver homens se esmurrando. Gosto de ver a mensagem, onde os autores dos enredos querem chegar com a filosofia das lutas. O vencedor tem história, o perdedor não. Sempre, por melhor que seja o vencedor aparecerá alguém mais forte ou um desafiante, ou seja, a luta não tem fim. O objetivo do treinamento é vencer e ser o melhor.

Se a lógica é essa, Deus o senhor dos exércitos é o lutador supremo, o guerreiro imbatível. Ora se a lógica é vencer, Deus já teria destruído esse mundinho e criado outro. Teria derrotado o homem e sua arrogância, e quiçá teria criado outro homem, com outros valores. Do mesmo modo o campeão dos campeões acabaria por ter que enfrentar o Senhor dos Exécitos  e cairia na tentação de dizer: Eu sou tal qual ELE.

Então o senhor dos exércitos não obedece à lei dos lutadores pois não destroi a sua criatura. Não procura a eterna vitoria e a derrota de seus opositores. Surpreendentemente o Lutador imbatível suporta a imperfeição do homem e não o aniquila, e o faz por amor à obra ,De sertã maneira em vez de humilhar ate a morte seus contendores, Deus se humilha, e suporta a pequenez humana, num ato de paciência infinita.

O curioso aos meus olhos é que podendo destruir o que criou não da o golpe final. Faz de seu poder, inteligência e vontade um ato de serviço e complacência, e como os homens não o compreendem, se faz carne, como criança indefesa, necessitada dos carinhos e cuidados maternos. De vencedor imbatível se faz derrotado na Cruz para mostrar aos homens que se não cederem em serviço, não amarem uns aos outros a vida nos levara ao Mortal Combate, quando o vencedor ficara em PE sobre os destroços da humanidade. Aí num mistério inexplicável, Deus que não morre, ressuscita, para desmascarar a morte, a vencedora, a poderosa ilusão dos que derrotam o próximo, e ilusão humana perseguida pelos que cultuam a morte e o combate.

Interessante.





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