No terceiro século da era cristã, nossa era, o
imperador Constantino mandou erigir duas basílicas em Jerusalém sobre os
lugares santos. Elas foram dedicadas em 13 de Setembro. Um dia depois, em 14 de
Setembro o imperador mandou apresentar ao povo em Jerusalém o que havia restado
do madeiro da Cruz de Cristo. Com grande comoção essa data passou a ser
celebrada como a exaltação da Santa Cruz, tradição que permanece ate hoje e que
possivelmente jamais será extinta.
Deste modo Jerusalém reconhecia que a Cruz de Nosso
Senhor era o memorial do mais profundo e perfeito sofrimento, o sofrimento de
Deus Homem e o memorial de Seu triunfo, pois nela a peçonha do orgulho foi vencido e a
humanidade redimida pelos infinitos méritos de Jesus e pela contrição individual.
Assim como, Moisés mandando fundir uma serpente de
bronze exaltada em uma haste curava da peçonha das serpentes todo aquele que a
olhava, assim também Deus Pai fez com que seu Filho Único, verdadeiro Deus e verdadeiro
homem, exaltado no madeiro da Cruz, curasse da peçonha do orgulho diabólico todo o homem
que para ela olhe. Ninguém poderá deixar de perceber o que os judeus, e neles
todos os homens quiseram fazer com a gratuidade da vida e com o ilimitado poder
de Deus. Quiseram colocá-lo em uma forma de madeira, paralisar os seus braços
amorosos, coroa-lo com espinhos de modo que sua mente infinita não dilatasse.
Feriram-lhe o coração divino. O amor infinito na ponta da lança, e exultaram com a morte de Deus Homem.
Abandonado no sofrimento, com a exceção de Maria e do apostolo João, Deus Homem se
deixa morrer diante dos homens para três dias depois mostrar a todos a humanidade
de todos os tempos que a morte, as formulas que não foram inspiradas por Deus, o orgulhoso e satânico desejos do
homem submeter a Deus aos seus caprichos, jamais, jamais vencerão a Deus. Deus lá estava antes da criação de tudo e lá estará
após o Fim de tudo; Ele reina.
Meu filho, eu vejo a representação popular na política
como um madeiro em forma de uma escada. È um peso, tal qual Jesus carregando
sua Cruz para o Calvário, o político também carrega sobre seu ombro o
instrumento de seu suplicio e seu triunfo. Pelo madeiro ele sobe, degrau a
degrau e lá em cima será exaltado e crucificado. Ouvirá como Jesus ouviu dos
judeus: Crucifica-o, crucifica-o. Sim seus próprios seguidores mais fiéis lhe
abandonarão, e aqueles que te elegeram te crucificarão pela difamação, inveja,
calunia e injuria. Os que te levantaram te derribarão. Portanto meu filho, só
valerá a pena se essa missão como a de Jesus Cristo for a de cumprir a vontade
de Deus. Não caia na tentação de impor sua vontade a todo custo, como se a
derrota eleitoral fosse algum demérito. A derrota e a vitória, como tudo mais
nessa vida é espelho da vontade divina e obedece a sua providência. Num jogo
limpo, se você for eleito, considere-se abençoado por Deus e persevere na sua
missão, mas se num jogo limpo, não for eleito, considere-se abençoado e reconheça
nesse sinal que essa não é sua vocação.
Eu como pai, te desejo quinze mil cento e vinte e três
votos (15123) no mínimo, e espero que seus eleitores reconheçam a sua disposição
em servi-los no claro pano de fundo que é o bem comum. Mas se isso não for suficiente
recolha-se na sua humildade natural, talvez herdada de seu pai e sua mãe, e
certamente inspirada por Deus, e exulte de gratidão, porque então Deus teve misericórdia
de você e te deu um fardo mais leve.
Seja o que Deus quiser. Como já disse um Santo Homem: Faça tudo como se tudo dependesse de você, mas saiba sem se esquecer jamais,
tudo depende de Deus.
Feliz aniversário de todo o coração e na mais perfeita
consolo divino, é o que deseja seu pai. E lembre-se não basta caminhar, ou subir degrau por degrau, é preciso comungar pois o homem que edifica sob os Mandamentos de Deus, edifica sobre rocha firme.
Wallace.
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