A tecnologia de Lula e a Rádio Escola do Rio de Janeiro.
O titulo é atraente. Mas na verdade ele diz respeito a dois assuntos. A tecnologia de Lula durante a Conferência de Comunicação, e o segundo assunto, as Rádios Escolas patrocinadas pela Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro.
Quem ouviu o longo discurso de Lula na Conferência de Comunicação ficou boquiaberto. A linearidade, os objetivos, a pontuação... Um discurso escrito.
Eu sou psicólogo. Comecei a trabalhar no IMPOPE (Instituto Medico de Orientação Profissional e Educacional) aos 21 anos de idade. Portanto há muito mais de 35 anos atrás. Tenho ouvidos e olhos atentos, digo profissionalmente atentos. Lula lia “auricularmente” seu discurso, ou seja, repetia uma gravação lida em sua própria voz. Tornou-se duro nos gestos, e atento ao que ouvia. Não tinha aqueles espaços que todos nós temos quando falamos, que servem para organizar as idéias. Seus braços fiçaram imóveis, e os freqüentes pigarros escondiam os pequenos erros. Somente quando foi responder a questão das rádios comunitárias, ele voltou a falar por si, pois, recupera o laconismo, o característico gestuário, o tom de voz de quem responde espontaneamente e pensa no que vai dizer. Lula usou de uma tecnologia auricular para fazer o seu Discurso durante a Conferência de Comunicação. Se eu estiver errado rasgo o meu diploma.
“Lamentável, pois quando um homem com a responsabilidade que tem, começa a ser “soprado”, colando diante de milhões o próprio discurso, isso me passa uma imagem de marionete a serviço de um discurso escrito pra ser “representado” diante de uma ONU reunida na Dinamarca.
Mas como ele só recuperou o discurso próprio, para responder aos defensores das rádios comunitárias, eu pego o gancho, e comento as Rádios Escolas promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro mostradas pela TV Brasil.
Escolas Municipais do Rio de Janeiro estão colocando no Ar, rádios comunitárias, totalmente conduzidas, produzidas e apresentadas por alunos da rede municipal, que fundem pelas ondas do rádio, a comunidade escolar, com a comunidade do seu entorno, extensiva aos pais desses alunos. Algo fantástico, pois a comunicação e os defeitos na comunicação são a origem da violência, é o “desentender-se” ( com alguém ou com a Sociedade) que gera a violência das palavras e das “Vias de Fato”.
Tempos atrás eu contei em um desses blogs a origem da Rádio Colégio Estadual do Paraná, na década de 50, ou 40, aqui no Paraná e o resultado dessa experiência que acabou resultando na Radio e TV Educativas do Paraná.
Se quisermos a democratização da Comunicação e o acesso dos meios, às juventudes, têm que conceder as escolas públicas concessões e equipamentos para que as escolas ponham no ar sua voz e sua criatividade.
Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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