terça-feira, 8 de setembro de 2015
A Cultura da Midia
Mídia, controle social e consumo.
Um dos melhores livros que ganhei nos últimos anos foi “A Cultura da Mídia” de Douglas Kellner, um presente do professor, escultor e pintor Luis Lopes.
O próprio livro pode ser analisado com as ferramentas e método que o autor disponibiliza para entendermos o que é a cultura de massa e consumo.
Vou transcrever um pequeno trecho para estimular a sua curiosidade.
“Os espetáculos da mídia demonstram quem tem poder e quem não tem quem pode exercer força e violência e quem não”. Dramatizam e legitimam as forças do poder vigentes e mostram aos não-poderosos que se não se conformarem estarão expostos ao risco de prisão e morte.
Para quem viveu imerso, do nascimento à morte, numa sociedade de mídia e consumo é, pois, importante aprender como entender, interpretar e criticar seus significados e suas mensagens.
Numa cultura contemporânea dominada pela mídia, os meios dominantes de informação e entretenimento são uma fonte profunda e muitas vezes não percebida de pedagogia cultural que contribuem para nos ensinar como devemos nos comportar e o que pensar e sentir, em que pensar; o que temer e desejar - e o que não.
Consequentemente, a obtenção de informações critica sobre a mídia constituem uma fonte importante de aprendizado sobre o modo de conviver com esse ambiente cultural sedutor. Aprendendo como ler e criticar a mídia, resistindo a sua manipulação, os indivíduos poderão fortalecer-se em relação à mídia e a cultura dominante. Poderão aumentar a sua autonomia diante da cultura da mídia e adquirir mais “poder” (liberdade) sobre o meio cultural de consumo, bem como os necessários conhecimentos para produzir novas” culturas”.”
• Douglas Kellner (born 1943) is a "third generation" critical theorist in the tradition of the Frankfurt Institute for Social Research, or Frankfurt School. Ele é judeu.
• A primeira pergunta que deveríamos fazer ao autor é: Quem domina os Meios de Comunicação no mundo?
• A segunda pergunta que devemos fazer ao autor é: Qual a verdadeira intenção de seu livro?
• Numa interpretação livre da palavra cultura. Podemos encontrar o radical KULT, origem de culto, ou seja, fé, ou ainda a idéia norteadora em torno das idéias que estabelecem o culto, o sacrifício laborial da sociedade, o eixo principal das relações humanas e de seus afazeres. Desenvolver cultos, ou culturas, é afastar a sociedade da cultura cristã. Seria esse o propósito de Douglas Kellner? Ou a “Cultura da Mídia” e o seu entendimento deve ser o novo culto, a nova fé, o novo eixo, a nova era, apoiado na quais os homens devem pautar suas ações e as suas convicções?
• Finalmente: Qual é a mídia de Deus, uma vez que já conhecemos as técnicas high-tech dos homens? Voltaremos ao Deus desconhecido, e nos afastaremos do Deus Homem, Verbo Encarnado?
• O culto à mídia resolverá os problemas relacionais dos seres humanos? Afastarão dos homens as idéias inatas de finitude e eternidade, a verdadeira finalidade da vida sob as quais estão construídos os sistemas deontológicos (teoria dos valores) de todas as sociedades e de todos os povos?
Como contraponto a essa interessante e criativa obra, quero aconselhar três outras breves leituras esclarecedoras: “Inter Mirifica” sobre a comunicação social, “Communio et Progressio”, também sobre a comunicação social, e finalmente de João Paulo II “Carta sobre os Meios de Comunicação Social”, três documentos católicos. Posso ainda indicar uma quarta: “Comunicação e Promoção Humana” de 1979. E uma quinta: “Sobre a restauração e aperfeiçoamento da ordem social, de 1962” de Pio XI.
Se os senhores fizerem esse contraponto entenderão o porquê de a educação no Brasil não funcionar, e jamais, na maneira que está, poderá formar o caráter dos jovens.
G 23. (Wallace Requião de Mello e Silva)
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