UMA CRISE CONSTRUÍDA.
Em toda minha longa vida eu
nunca vi o povo brasileiro debaixo de uma tão grande manipulação da opinião
publica.
Assistimos uma crise
minuciosamente construída. Tão construída que ganhamos até uma pagina inteira
no “Financial Times”. As crises da Somália, de Biafra nunca conseguiram este
status.
A crise não é gerada pelos
políticos, muito menos pela sua corrupção * ou pela corrupção do povo
brasileiro, estes são apenas os bodes expiatórios, a crise é gerada pelo
sistema financeiro internacional. A CRISE NÃO É FRUTO DAS ATITUDES FINACEIRAS
DOS GOVERNOS, ela é fruto de estudos pormenorizados dos objetivos do sistema
financeiro internacional. Esse ou aquele governante está sempre ao sabor desses
interesses maiores de domínio. Enquanto imaginamos que o afastamento da Dilma
da presidência da republica resolveria o problema, o que é absolutamente falso
vemos a decomposição do tecido fundiário brasileiro com venda de terras a
estrangeiros colocando em risco nossa soberania. Observamos trocas de garimpos
entre mineradoras estrangeiras, trocas comerciais sobre riquezas não renováveis,
negociando um subsolo que constitucionalmente pertence à União, ou seja, aos
brasileiros. Vemos estratégicos aumentos em serviços como água e luz, e
impostos vários pressionados pelo sistema, sem que o assalariado tenha a mínima
possibilidade de aumento de ganho. Isso provoca uma necessidade de recorrer a
credito, e uma vez inadimplentes, nós brasileiros já não somos donos de nosso
nariz. Entendam isso pelo amor de Deus. Essa pressão é proposital, estudada,
para dar a impressão de que precisamos de mudanças políticas e estruturais no
Brasil. De que precisamos de tutela. Mas todas as vezes que fazemos essas
opções e “concessões” (ver caso de Fernando Henrique Cardoso na questão das
águas territoriais Brasileiras) mais se agrava e aprofunda-se a exploração dos
assalariados. Jamais se pressiona os bancos. Jamais se pressiona grandes indústrias
que tem isenções fiscais de 25 ou 30 anos. Jamais fazemos as contas da imensidão
de toneladas em natura ou beneficiadas de matéria prima não renovável que
deixam o país sem a justa contra partida. Nada se fala que se prepara no
escândalo à venda da Petrobras, apenas se prepara à opinião publica no
convencimento de que “Não era mais possível gerir essa estatal” (na verdade
empresa mista e a maior empresa do Brasil, cuja fundação custou a vida a
Getulio Vargas).
Todo o trabalho de duzentos
milhões de pessoas não tem valor algum,( principalmente sob o ponto de vista do
salário individual) nem mesmo nosso subsolo tem valor, ou nossas centenas de
milhões de toneladas de grãos, sequer são capazes de matar a fome de milhões de
brasileiros marginalizados, pois temos que exportar tudo para equilibrar a
balança comercial, dizem, não produzimos para nós; valor, valor mesmo, só tem o
capital estrangeiro emprestado a juros exorbitantes, ou as sementes
estrangeiras sob patente, e cinicamente nos dizem: de que valem riquezas no
subsolo se não temos capital para explorá-las: pois o controle estrangeiro sobre o país, a
sua opinião e sua economia, dizem, é o único capaz de solucionar os problemas
brasileiros, o que é o mesmo que dizer: “Estamos comprando o país com a
inadimplência do povo e a ganância cega das elites”.
Outros em coro subserviente:
dizem: “O que fazer se o país nunca foi nosso?
E eu respondo: apropriar-se
do que é nosso, isso chama-se nacionalismo.
G 23.
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