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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Crise

Crise. Não sou economista nem me darei ao trabalho de provar o que digo aqui. Deixo para você leitor, e seu bom senso, a avaliação do que há de verdadeiro nesse texto e nesse contesto. Toda crise financeira macroeconômica é provocada. Alguém ganha com ela. Através delas forçam nações a vender riquezas, patrimônio natural, privatizar serviços e infra-estrutura ou mudar a política nacional e ate derrubam presidentes. Sempre foi assim. Pesquise em jornais antigos e confirme ou não. Agora crises verdadeiras são aquelas que fogem ao controle do homem e da sociedade. Um terremoto, um maremoto, um tufão, uma seca interminável são verdadeiras crises. Na minha vida pude estar no meio de algumas crises das quais eu tiro algumas lições. Estive no furacão Andrew em Miami EUA. Estive na enchente de Blumenau, em Santa Catarina, e finalmente em uma grande enchente em Curitiba nos anos 80 do século passado. O que se aprende com elas? Aprendemos que o Estado nunca esta a altura das necessidades de socorro, mesmo em paises onde a freqüência desse tipo de crise gera uma cultura de defesa. Aprendemos também, que uma crise desse tipo cria uma solidariedade, uma irmandade e uma criatividade nas soluções que raia o impressionante. Pessoas sob o mesmo problema se tornam criativas, revelam o melhor de si, se ajudam com soluções criativas e razoáveis dentro do possível, fazendo do próprio desastre e suas conseqüências o material de socorro. Dos escombros vem a solução imediata. Leia um pouco sobre o assunto, ou veja filmes documentários na internet sobre eventos desse tipo. Então, desse principio que pode não estar bem claro para você, mas esta muito clara para mim, eu aconselho: Em tempos de crise financeira deixem à economia informal crescer, pois é dos “escombros”, da criatividade de todos e da solidariedade que vem a solução. Os Estados, ou melhor, as Nações estão sempre escravizadas ao sistema financeiro internacional, e, portanto sofrerão a crise pelo tempo que esse sistema achar conveniente, ou para obter enormes lucros, ou para obter mudanças favoráveis aos seus interesses. O Povo, não. Ele tem necessidades urgentes, tem necessidades que estão muito longe das necessidades do comercio, dos bancos e das indústrias. O povo como associação de homens em serviço tem necessidades de sobrevivência e por esse motivo dão rápidas soluções para os problemas de qualquer crise... Ou morrem. Deixar as pessoas no comando das trocas essenciais para a sobrevivência de todos equilibra, cura, esclarece e salva a sociedade, qualquer sociedade, das amarras artificiais do sistema financeiro. G 23. Wallace de Mello e Silva


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