História secreta da Terra de
Santa Cruz (IV).
A questão do açúcar no
Brasil.
Com a inquisição na Europa,
diz o autor, os navios portugueses enviados duas vezes por ano à nova Terra
traziam degredados e judeus, formando-se assim as primeiras populações.(ver
Sombart em “Die juden in des wirthechaftes´ eben, a pagina 34” .).
Assim, diz nosso autor, aqui
desceram judeus portugueses como sobrenomes como: Guilhens; os Castros
Boticários; os Mendes, os Rebelos, os Antunes, os Valadares; os Bravos; os
Nunes; os Sanches; os Diques; os Dines; os Cardoso; os Coutinhos; os
Montearroios; os Cirnes; os Ximenes; os Peres; os Calaças; os Teixeiras; os
Rodrigues; os Barros; os Siqueiras e tantos outros. Enquanto isso o Consorcio
ia se enchendo de Ouro, pois com a proibição de comercio das tintas do Oriente,
eles vendiam o Pau-de-tinta em Flandres com lucros estupendos. A cobiça dos
corsários ameaçava o consorcio e muitas iniciativas foram sendo concretizadas
por estes últimos em todas as costas do Brasil; eram franceses, espanhóis,
ingleses e entre eles muitos judeus dessa procedência.
Como nos disse o autor, Gaspar
de Goa se fizera conselheiro do Rei, e o induzira a proteger os negócios do
Consorcio, contra a pirataria geral naquilo que se considerava no mundo não
cristão res-nulis, pois desconsideravam as bulas papais. Terra de ninguém valia
a força e a esperteza na posse do território.
Desde 1516 o Rei de Portugal
começa a tomar providências para proteger e povoar o novo torrão. Segundo Solidônio Leite naquele ano os
israelitas fazem o Rei Português perceber a importância econômica da nova
terra. Assim vem ao Brasil Cristóban Jaques com dois navios de guerra. Pedro
Calmon nos dirá que entre 1516 e 1530 se encontrará o judeu Francisco de Chaves
em Cananéia e o judeu João Ramalho em São Vicente na liderança dos gentios.
Havia também o enigmático Bacharel
em Cananéia, um castelhano bastante controvertido na ótica dos historiadores.
A coroa dava então uma
licença especial e instrumentos a qualquer que quisesse iniciar os engenhos de
açúcar. Portugal já havia experimentado com sucesso o seu cultivo nas ilhas São
Tome; Madeira; Cabo Verde, tentando quebrar o monopólio do açúcar
comercializado com exclusividade pelos venezianos. Morto Dom Manuel assume o trono Dom João III que dá continuidade, e doa latifúndios a nobres portugueses,
assim como dividirá as novas terras em doze capitanias hereditárias; (Varnhagen
em Historia Geral
do Brasil); essas Capitanias são distribuídas e capitães cheios de serviços à
coroa, a nobres, e homens ricos, incluindo muitos judeus como veremos bem
adiante.
Homens como Duarte Coelho;
Martin Afonso; Pelo Lopes; Aires da Cunha, Pero de Góis; Vasco Fernandes
Coutinho, capitães, e homens ricos como Pero de Campos Tourinho; ou altos
funcionários do reino como Jorge de Figueiredo Correa; Fernandes Álvares de
Andrade; Antonio de Barros Cardoso e João de Barros Pimentel (Cuja Capitania
foi assumida por Luis de Mello e Silva).
Aos donatários caberia a
colonização e defesa do território. Mas o ataque de piratas continuava muitas
vezes ajudado por degredados e judeus que iam comprando os engenhos falidos
pelos prejuízos. Um Galeão francês destruiu, por exemplo, o Engenho de Pedro
Capico, o primeiro engenho do Brasil, fundado em 1516 ou 18. Assim nos conta o
nosso autor secreto, que muitos abandonam as doações, enquanto o Reino, não
podendo abrir mão de todo tipo de cidadão estende os privilégios dos donatários
aos comerciantes hebreus. Apoiados nesses privilégios especiais que lhe
garantiam inclusive doações muitas famílias de hebreus vieram abrir engenhos em
Pernambuco, quando os capitães mores chegaram as suas terras já encontraram
muitos desses cristãos novos (aqui não se sabe se apenas hebreus, pois as
populações castelhanas árabes eram enormes) no comando e na influencia sobre a
população de gentios. Era já uma força política. Um exemplo bem claro é o do
judeu João Ramalho e seu ódio contra os Jesuítas. ( ver o trabalho de Izaque
Izeckson em “A Contribuição Judaica na Formação da Nacionalidade Brasileira” ou
Bem Israel em
Almanaque Israelita do Brasil).
A cidade fundada pelos
Jesuítas, e combatida pelo judeu João Ramalho, tornou-se a maior Metrópole do
Brasil, sendo que eram cristãs novas as famílias pioneiras: Pinto; Costa;
Silvas; Pereiras; Castros Salgados; Buenos. Mesquitas entre outros. Não
significa aqui que cristãos novos fossem apenas judeus, mas havia árabes,
hindus, e outros orientais. Apenas chegavam aqui começavam a exercer seus
cultos. O autor Ageu Guimarães afirma que chegavam aos milhares e que constituíam
um perigo social, pois estavam infiltrados ate o cerne do catolicismo. Os
judeus faziam um intenso contrabando de ouro e prata do Peru, pelo qual eram
chamados peruleiros. Vinham para terras portuguesas, pois aqui não havia
inquisição, apenas visitações, sendo que a ordem dos Dominicanos nunca houvera
aqui se instalado. Nas terras americanas de Espanha a inquisição caçava os peruleiros
e os condenava a morte como foi o caso do judeu Baltazar Rodrigues de Lucena
e Duarte Nunes. Já em 1600 foi condenado
por contrabando de ouro Gregório Dias; Diogo Lopes de Vargas; e Duarte
Henriques. Já em 1605 Diogo de Andrade, João Noronha e Manoel de Almeida. Em
1539 Manoel Batista Pires. Interessante que dois frades vindos do Brasil foram
condenados em Portugal em 1581 freis Álvaro Rodrigues e Antonio Osório da
Fonseca por pratica de judaísmo, esse ultimo com o mesmo sobrenome do primeiro
rabino do Brasil, Aboab da Fonseca.
O nosso autor não sabe
esclarecer se foi com entusiasmo que os judeus entraram no negocio do açúcar,
ou se apenas usaram do senso de oportunidade, ou mesmo se estavam por detrás da
metodologia de falência dos engenhos genuinamente portugueses. João Lucio de
Oliveira, autor, nos faz acreditar que os judeus se apropriaram dos engenhos.
Pois para ele o guerreiro e o agricultor eram os pilares da nacionalidade, e o
judeu não era nem guerreiro, nem agricultor, apenas comerciante.
Os judeus pareciam se
inspirar no modelo capitalista judeu holandês, bastante diferente do cômodo
modelo português.
Segundo o polemico autor
Gustavo Barroso, somente duas capitanias prosperaram no negocio do açúcar, Pernambuco
e São Vicente, as demais, por falta de mão de obra foram vendidas a judeus e
demais cristãos novos, pois alem dos prejuízos eram frequentemente atacadas
pelos índios. Assim. segundo esse autor, os novos proprietários anteviram um
lucrativo negócio, o da escravatura. O açúcar trouxe a necessidade da
escravidão negra.
É Duarte Coelho que manda em
1549 buscar homens práticos no plantio da cana nas Canárias e na Galizia. A
sombra desse ato, como que agachados os judeus congregam seus interesses. Diz
“O Dialogo das Grandezas” que aqui começam as primeiras experiências
socialistas das Américas, como os Engenhos Banais, estruturas que moíam a cana
de plantadores que não tinham engenho. O açúcar era vendido no mercado holandês
desde que Martin Afonso se associara com o Holandês Erasmo Schetz, e era
vendido em Flandres com lucros astronômicos. Acontece que também aqui (Holanda), havia glande
numero de judeus portugueses que se aglutinavam em torno da famosa Sinagoga
chamada de Casa de Jacob. Logo esses judeus se especializaram no comercio do
açúcar com os demais países europeus.
A Judéia européia, ou seja, os paises baixos
acumulavam grandes capitais, aparentemente criando núcleos de créditos em mãos
de judeus ricos que se espalhava em financiamentos por toda a comunidade
européia se assim podemos chamar. Assim começava, diz o autor a
internacionalização do Capital Israelita. Com a instalação da inquisição em
Goa, milhares de judeus vieram ao Brasil. Dom João III proíbe que cristãos
novos saiam do reino com seus capitais acumulados, mas mesmo assim eles
continuam vendendo tudo e partindo, não só de portos portugueses para o Brasil.
Premido pelas dividas da África, agora Dom Sebastião revogou a proibição
cobrando do Kahl de Lisboa duzentos e vinte e cinco mil cruzados. A enxurrada
de judeus ao Brasil então atingiu seu ápice. Eles vinham para os negócios de
mascate, do açúcar e do comercio de carne humana (escravidão). Suas sinagogas que
o povo denominava Esnogas haviam-nas em casas particulares como a de Heitor
Antunes, ou em engenhos como o de Bento Dias de Santiago (ver Rodolfo Garcia),
o judeu Ambrosio Fernandes Brandão era o feitor do engenho sinagogal de Bento
Dias onde também foi feitor o Judeu Nuno Álvares. Quando Portugal caiu sob
domínio espanhol o numero de judeus no Brasil não parou de aumentar. (Ver alvará de quatro de Abril de 1601 de
Felipe II). Ao final do século XVII os judeus eram os donos do Brasil. È a
comunicação dos judeus daqui com os da Holanda que vão permitir a ocupação do
Nordeste Brasileiro pela Companhia das Índias Orientais (por esse motivo
ouvimos tanto que o Brasil seria diferente se os Holandeses de Nassau tivessem
vencido).
Carta de Frei Vicente do Salvador
nos conta que os judeus daqui se comunicavam com os judeus de Flandres, de
Holanda enviavam quatro mil Thorás em hebraico por ano para o Brasil. Para Soledônio Leite essa comunicação fez a
grandeza comercial do Brasil ao tempo do Açúcar. Para nosso autor secreto, o
fenômeno preparou o capitalismo-judeu que já antevia e desejava a desagregação
e submissão do império luso-espanhol cristão católico aos interesses dos capitalistas
judeus.
Douglas digitalizando para o
G 23.
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