Transgênicos, energia e a ONU.
Quando o mágico quer preparar o seu truque, ele desvia a atenção para uma das suas mãos, enquanto prepara o truque com a outra. A ONU, faz isso na questão dos transgênicos, distraí a atenção desviando os debates de questões centrais. É um grande teatro, onde os brasileiros são os montadores do palco e as vitimas estultas do drama que se encena.
Na Gazeta do Paraná de 1 de abril de 2005, dia da mentira, o relator das ONU, Jean Ziegler, critica a liberação do plantio de transgênicos no Brasil.
Hoje, pelo contrario, já se aceita, com o silêncio da ONU o plantio, com ou sem rótulo, como se ele não contaminasse as lavouras, e como se não fosse essa, a contaminação, a verdadeira intenção dos seus “mentores”.
Para o relator da ONU: “a produção mundial de alimentos já é três vezes superior às necessidades de alimentação da população mundial e não seria necessário o uso da transgenia”. Mas nós, (leio eu nas entrelinhas), precisamos da fome, ela é a ponte pela qual e em nome da qual, podemos intervir em territórios soberanos e dominar os povos.
Percebemos nas entrelinhas que logo, logo, os transgênicos serão proibidos para uso humano. Mas suas plantações já terão conquistado imensas áreas pelo plantio e contaminação. Na verdade nunca se quis os transgênicos para uso humano. A fome, foi apenas o argumento, o Cavalo de Tróia para a introdução dos transgênicos nos paises pobres e em desenvolvimento para dominar-lhes o solo fértil. Promessa de incremento na produção, lucro e comida, a formula mágica empregada na sedução. Esses países pobres, providencialmente os detentores de grandes territórios localizados em zonas tropicais, podem, ou reúnem condição para o plantio de grandes quantidades de grãos oleaginosos. A questão primeira é a patente genética que produz royalties e o controle absoluto sobre as sementes, e também a dependência tecnológica de químicos e insumos produzidos em grandes laboratórios para uso especifico para exploração pelos detentores de suas patentes. Você dirá mas porque?
A própria ONU em 1995, produziu um relatório sobre a crise mundial de petróleo e de seus derivados, que, dizia: “em espaço menor do que 100 anos, haveremos de atingir o mundo como um todo com a crise do petróleo”.
Você pode avaliar o que isso significa?
Mudar o padrão energético do planeta não é fácil.
No modelo energético mais próximo, na escala de mudanças de padrão, a solução está no álcool combustível e no biodiesel, ou seja nos bio-combustíveis. Ora, os países pobres, com o clima favorável, e grandes áreas passíveis de utilização agrícola, estariam aptos para a produção de grãos. Aptos e capazes, portanto, da produção de bio combustíveis, e isso faria, ou provocaria com uma grande possibilidade, uma mudança no padrão de desenvolvimento da economia desses países, uma revolução das relações de poder mundial, um fomento “circunstancial” que se apresenta como ironia do destino, alimentado e dirigido para os paises pobres, que preservaram suas áreas, porque não puderam explorá-las, e poderiam, agora, começar a vislumbrar as suas independências econômicas e soberanias territoriais, enquanto, outros, os mais ricos, ou pelo clima, ou pela ausência de áreas, tenderiam a mergulhar na grave crise energética.
Uma revolução no mundo das “cartas” dos jogos econômicos. Ora, a solução encontrada pela cúpula foi controlar o setor agrícola por meio de patentes genéticas e tecnologias de domínio, que acabariam frustrando qualquer tentativa de soberania e independência sobre os bio combustíveis.
O mercado mundial energético estará antecipadamente dominado pelo grande capital que se apropriou tecnicamente e por antecipação das fontes energéticas do futuro, bio combustíveis e potencial hidroelétrico.
Agora, em seqüência, iniciaremos a falsa discussão orquestrada sobre as águas, não por causa da vida humana, porque os pobres, as grandes massas populacionais do planeta, a história comprova, abandonada através de séculos de pratica expropriatória e dominação, que se fodam,... Se morrerem seria melhor, como chegou a propor Kissinger, que queria eliminar um terço da população do México, mas, pelo contrario, as águas, por causa da sua livre utilização como fonte energética, provocam o mesmo fenômeno, a possibilidade de mudança do padrão energético de paises pobres e isso diz respeito ao poder e ao controle do poder mundial. Assim as chamadas hidroelétricas, os rios, as águas subterrâneas, devem ser “dominadas” por leis espertas, com “rotulagem” ambiental controladoras das águas; que devem ser redirecionadas, furtando-se do controle dos interesses nacionais de nações emergentes e dirigindo-se para os interesses do macro capital sem bandeira.
Por ultimo, quem algum dia viu ou leu os trabalhos de Pavlov, o fisiologista russo autor da psicologia baseada nos reflexos condicionados, sabe que pós a Segunda Grande Guerra, baseados nas teses de Pavlov, começaram a surgir teorias do controle das populações, primeiro pela genética, pelo controle da natalidade das populações, depois pelo controle do alimento e da água, consideradas por muitos como armas alimentares, e meio de manipulação das massas. Livros foram escritos sobre a possibilidade de se usar os alimentos como arma de controle de nações inteiras, ou seja, pela tese do reforço (água, alimento e privação), podemos moldar o comportamento humano, submetendo multidões.
De qualquer forma a “apropriação da vida”, na forma do registro de “patentes genéticas” e insumos tecnológicos, e o conseqüente e esperto controle dos recursos naturais pelo “governo mundial”, que a cada dia se aproxima, estará levando as populações de todos os paises para a mais completa servidão que a humanidade conheceu.
O show esta já montado, as discussões foram criadas para distrair. A ONU é uma ferramenta. O critério do consenso, ou seja, o da maioria absoluta, é totalmente antidemocrático, pois privilegia as minorias, como você viu, 170 paises estavam a favor da rotulagem, bastaram três discordar, e as minorias venceram, três venceram 167, além de que, como já dissemos, os temas de discussão são absolutamente falsos.
Você certamente não acredita. Estará pensando quem será esse pretensioso?
Então você dirá, quem é esse caipira suburbano que ousa criticar tão ilustres visitantes, conceituados técnicos de fama internacional promovidos e financiados e acobertados pela ONU, e eu respondo: um homem simples que tem olhos para ver, ouvidos para ouvir e caneta para escrever. Publiquem esse texto para ver, no futuro, quem tinha razão. O tempo dirá.
Wallace Requião de Mello e Silva.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
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