Aquedutos e
Dasonomia.
O que eu vou
dizer te parecerá um desproposito. Se eu estivesse falando em petróleo você
rapidamente entenderia e justificaria os investimentos, mas eu falarei de água,
importante para a vida e para os homens, mas menos importante para os
capitalistas que o combustível para maquinas.
A Historia
registra muitos aquedutos. Eles desviavam rios e os conduziam as cidades, como
os Romanos, ou pelos caminhos como os dos Incas. Parece, no entanto, que fugiu
dos cronistas o fato de que em muitas dessas cidades passavam rios. Mas os rios
vão se poluindo pelo caminho. Terra, metais pesados, carcaças de animais
mortos, peixes mortos, fezes e urina humana e animal, enfim, porcarias. Os
aquedutos iam buscar água próxima as nascentes onde a água é pura, e traziam, ou
conduziam essa água para as fontes publicas ou privadas, enquanto que os rios
levavam o esgoto.
Assim, se agora proponho investimentos de porte na construção de tubos para transporte se agua, mesmo que paralelo aos
rios, ou procurando caminhos mais curtos, com cisternas de nível, você pensará,
mas que bobagem! No entanto, ao fim isso seria muito mais barato e menos nocivo
para a saúde das populações do que o tratamento localizado das águas poluídas e
tratadas com cloro e flúor. Mas foi procurando a viabilidade técnica desses projetos
que encontrei sua relação com as florestas, e mais: ouvi pela primeira vez o
termo Dasonomia, a ciência das florestas, termo que eu desconhecia. Segundo a Enciclopédia
Conhecer a Dasonomia vem do Grego : Dasos= floresta e nomia= estudo. Pois bem,
essa ciência une a biologia, a física, a geologia, a zoologia, as águas
pluviais e subterrâneas, as ciências sociais, e a filosofia, com o objetivo de
estudar as florestas para daí tirar regras para a proteção florestal, manejo,
tecnologia, economia e política florestal.
A
preocupação florestal é bem antiga. Na Pérsia, em 450 antes de Cristo
Artaxerxes I editou leis a respeito das florestas de cedros do Líbano.Os
romanos fizeram leis proibindo o abate de madeiras usadas nas construções de
navios. Na Alemanha, na idade Media a lei regulava o numero de arvores que uma família
poderia derrubar. Foi a ganância do mundo moderno e a crença que as florestas
eram inesgotáveis que levou ao abete sem remanejo, replantio, tempo de espera,
ciclos, e estudo da inter dependência biológica de espécies em relação.
Monoculturas de arvores com fins econômicos desprezaram a fauna e flora, desprezaram
ate as pragas, cegos pela possibilidade de lucros, vieram derrubando as arvores
indiscriminadamente, desmontando essa rede de purificação do ar, de fixação do
solo contra a erosão, de produção de medicamentos e frutos, de umidificação dos
ambientes, de inter dependência biológica. Isso, senhores também altera os rios.
Há florestas porque há rios, e há rios porque há florestas e geleiras de
grandes alturas e chuvas.
Eu não sou
perito no assunto, mas os séculos clamam pelo cuidado das florestas existentes e
a possibilidade de restauração. Quando olhamos em volta, tudo teve a
contribuição da madeira das arvores, o carvão, as tabuas para construção e carruagens,
as maquinas a vapor a queima do concreto e tijolos, as estruturas de cimento
armado nas caixarias, os pisos, os telhados. As borrachas, os medicamentos,
etc.
Florestas
são colônias de ser vivos em relação, e embora nós tenhamos tido a grande
necessidade das madeiras, hoje já podemos ver que urge devolver a essas colônias
seu esplendor e sobrevivência. No Brasil, depois de certas medidas
providenciais, ainda estamos replantando 0,03% do que derrubamos, seja para o
plantio de soja, de gado, de exploração mineral, explosão urbana e isso amigos
vais se refletir nos rios e na qualidade da água. Desertos arenosos não
produzem nuvens, e por isso raramente vêem chuvas, menos ainda águas de superfície.
È isso que queremos? Assista nesse blog ao filme “O Homem que plantava árvores”
Você vai gostar, ele abrira os seus olhos. Segundo o Gênesis tudo foi criado
para servir aos homens, mas servir não é ser objeto de tirania e ganância
desmedida, só o louco mataria a galinha de ovos de ouro se houvesse. Só o louco
não vê a importância das florestas no equilíbrio da vida.
Obrigado por ter lido.
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