O impasse, sem o Deus israelita não há o Deus Cristão.
O Impasse.
O texto que trago para analise do Grupo de Estudos 23 de Outubro, é muito especial, e bastante difícil. Foi encontrado na Internet no Blog: ultimato.com. Um blog de “orientação evangélica”, cujo autor emoldura a peça, ou núcleo principal, que é a seguinte afirmação: “Não foi fácil escapar das aulas nem da influência de Franz Brentano, ex-padre, professor de filosofia na Universidade de Viena, “um homem notável, um crente, um teólogo, um camarada danado de esperto, de fato um gênio”. Freud chegou a vacilar e cogitou a possibilidade de tornar-se crente.” (O que não está dito aqui é que ser JUDEU é ser crente).
Assim sendo, este parágrafo, faz a afirmação de que: a genialidade de Franz Bretano esta vinculada à liberdade e a superação de ser ex. padre, ou seja, a superação de ser sacerdote católico. Nessa afirmativa o autor "evangélico" pressupõe realizar o ideal protestante, superar a Igreja de Cristo em Pedro. Poucos são os membros do Grupo G23 capazes de perceber a instrumentalização israelita do protestantismo. Para isso teríamos que recorrer ao Sínodo Judeu de Jabenes, no ano 100 DC. E o tema ainda é um pouco duro para a nossa compreensão.
Mas o autor do texto abaixo não se dá conta que se lança de cabeça em um impasse. Qual? Sem o Deus israelita, não há o Deus Cristão, não há possibilidade de Encarnação do Verbo, e não haveria, portanto a possibilidade do Verbo encarnado ter fundado uma Igreja.
Agora se nós considerarmos o assunto sob a ótica da “dissimulação e da transferência de culpa”, o autor “evangélico” presta um serviço ao judaísmo, pois justifica a condição de não judeu (ateu) de Freud, e assim, toda a influência nefasta do seu propor, e as conseqüências de seus argumentos na sociedade nada tem com o Judaísmo, livrando a consciência israelita de ter profissionalmente e metodicamente por meio de sua mídia universal imposto ao mundo a ”Genialidade” (Freud Explica) do judeu Sigmund Freud, que agora mui convenientemente é apresentado como ateu pagão e possivelmente culpado, (por evangélicos), justamente por essa negativa de sua filiação racial e religiosa, que o afasta dos filhos de Abraão os escolhidos de Deus. Com isso está dissimulado “o desejo” que é sempre do outro, e realizada a transferência da culpa teológica. Fica assim também dissimulado os objetivos do “Seven Ring”.
Finalmente quero acrescentar, de que o texto abaixo não fará referência de que Oto Rank tenha afirmado que Freud tenha cometido o suicídio medicamente assistido, isso é, solicitando a eutanásia.
Posto o que está dito acima, os membros do Grupo 23 de Outubro têm todas as ferramentas para analisar mais esse serviço dos evangélicos ao judaísmo, e, portanto, veladamente ao Sionismo Moderno. Na base de ambas as correntes teológicas esta flagrantemente o ataque constante e ininterrupto à Igreja.
Leiam o texto abaixo.
Freud: descrente de cabo a rabo
Um ano antes de morrer, Freud, já octogenário, fez mais uma vez sua pública profissão de fé na não-existência de Deus numa carta dirigida ao historiador Charles Singer: “Jamais em minha vida particular ou nos meus escritos eu escondi o fato de que sou descrente de ‘cabo a rabo’”. Ele se referia a si mesmo, aparentemente sem escrúpulos, como um “médico sem deus”, ou um “materialista”, um “ateu”, um “descrente” e um “infiel”. (negando estrategicamente a sua condição de judeu).
Nascido e educado na religião judaica e casado com uma mulher que também era neta de rabino, Freud, quando criança, devia cantar ou recitar os dois únicos salmos iguais do Saltério, que começam com a declaração: “Diz o tolo em seu coração: ‘Deus não existe’” (Sl 14.1; 53.1). Contudo, em seu primeiro ensaio sobre a visão do mundo religioso (Ações obsessivas e práticas religiosas), dá a entender que tolo é aquele que tem necessidade de fé, a pessoa que não avança em seus estudos.
No dia 6 de maio de 1891, o pai de Sigmund Freud, Jacob Freud, lhe deu de presente uma velha Bíblia na qual o filho havia lido quando criança, com a seguinte dedicatória: “Você enxergou neste livro a visão do Todo-Poderoso, você ouviu de boa vontade, você o praticou e tentou voar alto nas asas do Espírito Santo. Desde então, eu preservei a mesma Bíblia. Agora, no seu 35º aniversário, eu tirei o pó dela e a estou enviando a você, como prova de amor do seu velho pai”.
Embora citasse freqüentemente a Bíblia, tanto o Antigo como o Novo Testamento, e tivesse familiaridade com a Palavra de Deus, Freud afirmava que as Escrituras “estão cheias de contradições, revisões e falsificações”.
Além da influência judaica, Freud recebeu influência cristã através da ama-seca “feia, bastante velha”, que lhe falava do Deus Altíssimo e do inferno e o levava à missa em FreiBerg, na Morávia, onde ele nasceu, naquela época com uma população de 4 a 5 mil habitantes, quase todos católicos.
Sob o prisma da psicanálise, Freud dizia que Deus não nos criou à sua imagem, mas fomos nós quem criamos Deus à imagem dos nossos pais. (projeção e dissimulação) Às vezes, ele ia longe demais: “Não tenho temor nenhum do Todo-Poderoso. Se nós viermos a nos encontrar um dia, provavelmente terei mais queixas contra Ele, do que Ele poderia ter de mim”.
A frase mais infeliz de Freud foi pronunciada quando ele era estudante universitário em Viena: “Não pretendo me entregar”. O futuro médico referia-se à sua disposição de resistir a qualquer influência que o levasse a crer em Deus. E ele conseguiu. Mais ou menos na mesma ocasião, Freud fez dois cursos de filosofia; um deles foi sobre a existência de Deus. Não foi fácil escapar das aulas nem da influência de Franz Brentano, ex-padre, professor de filosofia na Universidade de Viena, “um homem notável, um crente, um teólogo, um camarada danado de esperto, de fato um gênio”. Freud chegou a vacilar e cogitou a possibilidade de tornar-se crente. Foi quando fez uma quase-confissão: “É desnecessário dizer que sou um ateu somente por necessidade, e sou honesto o suficiente para confessar que sou incapaz de refutar os argumentos dele [Brentano]; entretanto, não tenho nenhuma intenção de me entregar tão rápida ou completamente”.
Teria o Espírito Santo advertido Freud com as mesmas palavras ditas a Saulo na entrada de Damasco: “Resistir ao aguilhão só lhe trará dor” (At 26.14)?
O fato é que Freud ofereceu forte resistência a todas as oportunidades que lhe surgiram na vida para deixar de ser ateu. (vejam que isso lhe nega a condição de Judeu, embora o judaísmo tenha se servido dele como “modelo da genialidade Israelita). Ele passou de largo por aquilo que Immanuel Kant chama de “placas de sinalização” — o céu estrelado acima e a lei moral dentro de nós, tudo apontando com clareza inconfundível para Deus.
Parece que Freud conhecia o famoso livro A Imitação de Cristo, atribuído ao teólogo alemão Tomás de Kempes, nascido por volta de 1380. Também não provocou mudança alguma o encontro pessoal que ele teve com o filósofo e psicólogo americano William James, um ateu convertido ao cristianismo, em sua única visita aos Estados Unidos, em 1909. A essa altura, James estava com 67 anos e acabara de publicar O Significado da Verdade, e Freud tinha 53 anos. O nova-iorquino William James era especialista em teologia propriamente dita (natureza e existência de Deus) e na imortalidade da alma. O livro favorito de Freud não era outro senão o clássico Paraíso Perdido, o maior poema épico da língua inglesa, leitura obrigatória dos puritanos e dos não-conformistas da Inglaterra por dois séculos, escrito por John Milton em 1667.
A influência cristã mais duradoura, mais didática e mais amável que Freud recebeu na vida foi pela correspondência com o pastor reformado Oskar Pfizer, doutor em filosofia e teologia, residente em Zurique, na Suíça. Por longos 30 anos (de 1909 a 1939), Freud e Pfizer (este 17 anos mais moço que aquele) trocaram cartas entre si.
Um dos poemas prediletos de Freud era Lázaro, do poeta alemão Heinrich Heine, quase 60 anos mais velho do que o médico de Viena. Armand Nicholi, autor de Deus em Questão — C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida (Editora Ultimato, 2005), supõe que a atração de Freud pela história da ressurreição de Lázaro reflita o seu próprio desejo de permanência. ( interessante esse trecho).
Que Freud morreu declarando-se ateu às 3 horas da madrugada do dia 23 de setembro de 1939, ninguém tem dúvida. ( o Grupo G 23 tem dúvida) O mesmo não se pode dizer se interiormente ele tinha absoluta convicção da não-existência de uma Inteligência superior. À semelhança de outros ateus, ele costumava citar o nome de Deus em suas cartas: “Eu passei nos meus exames com a ajuda de Deus”; “Se Deus quiser”; “A ciência parece demandar a existência de Deus”; “Pela graça de Deus” etc.
Além do mais, Freud fez questão de inaugurar a sua clínica particular especializada em neuropatologia na Páscoa de 1886, quando tinha 30 anos, a mesma idade com que Jesus Cristo iniciou o seu ministério (Lc 3.23). Essa escolha seria sinal de respeito por aquele dia de profundo significado religioso ou refletia desafio e desrespeito por Jesus? ( não ele apenas cumpria assim a velha tradição israelita da idade adulta e da competência pública).
Terminado aqui o texto do Blog ultimato.com, podemos dizer que temos todos os elementos para analisar a atitude de “PILATOS” que se construiu aqui. Se Freud tem alguma culpa na demolição dos valores cristãos não se deve ao seu judaísmo, muito menos a sua religião israelita, no texto, clara e sobejamente negada. Compreendem a construção? A dissimulação de seu desejo e a transferência da culpa? Em momento alguns colocamos em discutição as afirmações ou informações do texto que não é de nossa responsabilidade. OBS os comentários entre parêntesis são nossos.
Voltando um pouco, prestem atenção na seguinte afirmação: "é desnecessario dizer que sou ateu apenas por necessidade". Aqui esta a chave deste texto. A construção do socialismo materialista como intrumento do Sionismo Moderno.
wallacereq@gmail.com.
Esse segundo texto do rabino Neusner dissimula dois temas: O sectarismo filosófico, racial e religioso do judaísmo. e prega a impossibilidade de conversão do judeu ao cristianismo . Agora a analise que faz sobre o "evolucionismo da religião" é muito pertinente.O texto que trago para analise do Grupo de Estudos 23 de Outubro, é muito especial, e bastante difícil. Foi encontrado na Internet no Blog: ultimato.com. Um blog de “orientação evangélica”, cujo autor emoldura a peça, ou núcleo principal, que é a seguinte afirmação: “Não foi fácil escapar das aulas nem da influência de Franz Brentano, ex-padre, professor de filosofia na Universidade de Viena, “um homem notável, um crente, um teólogo, um camarada danado de esperto, de fato um gênio”. Freud chegou a vacilar e cogitou a possibilidade de tornar-se crente.” (O que não está dito aqui é que ser JUDEU é ser crente).
Assim sendo, este parágrafo, faz a afirmação de que: a genialidade de Franz Bretano esta vinculada à liberdade e a superação de ser ex. padre, ou seja, a superação de ser sacerdote católico. Nessa afirmativa o autor "evangélico" pressupõe realizar o ideal protestante, superar a Igreja de Cristo em Pedro. Poucos são os membros do Grupo G23 capazes de perceber a instrumentalização israelita do protestantismo. Para isso teríamos que recorrer ao Sínodo Judeu de Jabenes, no ano 100 DC. E o tema ainda é um pouco duro para a nossa compreensão.
Mas o autor do texto abaixo não se dá conta que se lança de cabeça em um impasse. Qual? Sem o Deus israelita, não há o Deus Cristão, não há possibilidade de Encarnação do Verbo, e não haveria, portanto a possibilidade do Verbo encarnado ter fundado uma Igreja.
Agora se nós considerarmos o assunto sob a ótica da “dissimulação e da transferência de culpa”, o autor “evangélico” presta um serviço ao judaísmo, pois justifica a condição de não judeu (ateu) de Freud, e assim, toda a influência nefasta do seu propor, e as conseqüências de seus argumentos na sociedade nada tem com o Judaísmo, livrando a consciência israelita de ter profissionalmente e metodicamente por meio de sua mídia universal imposto ao mundo a ”Genialidade” (Freud Explica) do judeu Sigmund Freud, que agora mui convenientemente é apresentado como ateu pagão e possivelmente culpado, (por evangélicos), justamente por essa negativa de sua filiação racial e religiosa, que o afasta dos filhos de Abraão os escolhidos de Deus. Com isso está dissimulado “o desejo” que é sempre do outro, e realizada a transferência da culpa teológica. Fica assim também dissimulado os objetivos do “Seven Ring”.
Finalmente quero acrescentar, de que o texto abaixo não fará referência de que Oto Rank tenha afirmado que Freud tenha cometido o suicídio medicamente assistido, isso é, solicitando a eutanásia.
Posto o que está dito acima, os membros do Grupo 23 de Outubro têm todas as ferramentas para analisar mais esse serviço dos evangélicos ao judaísmo, e, portanto, veladamente ao Sionismo Moderno. Na base de ambas as correntes teológicas esta flagrantemente o ataque constante e ininterrupto à Igreja.
Leiam o texto abaixo.
Freud: descrente de cabo a rabo
Um ano antes de morrer, Freud, já octogenário, fez mais uma vez sua pública profissão de fé na não-existência de Deus numa carta dirigida ao historiador Charles Singer: “Jamais em minha vida particular ou nos meus escritos eu escondi o fato de que sou descrente de ‘cabo a rabo’”. Ele se referia a si mesmo, aparentemente sem escrúpulos, como um “médico sem deus”, ou um “materialista”, um “ateu”, um “descrente” e um “infiel”. (negando estrategicamente a sua condição de judeu).
Nascido e educado na religião judaica e casado com uma mulher que também era neta de rabino, Freud, quando criança, devia cantar ou recitar os dois únicos salmos iguais do Saltério, que começam com a declaração: “Diz o tolo em seu coração: ‘Deus não existe’” (Sl 14.1; 53.1). Contudo, em seu primeiro ensaio sobre a visão do mundo religioso (Ações obsessivas e práticas religiosas), dá a entender que tolo é aquele que tem necessidade de fé, a pessoa que não avança em seus estudos.
No dia 6 de maio de 1891, o pai de Sigmund Freud, Jacob Freud, lhe deu de presente uma velha Bíblia na qual o filho havia lido quando criança, com a seguinte dedicatória: “Você enxergou neste livro a visão do Todo-Poderoso, você ouviu de boa vontade, você o praticou e tentou voar alto nas asas do Espírito Santo. Desde então, eu preservei a mesma Bíblia. Agora, no seu 35º aniversário, eu tirei o pó dela e a estou enviando a você, como prova de amor do seu velho pai”.
Embora citasse freqüentemente a Bíblia, tanto o Antigo como o Novo Testamento, e tivesse familiaridade com a Palavra de Deus, Freud afirmava que as Escrituras “estão cheias de contradições, revisões e falsificações”.
Além da influência judaica, Freud recebeu influência cristã através da ama-seca “feia, bastante velha”, que lhe falava do Deus Altíssimo e do inferno e o levava à missa em FreiBerg, na Morávia, onde ele nasceu, naquela época com uma população de 4 a 5 mil habitantes, quase todos católicos.
Sob o prisma da psicanálise, Freud dizia que Deus não nos criou à sua imagem, mas fomos nós quem criamos Deus à imagem dos nossos pais. (projeção e dissimulação) Às vezes, ele ia longe demais: “Não tenho temor nenhum do Todo-Poderoso. Se nós viermos a nos encontrar um dia, provavelmente terei mais queixas contra Ele, do que Ele poderia ter de mim”.
A frase mais infeliz de Freud foi pronunciada quando ele era estudante universitário em Viena: “Não pretendo me entregar”. O futuro médico referia-se à sua disposição de resistir a qualquer influência que o levasse a crer em Deus. E ele conseguiu. Mais ou menos na mesma ocasião, Freud fez dois cursos de filosofia; um deles foi sobre a existência de Deus. Não foi fácil escapar das aulas nem da influência de Franz Brentano, ex-padre, professor de filosofia na Universidade de Viena, “um homem notável, um crente, um teólogo, um camarada danado de esperto, de fato um gênio”. Freud chegou a vacilar e cogitou a possibilidade de tornar-se crente. Foi quando fez uma quase-confissão: “É desnecessário dizer que sou um ateu somente por necessidade, e sou honesto o suficiente para confessar que sou incapaz de refutar os argumentos dele [Brentano]; entretanto, não tenho nenhuma intenção de me entregar tão rápida ou completamente”.
Teria o Espírito Santo advertido Freud com as mesmas palavras ditas a Saulo na entrada de Damasco: “Resistir ao aguilhão só lhe trará dor” (At 26.14)?
O fato é que Freud ofereceu forte resistência a todas as oportunidades que lhe surgiram na vida para deixar de ser ateu. (vejam que isso lhe nega a condição de Judeu, embora o judaísmo tenha se servido dele como “modelo da genialidade Israelita). Ele passou de largo por aquilo que Immanuel Kant chama de “placas de sinalização” — o céu estrelado acima e a lei moral dentro de nós, tudo apontando com clareza inconfundível para Deus.
Parece que Freud conhecia o famoso livro A Imitação de Cristo, atribuído ao teólogo alemão Tomás de Kempes, nascido por volta de 1380. Também não provocou mudança alguma o encontro pessoal que ele teve com o filósofo e psicólogo americano William James, um ateu convertido ao cristianismo, em sua única visita aos Estados Unidos, em 1909. A essa altura, James estava com 67 anos e acabara de publicar O Significado da Verdade, e Freud tinha 53 anos. O nova-iorquino William James era especialista em teologia propriamente dita (natureza e existência de Deus) e na imortalidade da alma. O livro favorito de Freud não era outro senão o clássico Paraíso Perdido, o maior poema épico da língua inglesa, leitura obrigatória dos puritanos e dos não-conformistas da Inglaterra por dois séculos, escrito por John Milton em 1667.
A influência cristã mais duradoura, mais didática e mais amável que Freud recebeu na vida foi pela correspondência com o pastor reformado Oskar Pfizer, doutor em filosofia e teologia, residente em Zurique, na Suíça. Por longos 30 anos (de 1909 a 1939), Freud e Pfizer (este 17 anos mais moço que aquele) trocaram cartas entre si.
Um dos poemas prediletos de Freud era Lázaro, do poeta alemão Heinrich Heine, quase 60 anos mais velho do que o médico de Viena. Armand Nicholi, autor de Deus em Questão — C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida (Editora Ultimato, 2005), supõe que a atração de Freud pela história da ressurreição de Lázaro reflita o seu próprio desejo de permanência. ( interessante esse trecho).
Que Freud morreu declarando-se ateu às 3 horas da madrugada do dia 23 de setembro de 1939, ninguém tem dúvida. ( o Grupo G 23 tem dúvida) O mesmo não se pode dizer se interiormente ele tinha absoluta convicção da não-existência de uma Inteligência superior. À semelhança de outros ateus, ele costumava citar o nome de Deus em suas cartas: “Eu passei nos meus exames com a ajuda de Deus”; “Se Deus quiser”; “A ciência parece demandar a existência de Deus”; “Pela graça de Deus” etc.
Além do mais, Freud fez questão de inaugurar a sua clínica particular especializada em neuropatologia na Páscoa de 1886, quando tinha 30 anos, a mesma idade com que Jesus Cristo iniciou o seu ministério (Lc 3.23). Essa escolha seria sinal de respeito por aquele dia de profundo significado religioso ou refletia desafio e desrespeito por Jesus? ( não ele apenas cumpria assim a velha tradição israelita da idade adulta e da competência pública).
Terminado aqui o texto do Blog ultimato.com, podemos dizer que temos todos os elementos para analisar a atitude de “PILATOS” que se construiu aqui. Se Freud tem alguma culpa na demolição dos valores cristãos não se deve ao seu judaísmo, muito menos a sua religião israelita, no texto, clara e sobejamente negada. Compreendem a construção? A dissimulação de seu desejo e a transferência da culpa? Em momento alguns colocamos em discutição as afirmações ou informações do texto que não é de nossa responsabilidade. OBS os comentários entre parêntesis são nossos.
Voltando um pouco, prestem atenção na seguinte afirmação: "é desnecessario dizer que sou ateu apenas por necessidade". Aqui esta a chave deste texto. A construção do socialismo materialista como intrumento do Sionismo Moderno.
wallacereq@gmail.com.
A
"Mentira" do Judeo-Cristianismo
Saiu
recentemente em italiano um interessante livro do rabino Jacob Neusner
[1],
que volta a 1991 (Jews and Cristians. The Myth of a Commun Tradition)
com
respeito à relação entre judaísmo e cristianismo. É decididamente um livro
contra
a corrente, porque sustenta e – estou certo – prova que “entre
hebraísmo
e cristianismo […] não existe e nunca jamais existiu um diálogo. O
conceito
de uma tradição hebraico-cristã […] é somente um mito, no pior
sentido:
uma mentira” [2].
•
Segundo o Autor, as duas religiões “não compartilham temas comuns” e, “se
a
Escritura pode fornecer uma base comum, conduziu apenas à divisão,
porque
o Antigo Testamento serve ao cristianismo somente enquanto
prefiguração
do Novo, e a Torá escrita para o hebraísmo pode e deve ser lida
somente
na óptica de cumprimento e completamento total da Torá oral [Cabala
e
Talmud colocados só em um segundo tempo por escrito, ndr]” [3]. Na
verdade,
“os cristãos comumente supõem que o hebraísmo seja a religião do
Antigo
Testamento, mas isto é verdadeiro só em parte, e portanto
completamente
falso. […] O cristianismo faz apelo ao Antigo Testamento, em
dialética
com o Novo, como parte da Bíblia; o hebraísmo lembra a Torá escrita
em
dialética com aquela oral [Cabala e Talmud]” [4].
•
Ele define a relação entre as duas religiões como de “gentes diversas [rabinos
e
bispos] que dizem coisas diversas [Israel e Cristo] para gentes diversas
[hebreus
e cristãos]”[5]. E conclui: ”Ora, não existe, nem jamais existiu, uma
tradição
hebraico-cristã” [6]. Na verdade, o cristianismo se ocupa da salvação,
que
diz respeito à humanidade inteira, enquanto o judaísmo se ocupa da
santificação
da nação de Israel [7]. Neusner, com muita honestidade intelectual
e
clareza, fala de “autonomia do cristianismo e da sua unicidade absoluta” [8].
Desfeita
a teoria segundo a qual o cristianismo seria um judaísmo reformado,
decorre
analogamente a relação entre protestantismo e catolicismo: ”O nosso
século
foi testemunha de um erro teológico fundamental […]. Falando
abertamente,
trata-se, ademais, de um erro protestante. O erro teológico foi o
de
apresentar o cristianismo como uma reforma histórica, uma continuação do
hebraísmo”
[9]. Tal erro é imputável não só ao protestantismo, mas também à
exegese
modernizante e modernista do século XX, e a sua consequência foi
deletéria
para a doutrina católica. Na verdade, estando assim as coisas, “os
cristãos
[…] se encontram em uma posição subordinada […], tornando-se não
o
verdadeiro Israel […], mas simplesmente um Israel por defeito, isto é, por
defeito
do velho Israel” [10]. Em suma, uma espécie de irmãos menores e
deficientes.
A teologia cristã judaizante, de origem luterana, apresentava o
novo
protestantismo como um velho catolicismo reformado, e o verdadeiro
cristianismo
de origem como um velho judaísmo reformado. Por isso, a nova
teologia
modernista e neomodernista, canonizada por Nostra Aetate,
recuperando
o erro exegético–teológico luterano, apresenta “a vida de Jesus
em
linha com o hebraísmo do seu tempo, e a salvação de Cristo como um
evento
interno ao hebraísmo do século I” [11]. Daí, para compreender o
Evangelho,
tem-se afirmado, ser necessário interrogar o Talmud e os rabinos
[12];
enquanto a doutrina tradicional dos Padres e do Magistério constante da
Igreja
ensinava que “no” Antigo Testamento está escondido o Novo e no Novo
Testamento
aparece claro e significado o Antigo (S. Agostinho, Quaest., in
Hept.,
II, 73).
• O
Autor explica que o ambiente católico foi contaminado por tal tendência
depois
da tragédia da Segunda Guerra Mundial em razão de certa avaliação
feita
pelo nacional-socialismo “sobre a herança hebraica da Igreja e do
cristianismo
[…], levando em conta a tragédia do cristianismo na civilização da
Europa
cristã, pervetida pelo nazismo. […] Todos estavam animados de boas
intenções
[…]. Mas o resultado é uma leitura não cristã do Novo Testamento”
[13].
Donde, em outro lugar, aprofundar o problema do condicionamento
psicológico
súbito do ambiente católico depois da segunda grande guerra e
especialmente
depois da shoah, que levou a uma leitura do Novo Testamento
de
forma não cristã, mas judaizante [14]. Na verdade, se se abstraem estas
premissas
histórico-teológicas, não se pode compreender aquilo que ocorreu
no
Vaticano II e no pós-concílio. O fato, et contra factum non valet
argumentum,
é que a leitura ou hermenêutica modernizante, como a luterana,
do
Novo Testamento “não é cristã”. Enquanto “apela às fontes hebraicas, […]
tal
hermenêutica deriva da teologia de um cristianismo como continuação e
puro
melhoramento do hebraísmo” [15]. Em vez disso, o cristianismo é algo
único,
absoluto, autônomo, e de modo algum uma reforma do hebraísmo.
• O
Autor rejeita totalmente a doutrina segundo a qual “Jesus era hebreu e,
portanto,
para compreender o cristianismo, os cristãos deveriam chegar a um
acordo
com o cristianismo” [16]. O verdadeiro cristianismo é aquele que “pode
tomar
a si mesmo como o tomavam os Padres da Igreja, como novo e não
contingente,
[…] não como subordinado ao hebraísmo. Hebraísmo e
cristianismo
são religiões em tudo diferentes e com pouco em comum” [17].
Para
o cristianismo Deus é uno na sua natureza, mas trino nas Pessoas, e
Jesus
é Deus encarnado no seio da SS Virgem Maria; enquanto o judaísmo
não
aceitou tal Evangelho ou Boa Nova trazida por Cristo e seus Apóstolos e
continua
a negar a SS. Trindade e a divindade de Cristo, fundando-se sobre a
santidade
de Israel como família carnal descendente geneticamente de Abraão.
Neusner
diz que, se o cristianismo é único, também o hebraísmo se acredita
tal,
donde concluir pela inutilidade do diálogo entre as duas religiões,
diametralmente
opostas, ainda que fundadas – em parte – sobre uma base
semicomum:
o Antigo Testamento, que, porém, é lido pelo judaísmo à luz do
Talmud,
considerado mais importante que a Torá [18], enquanto pelo
cristianismo
é estudado à luz do Novo Testamento. Em razão disso, “não
podemos
referir a Bíblia quando falamos de hebraísmo” [19]. O rabino
americano
não esconde que “o cristianismo não é tal porque melhorou o
hebraísmo
[…]. Mas porque constitui um sistema religioso, autônomo, absoluto
e
único. […], hebraísmo e cristianismo são duas religiões em tudo diversas”
[20].
Viva a face da sinceridade e abaixo a mentira do ecumenismo judaico-
cristão,
que é a “quadratura do círculo” ou a “coincidentia oppositorum” feita
“Congregação
Permanente”.
• O
problema central, segundo Neusner, não é o das “raízes comuns”, de que
falaremos
a respeito, mas o da divindade de Jesus Cristo. Na verdade,
pergunta-se
honestamente o rabino, “Jesus é o Cristo? Se é assim, então o
hebraísmo
cai. Se não é assim, então o cristianismo erra” [21]. Ele cita Eusébio
de
Cesaréia (tr. it. História Eclesiástica, Milão, Rusconi, 1979) e São João
Crisóstomo
(tr. it. Homilia contra os judeus, Verrua Savóia, CLS, 1997), o qual
falava
de “regressão cristã ao judaísmo” acerca daqueles cristãos que
frequentavam
ainda a sinagoga e os cultos hebreus em Antioquia em 386-387,
um
“retorno à infidelidade judaico-talmúdica”. A mesma acusação feita no
século
IV por Crisóstomo aos judaizantes de Antioquia se pode fazer hoje aos
judaizantes
do Vaticano II (Nostra Aetate, 1965) e do pós-concílio (Oração da
sexta-feira
Santa, do Novus Ordo Missae de Paulo VI, 1970; A antiga aliança
jamais
revogada de João Paulo II em Mainz em 1981; os Hebreus nossos
irmãos
maiores e prediletos na fé de Abraão, João Paulo II em 1986; e até ao
Discurso
à sinagoga de Roma, de Bento XVI, 17 de janeiro de 2010). Tertium
non
datur: se Cristo é Deus, o hebraísmo cai; se não é Deus, erramos nós
cristãos
por dois mil anos, devemos reconhecê-lo publicamente, pedir perdão a
Deus
e aos homens e enfim formar “prosélitos da porta” ou “noachidi” (v. Elia
Benamozegh
e Aimé Pallière). O diálogo judaico-cristão é inútil, daninho,
injurioso,
falso e mentiroso. O mesmo diz ainda o rabino Jacob Neusner. Ele
concorda
com Crisóstomo só quanto ao fato de que o judeu-cristianismo ou o
judaizar-se,
para os cristãos, é um “ato de apostasia, incredulidade e recusa de
Deus
[Cristo]” [22]. Crisóstomo temia, justamente, que os cristãos de Antioquia
se
mostrassem “rendidos de respeito ao hebraísmo” [23]. A mesma apreensão,
et
multo magis, a demonstra Neusner em relação ao diálogo judaico-cristão, no
qual
a religião cristã já não se considera aquilo que é, mas uma
pseudorreforma
protoluterana do judaísmo. À doutrina cristã tradicional
segundo
a qual Cristo é Deus e previu em 33
a destruição de Jerusalém e de
seu
Templo, o que sucedeu em 70, o hebraísmo respondia no século IV, pela
boca
de seus sábios ou rabinos, que Roma tornada cristã no século IV é o
penúltimo
Império depois da Babilônia, da Medo-Pérsia, da Grécia e será
seguido
do de Israel, o último e definitivo, como família genética de Abraão,
que
dará morte à Roma primeiro pagã e depois cristã, sendo “o caráter de
Roma
principalmente cristão” [24]: “Os sábios [ou rabinos] afirmam que Israel
segundo
a carne […] permanece em estado incondicionado e perene. Não
deixa
nunca de ser filho [fisico], e filho dos próprios genitores. Assim, Israel
segundo
a carne constitui a família, na sua forma mais física, de Abraão, Isaac
e
Jacó […]; a total e completa “‘geneaoligizzazione’” de Israel” [25], como se
vê,
é uma questão genética ou de estirpe, que fala de “raça”, estirpe, sangue e
somente
do judaísmo rabínico, e não – como seriam os “antissemitas” – o
cristianismo.
Portanto, mostra-se qão tola é a acusação de antissemitismo feita
à
Igreja por eméritos trombones, impelida por algumas estúpidas e soi-disant
raposas.
•
“Israel provocará a queda de Roma [ex-pagã e depois, com Constantino,
cristã,
313]” [26]. Portanto, para os rabinos, Israel não está terminado, mas
suplantará
Roma e o cristianismo. Segundo o Autor, a queda de Jerusalém foi
causada
pela arrogância dos judeus zelotes do século I, os quais,
especialmente
com Bar Kobá, se recusaram a entregar-se à providência divina
e
quiseram edificar um Reino de Israel com suas forças naturais e politíco-
militares.
Tal arrogância provocou da parte divina o abandono de Israel nas
mãos
de Roma, que de pagã se tornou depois cristã, e no século IV pareceu
que
o cristianismo romano houvesse triunfado sobre o judaísmo [27]. Mas a
apocaliptíca
hebraica [28], voltando ao fim dos últimos tempos, cobrou a
restauração
do reino de Israel e tentou derrubar tal “teologia da história” cristã.
Ora,
a mesma situação foi criada com o nascimento do Estado de Israel, que é
obra
da política e das armas e não do Messias hebraico, e por isso também
para
os rabinos ortodoxos hodiernos o sionismo representa uma ameaça a
Israel,
como aconteceu em 70. Pois bem, este tema merece ser aprofundado
em
um próximo artigo.
•
Também a consideração que Neusner faz sobre o islamismo, em um tempo
de
arabefobia e das raízes européias judaico-cristãs e anti-islâmicas, são
interessantes,
profundas e corajosas. Na verdade, ele escreve: “Como
sabemos
[apesar do aparente triunfo do cristianismo, com os imperadores
romano-cristãos,
a partir de Constantino e Teodósio] que venceu o hebraísmo
dos
sábios [ou rabinico-talmúdico]? Porque quando, à sua volta, vence o islã
[VII-VIII
século] o cristianismo se retira do Oriente Médio e do Norte da África.
Sem
dúvida o cristianismo resistiu, mas não como a religião majoritária do
Oriente-Médio
romano e do Norte da África […]. Mas o caráter islâmico do
vizinho
do Oriente-Médio e do Norte da África nos conta a história do que
aconteceu
realmente: uma derrota para o cristianismo […]. A cruz reinou
apenas
nos lugares aonde não foi o Islã e o seu poderio militar” [29]. Portanto,
o
atual “conflito de civilização”, querido pelos EUA e por Israel, é um choque
com
o “mundo árabe”, enquanto ainda não está liberto e iluminado pela
modernidade
ocidental, e de modo algum um distanciar-se do islamismo, que
em
si é visto com simpatia, enquanto sepultamento do cristianismo tradicional e
não
judaizante.
Tal
leitura deve dar-nos de volta, em um tempo para nós tão triste, o orgulho de
sermos
totalmente e integralmente cristãos ou católicos romanos. As raízes
judaico-cristã/romanas
são uma mentira. Pode-se, ao contrário, falar de raízes
comuns
judaico-calvinistas ou EUA/israelenses. O judaísmo é completado pelo
Talmud,
enquanto o cristianismo romano o é pelo Novo Testamento, tal como
compreenderam
os Padres da Igreja e o sistematizou a Escolástica. O
hebraísmo
não é a Bíblia, mas o talmudismo rabínico. Atualmente, com o
Vaticano
II assistimos a uma tentativa de protestantização da Igreja, que com a
“colegialidade”
realizou o próprio ódio luterano ao primado do Papa; com a
“liberdade
religiosa” o ódio à única verdadeira religião, fundada por Deus Filho;
com
o “ecumenismo” o ódio por intolerância doutrinal à Igreja Romana; e enfim
com
a pseudo-“reforma litúrgica”, feita junto com os calvinistas, se produziu um
rito
objetivamente [30] hibrído ou uma interseção bastarda (o Novus Ordo
Missae
de Paulo VI) entre dois ritos essencialmente diversos, o protestante e o
católico.
Tal protestantização é o fim próximo; o remoto é a judaização. Na
verdade,
a hermenêutica luterana leva a uma leitura acristã e filo-judaizante da
Torá.
Portanto, longe de ceder ao diálogo, em posição de inferioridade ou de
“minoria
deficiente” com relação aos “irmãos mais velhos”, devemos reivindicar
o
valor absoluto, único e autônomo do cristianismo petrino ou romano. Uma vez
que
Cristo é Deus e o provou com a sua Ressurreição, o diálogo inter-religioso
judaico-cristão
é uma “regressão ao talmudismo”, “uma apostasia ou
incredulidade”,
enquanto recusa implícita a Deus Filho e pois a Deus Pai e
Espírito
Santo.
•
Infelizmente, tal diálogo é conduzido, depois de João Paulo II, também por
Bento
XVI, que no seu livro Muitas religiões e uma única Aliança: a relação
hebraico-cristã.
O diálogo das religiões (Cinisello Balsamo, San Paolo, [1998],
tr.
it., 2007) escreve que: “Depois de Auschwitz, a tarefa de reconciliação e de
acolhimento
se representou diante de nós em toda a sua imprescíndivel
necessidade”
[31]. Depois – citando Jo. IV, 22, “a salvação vem dos judeus”,
pronunciada
por Jesus antes da sua Morte na cruz –, afirma, a respeito da
Antiga
Aliança, que “tal origem mantém vivo o seu valor no presente [depois da
morte
de Cristo, na Nova e Eterna Aliança]” [32]. Todavia, “não se pode ter
acesso
a Jesus […] sem a aceitação do Novo Testamento” [33]. Donde para os
hebreus
a salvação vir de Israel e do Talmud, enquanto para os gentios
convertidos
ao cristianismo vem de Cristo e do Novo Testamento. A Antiga
Aliança,
também segundo Bento XVI, jamais cessou (cf. João Paulo II, A Antiga
Aliança
jamais revogada, Mainz, 1981), na medida em que “‘Aliança’ significa
apenas
vontade divina e não um contrato bipartido” [34]. Donde, também se
Israel
foi infiel a Deus, Deus não poder dividir a Aliança, porque não é “um
acordo
recíproco” [35], para o qual Deus non deserit etiam si prius deseratur. É
triste,
mas para conhecer a doutrina católica sobre a relação entre cristianismo
e
hebraísmo é preciso ir ao “catecismo” do rabino Jacob Neusner; enquanto
para
judaizar basta escutar as “midrash” de Bento XVI. Que estranha época
esta:
o hebreu ensina o catecismo, apesar de não crer nele, enquanto o padre
católico
diz as “midrash”, e talvez até creia, ou pelo menos finja crer.
•
Enfim, o ódio comum a Roma que caracteriza o hebraísmo e o luteranismo é
indicativo.
A alternativa, portanto, é ou Roma ou a morte! Se cai (por absurdo)
Roma,
triunfam Tel Aviv e Nova York. O estado atual de embrutecimento da
humanidade
é fruto do domínio judaico-americanista do mundo. A salvação e a
restauração
do homem, da família e da sociedade será fruto milagroso do
triunfo
da Roma “imortal dos Mártires e dos Santos”! Nossa Senhora em Fátima
prometeu:
”Por fim o Meu Coração Imaculado triunfará”. Cor Jesu adveniat
regnum
tuum, adveniat per Mariam.
________________________
NOTAS
[1]
Nasceu nos EUA em 1932. Professor de história e teologia do hebraísmo no
Bard
College de Nova Iorque, e ordenado rabino no Jewish Theological
Seminary”,
é considerado o maior especialista vivo da leitura rabínica antiga.
Muito
interessante sua Disputa imaginária entre um rabino e Jesus. Que mestre
seguir?
[1993], tr. it. Casale Monferrato, Piemme, 1996; 2a. ed. Um rabino fala
com
Jesus, Cinisello Balsamo, San Paolo, 2007.
[2]
J. Neusner, Hebreus e cristãos. O mito de uma tradição comum, [1991], tr.
it.
Cinisello Balsamo, San Paolo, 2009, pg 7
[3]
Ibidem, pp. 7-8. No que diz respeito ao Talmud, cf. Jacob Neusner, O
Talmud.
Que coisa é, que coisa diz [2006], tr. it. Cinisello Balsamo, San Paolo,
2009
[4]
Ibidem, pp. 159-160.
[5]
Ibidem, p. 9.
[6]
Idem.
[7] Ibidem,
p. 17.
[8]
Ibidem, p. 31.
[9] Ibidem,
p. 32.
[10] Ibidem,
p. 33.
[11] Ibidem,
p. 34.
[12] Idem.
[13]
Idem.
[14]
Os fatos de Auschwitz tornaram crônico um problema grave e impeliram a
uma
ação semelhante ao martírio, da parte dos intelectuais religiosos hebreus
e
cristãos, para enfrentar aquele desafio […]: “dar um sentido ao outro” (J.
Neusner,
cit., p. 158). Vale dizer que, apesar da diferença total entre hebraísmo
e
cristianismo, você vai compreender “totalmente o outro a partir de si” (o
cristão/o
hebreu e vice-versa) só a partir de Auschwitz ou da teologia da
“shoah”.
Donde, também da parte cristã, não se poder prescindir de enfrentar o
fato,
tornado hoje meta-histórico, da perseguição que sofreram muitos hebreus
na
Europa entre 1942 e 1945. Tal estudo é conduzido seja historicamente
(fonte
histórica, documentos, fatos aclarados e testemunhos dos livros de
história
da Europa entre 1940 e 1945); seja científicamente (meios de pesquisa
e
experimentos químicos-fisícos e engenharia sobre as armas de crime: as
câmeras
de gás e os fornos crematórios e o corpo de delito: o que resulta
realmente
e objetivamente no lugar da perseguição); seja filosoficamente (mal
absoluto/relativo);
seja enfim teologicamente (“holocausto” de uma parte do
hebraísmo
europeu ou o Holocausto redentor de Jesus Cristo). Não se pode
voltar
atrás, sob pena de ser chantageado e posto em situação de acusação
com
respeito a um fato que não se vai estudar para ver qual é a sua real
entidade.
Si non vis errare, debis velle scrutare.
[15]
Ibidem, p. 35.
[16]
Ibidem, p. 160.
[17]
Ibidem, pp. 162-163.
[18]
Ibidem, p. 176.
[19]
Ibidem, p. 197.
[20]
Ibidem, pp. 43-44.
[21]
Ibidem, p. 72.
[22]
Ibidem, p. 74.
[23]
Idem.
[24]
J. Neusner, op. cit., p. 110.
[25]
J. Neusner, op. cit., p. 102.
[26]
J. Neusner, op. cit., p. 81. Sobre a relação Roma, cristianismo e judaísmo,
v.
M. Goodman, Roma e Jerusalém. O encontro das civilizações antigas [2007],
tr.
Ii. Roma-Bari, Laterza, 2009. O Autor sustenta que Roma e Israel teriam
podido
coexistir sem problema. Todavia, em 66 d.C., sob Nero, os habitantes
de
Jerusalém haviam se recusado a ir em procissão para cumprimentar duas
cortes
do imperador, e foi assim que o procurador romano Géssio Foro mandou
as
suas tropas contra a multidão reunida no mercado superior da Cidade Santa
e
provocou a morte de 3.600 pessoas. A reação hebraica foi fortíssima e levou
à
constituição de um Estado hebraico independente de Roma, que já em 37
a.C.
havia ocupado a Judeia. Quando Nero morre em 68, um general de nome
Tito
Flávio, filho do Imperador Vespasiano, que era naquele tempo o
comandante
na frente da Judeia, usou de mão de ferro para reprimir a revolta
hebraica
e, depois de um ano de luta, em 70, destruiu Jerusalém e o Templo.
Reprimiu
também as três insurreições na Cirenaica, no Egito (72), e a de
Massada
(73). Aqui se inicia a parte mais interessante do livro (pp. 451-583),
apesar
de não livre de erros e unilateralidade, sobretudo no que diz respeito à
origem
da disputa entre o cristianismo e o judaísmo (pp. 584-666). Uma vez
antes,
o Templo de Salomão havia sido destruído, em 586 a .C., por
Nabucodonosor
da Babilônia, mas em 539 Ciro da Pérsia venceu os babilônios
e
libertou os hebreus, que estavam exilados na Babilônia, e concedeu a eles a
reentrada
em Jerusalém e a reconstrução do Templo; portanto, em 70 os
judeus
pensavam que aconteceria algo análogo: um Messias triunfante ou
“Novo
Ciro”, que expulsaria os romanos e faria reconstruir Jerusalém e o
Templo.
Muitos piedosos e zelosos ou zelotes israelenses, influenciados pela
literatura
apocalíptica hebraica, imaginavam e profetizavam que o “Novo Ciro”
pudesse
ser “Nero redivivo” (cf. Giuliano Firpo, A revolta judaica, Roma-Bari,
Laterza,
1999). Naquele tempo se formou uma radical hostilidade e um feroz
ódio
antirromano na Judeia e em Jerusalém, mas Roma não concedeu aos
judeus
aquilo que usualmente concedia a todos os vencidos de religiões
diversas:
construir ou reconstruir seus templos. Foi assim que o Templo de
Jerusalém
não foi mais reconstruído, apesar da triplíce tentativa, que falhou
todas
as três vezes, do imperador Juliano, o Apóstata. Entre 115 e 116 ocorreu
uma
quarta insurreição judaica contra Roma, e enfim em 132-135, com o
pseudomessias
Bar Kobá, a quinta e última, porque Adriano em 135 arrasou o
que
restava de Jerusalém e da Judeia, mudando o nome desta última para
Síria-Palestina
e o de Jerusalém para Aelia Capitolina. Nem os alemães, nem
os
britânicos, nem os panônios deixaram de ter uma pátria e uma capital para
fazer
suas rebeliões; só os judeus perderam uma e outra. Um jornalista do
Sunday
Times(Tom Holland) escreveu que “o século XXI foi forjado da queda,
há
quase dois mil anos, de Jerusalém” e – acrescentou – da tentativa de
restauração
de um Estado hebreu em 1948, o qual inda não é a possuído
pacíficamente,
mais anuncia uma nova tragédia terrível, que se adensa sobre
nossas
cabeças, em forma de guerra nuclear […].
[27]
“Bar Kobá tratava o céu com arrogância, pedido a Deus que não se
intrometa
[…]. Bar Kobá destruiu a única proteção de Israel. O resultado era
inevitável”
(J. Neusner, op. cit., p. 86). Entretanto, deve dizer-se que o atual
Estado
de Israel foi construído (mas não terminado) pelas mãos do homem e
não
pela intervenção do Messias.
[28]
A leitura apocalíptica hebraica compreende os apócrifos proféticos do
Velho
Testamento (II séc. a.C.–II séc d.C.) e consiste em uma “ficção literária,
de
soi-disant previsões posteriores aos eventos, que não merecem maior
crédito
que os oráculos sibilinos” (Francesco Spadafora, Dizionario biblico,
Roma,
Studium, 3° ed., 1963, p. 41). Ela surge quando Israel atravessa seu
período
mais tempestuoso, desde a fúria de Alexandre Magno contra o
Yahwismo
até a destruição de Jerusalém por Tito (70) e Adriano (135). Alguns
zelosos
Yahwistas sentiram então necessidade de reencorajar os israelenses
com
duas futuras promessas para Israel, procurando manter viva sua
esperança
apesar do miserável estado presente. O apocalíptico “é projetado
para
alimentar o orgulho judaico, abalado pelas evidências, orientando para a
aurora
futura. […] Israel será libertado e vingado […] imperará sobre os
gentios
dominados e pisados” (Antonino Romeo, entrada “Apocalittica
letteratura”,
em “Enciclopédia Católica”, vol. I, col. 1616). No futuro, depois da
queda
do penúltimo Império, que seria Roma, “Israel será liberto e vingado”.
[…].
O interesse nacional é estendido à conclusão almejada: Deus de repente
entra
na luta final entre os gentios e Israel” (A. Romeo, idem, col. 1617); “tudo é
restrito
ao campo do nacionalismo e do temporal” (Francesco Spadafora,
idem).
O apocalipse judaico é uma espécie de revelação apresentada como
antiga,
oculta e esotérica (Francesco Spadafora, p. 42) e, segundo Mons.
Antonino
Romeo, “resultará em uma espécie de especulação cabalística […] e
de
sincretismo gnóstico” (idem, col. 1625). “É repleta de ódio, frequentemente
feroz,
contra os gentios e de ardente simpatia por Israel”, escreve Marie Joseph
Lagrange,
(Le judaisme avant Jesus-Christ, 2a. ed., Paris, 1931, pp. 70-90). O
apocalipse
na sombra da mórbida expectativa da revolução futura, que liberará
Israel
da Roma pagã-cristã. Ele se deve à formação do mais aceso
nacionalismo
hebraico (Francesco Spadafora), e deste derivará certo
gnosticismo
e o milenarismo (A. Romeo, idem, col. 1618) com a teoria da
mitigaçao
das penas e dos danos (cf. a aposcatátase de Orígenes, repetida
entre
1940 e 1951 por Hans Urs von Balthasar + 1984 e Jean Daniélou +
1973),
cf. B. Allo, Apocalypse, 3a. ed., Paris, 1933, pp. XXVI- XXXIV. Mons.
Romeo
conclui: “O Reino de Deus se reveste de um caráter nacionalista-
terreno.
[…] O reino será deste mundo. […] mas o Messias é visto como um
redentor
espiritual, expiador dos pecados do mundo” (idem, col. 1618), e enfim:
“Para
os gentios o apolicapse é cruel e implacável, e toda a compaixão seria
substituída
pela fraqueza” (idem, col. 1969).
[29]
J. Neusner, op. cit., pp. 118-119. Quanto às relações entre judaismo
talmúdico,
islã e cristianismo, cf. Hana Zakarias, Vrai Mohammed et faux
Coran,
Paris, NEL, 1960; Id., De Moisés à Mohammed, Paris, 1955; J. Bertuel,
L’islam:
ses véritables origines, Paris, NEL, 1983-84, 3 vols.; B. Lewis, O
renascimento
islâmico, Bolonha, O Moinho, 1991; S. D. Goitein, Hebreus e
Arábes
na história, Roma, Jouvance, 1980; J. Bouman, O Corão e os judeus,
Brescia,
Queriniana, 1992; R. Barkai, Chrétiens, musulmans et juifs dans
l’Espagne
médiévale, Paris, Cerf, 1994; M. Brenner, Breve história dos
hebreus,
Roma, Donzelli, 2009.
[30]
Quando se fala do Vaticano II como inaceitável e rejeitável, não se
pretende
englobar em tal constatação de heterodoxia objetiva a culpa e a
punição
subjetiva de quem o acolhe de boa-fé, pensando estar obedecendo.
Assim
como quando se constata a nocividade objetiva do Novus Ordo Missae e
a
sua ab-rogalidade não se quer nem minimamente ofender a quem o celebra
em
boa-fé, de forma reverente e com espírito de obediência, por ignorância
inocente
de sua carência doutrinal. “Não haja divisão entre nós”
(antimodernistas),
mas reestudemos com atenção o “Breve exame crítico do
NOM”
com a “Carta de apresentação” dos Cardeais Antonio Bacci e Alfredo
Ottaviani,
onde se podem ler severas considerações sobre sua não ortodoxia
objetiva
e onde se pede que seja ab-rogado por nocivo. Não nos deixemos
distrair
pela polêmica que surgiu quando se considerou ab-rogado o Vetus
Ordo,
por um abuso de poder […]. Então (1976) foram ditas palavras fortes,
mas
pronunciadas no curso de homilias, sem possibilidade de se fazerem
todas
as devidas distinções. Não me parece correto culpar a Mons. Marcel
Lefebvre
por alguma frase extrapolada em seus sermões, e ver na
Fraternidade
São Pio X o “mal absoluto” ”, assim como me parece pueril a
pretensão
de alguns, por sorte poucos, “tradicionalistas” de transformar a
Fraternidade
na Igreja de Cristo. Também neste caso a sã lógica condena o
sofisma
ex uno disce multis.
[31]
Op. cit., p. 9.
[32]
Idem.
[33]
Idem.
[34]
Ibidem, p. 32.
[35]
Idem.
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