Estelionato eletrônico.
Por Wallace Requião de Mello
Li com atenção artigo titulado: “Urna Eletrônica o Bode Expiatório” desconfiei. O excesso de elogios sobre a segurança das urnas acoberta as falhas. Elas não são usadas nos EUA nem na Russia. Em conversa com Lineu Santos, técnico especialista em redes de informática, com vinte e cinco anos de trabalho na Copel, e aposentado do Lactec, fiquei sabendo que a criptografia das "ferramentas" das maquinas eletrônicas de voto é sim "violável" em seu código, pois há casos em que hackers entraram em sistemas superprotegidos como o do Pentágono. ( Os hackers são os bodes expiatórios dos construtores dos sistemas).
Mais impressionante ainda é a violabilidade de dentro do sistema, por técnicos operadores, denunciados pelo Professor Pedro Antonio Dourado de Rezende do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Brasília publicado na revista Super Interessante em 20 de setembro de 2002.
A matéria deve ser lida. Tudo em informática é inseguro.
Existem na Internet artigos sobre a questão da violabilidade das urnas eletrônicas. Por exemplo: segundo, Orlando Tombosi: a violabilidade das urnas eletrônicas foi comprovada pela Universidade de Princeton (USA) que desaconselhou o uso nos Estados Unidos. Um artigo de Kenedy Alencar na Folha Online deve ser lido. Gilberto Marques Bruno, advogado registra interessante artigo. Sobre as questões jurídicas das urnas eletrônicas (imaterialidade testemunhal) O assunto é interessante.
O Relatório Alfa (www.relatorioalfa.com) é mais informativo, e trás signatários de renome como: Walter Del Picchia (Titular da Escola Politécnica de São Paulo); Jorge Stolf (Professor do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas); Michael Stanton (Professor Titular das Ciências da Computação da Universidade Fluminense); Routo Tereda (Professor Titular de Ciências da Computação da Universidade de São Paulo) e finalmente Edison Bitencourt (Professor Titular da Faculdade de Engenharia da Universidade de Campinas). Tais textos servem como introdução cientifica ao tema aqui tratado. Todos testemunham a violabilidade das urnas. Posto isso, vamos ao que interessa.Desde as eleições de 2003, quando a oposição, com Lula, ganhou as eleições e baixou a guarda e a prudência quanto às urnas eletrônicas, venho tentando convencer que estamos sofrendo um processo de estelionato eletrônico que levará o povo brasileiro à total servidão nos próximos anos
.Se eu digo, por exemplo, que quero ver se meu voto esta nas urnas, não será possível, não há prova material (testemunhal) do meu voto. Se eu pedir a recontagem da urna, não há como, pois não há prova material. O voto é manifestação consciente e voluntária, portanto é ato da vontade do cidadão, é ato material, posto que seja: ato responsável e responsabilizável que exige prova testemunhal.. Ora se não podemos verificar o voto, se não podemos reconstituir os fatos, temos o crime perfeito, ato que, embora mudando a realidade, e comprometendo as pessoas não é passível de testemunho material. De reconstituição.Independente do resultado do segundo turno, no Paraná, ou no Brasil, quero fazer notar aos estatísticos, que nas pesquisas de opinião, tanto no que diga respeito ao governo federal como ao estadual, foi mantida, sempre, uma margem de 20% entre os candidatos. Pouquinho mais e pouquinho menos, assim como mantiveram uma reserva técnica de 20% de indecisos, que em momento algum se alterou. (o que nos parece impossível).Como funciona? Primeiro as pesquisas de opinião dos grandes institutos preparam a opinião publica para um possível e adequado resultado. Com isso, não há contestação dos resultados. Depois há uma migração interna, que na eleição passada (2003) ficou na ordem de 10%, e nessa atingiu 20%. Ora, digo que Requião tinha poucas horas antes da eleição pouco mais de sessenta por cento das intenções de voto, e que Osmar Dias não atingia dezoito por cento das intenções de voto (18%). Enquanto os “grandes institutos” instrumentalizados afirmavam nas ultimas pesquisas, Requião tinha 51% e Osmar 36% (no caso diferença de 15%). Minha “opinião” matemática, que já acertou diversos resultados em campanhas anteriores, foi “surpreendida”, não que eu não esperasse, pois muitas pessoas vinham sendo alertadas por mim dessa atípica manutenção de 20% entre os candidatos, sem diminuição da reserva técnica, (20%) mantida pelos grandes institutos de pesquisa nacional. Resultado: na apuração Requião baixou para 42% e Osmar subiu para 38%%, (de 16% PARA 38%), ou seja, entre um e outro houve uma migração de 20%, e os ajustes ficaram por conta dos 20% da reserva técnica atribuída aos indecisos dos quais se equilibraram os 4% restantes. .(não houvesse essa reserva técnica não se justificaria a migração).Não é possível, meu caro leitor que, uma afirmação como essa, séria, que estou fazendo aqui, não possa nem ser contestada nem provada por falta de prova material (cédula na urna) o que comprova a total inconfiabilidade das urnas. A Urna eletrônica dá à Justiça Eleitoral um poder, desequilibrado em relação à sociedade, pois nem o cidadão, nem os partidos podem fiscalizar o processo eletrônico das urnas e da apuração. Ou seja, a sociedade deve se submeter ao julgamento eletrônico da Justiça Eleitoral. Mas a Justiça é cega. E os corruptos andam por ai.
Todavia, podemos sugerir aos juízes eleitorais (embora eu duvide que mandem fazer) uma pesquisai de pós-voto, ou seja, coletar agora em quem o cidadão votou, (ou apenas em algumas urnas pré sorteadas se fazer o voto material, na urna, não só o voto eletrônico) para presidente e para governador, não em quem votará no segundo turno, mas em quem votou, e os senhores certamente encontrariam naquele caso uma surpreendente diferença de 20% contrapondo-se ao computo “oficial” das urnas.
Houvesse essa boa vontade com a democracia e o voto expresso e insofismável (material) de cada pessoa,, teríamos todos, por lei, (Nominal e Materialmente) o seu correspondente “Físico” em urna separada, onde poderíamos conferir resultado de urna por urna, ou o computo total. Se o leitor esta acompanhando a história do voto no Brasil, haverá de concordar, que sempre houve esforço das classes dominantes e capitalizadas em dominar e interferir no resultado das eleições. Hoje não é diferente conforme afirma o Professor Pedro Dourado ao jornalista Milly Lacombe.
Imagine você que envia uma carta para a Alemanha, no caminho, um posto de coleta abre sua correspondência e a traduz para o alemão. Quem garante que o conteúdo de sua mensagem seria integralmente entregue ao destinatário. Em tempos de ditadura e censura as cartas eram abertas. Em tempos de construção de um governo mundial, o voto imaterial, um BITE, mensageiro, pode alterar os resultados e poderá resultar na servidão total dos povos. O voto eletrônico pode ser interceptado, alterado ou traduzido em muitas das “conexões” de transmissão de dados à distância, assim como na ordenação programada dos dados intra maquina.
Qualquer pessoa iniciada em informática pode confirmar o que digo aqui.Senhores vocês estão sendo enganados, ainda que o seu candidato ou o meu ganhe, pois que esse projeto de “virtualizar” as ações responsabilizáveis, eliminado a comprovação material, é projeto para os próximos vinte anos, ou trinta anos, quando o mundo, dito globalizado, votará questões que acabarão com a soberania dos povos. Petróleo, sub solo, água, fronteiras, etc.
Quem tem certeza, por exemplo, do resultado do plebiscito do desarmamento? Quem votará pelo fim da Petrobrás? Ou sua internacionalização. Quem votará pelo controle da natalidade? A máquina, ou você? Bingo, esta lançada a sua sorte. Vote nela, a máquina te representará, e te isentará de responsabilidade. A maquina substituirá os políticos. Afinal você não quer ter todo aquele trabalho de esperar pelo escrutínio dos votos que decidem a vida em seu país. Ou você prefere ser responsável pelos seus atos, e esperar um pouquinho numa eleição que possua prova material? Cédula na urna.
Na segunda hipótese, se você quer eleger alguém saiba que você terá que suportar essa surpresa da maquina!
Vejamos em seis de Agosto a Gazeta do Povo publicava uma diferença de 15 pontos. Em 23 de Agosto o mesmo jornal publicava 17 pontos; em 20 de Setembro o Data Folha publicava diferença de 22 pontos. Em 22 de Setembro o IBOPE publicava diferença de 19 pontos, sempre tirados na diferença entre os valores atribuídos aos candidatos, sem, é obvio, ultrapassar o mínimo de 20% de indecisos. Com a média de 6% de possibilidade de erro, o número oscilou entre 14 % e 16% de migração lógica e 20% de migração provável.Como esse texto foi escrito antes de resultado das urnas em 2006, vocês puderam notar que a votação entre Requião e Osmar vinha obedecendo rigorosamente o resultado prévio das pesquisas. Ou seja, as urnas eletrônicas repetiam o preparo da opinião publica pelos Institutos de Pesquisa mercenários. Todavia, no Paraná, algumas poucas cidades não votavam eletronicamente, e isso resultou em 1(um) vírgula alguma coisa por cento, inesperados o que resultou na vitória de Requião. A conclusão que tiro é a de que os programadores, no calor dos fatos esqueceram esse detalhe, esqueceram que pouco mais do que 1% da população não votava em urnas eletrônicas. Nessa eleição, em Curitiba, em 2008, gostaria de levantar a seguinte hipótese, os programadores não correram mais o risco, deram 1% ao candidato do PMDB e 70% ao candidato do PSDB.
Imaginem só como hipótese, se entra um especialista e rouba dois votos de três, ou seja, transfere de cada três votos desses 70% ele tira dois. Porém não se poderão desconsiderar os candidatos intermediários. O resultado será bem outro, e desmentirá o resultado das pesquisas de opinião. Eu não estou dizendo que isso ocorrerá, mas pode vir a ocorrer, e se por ventura ocorrer, quem é o criminoso, o hacker, ou os preparadores das urnas eletrônicas e os Institutos de Pesquisa que vendem seu serviço para manipulação da opinião publica.Sem nenhum cálculo criterioso, 1% de 1.200.000, representa 12.000 votos.
Ora, amigo, se um médico conceituado em Curitiba, com milhares de clientes, sem nada que o desabone, duas vezes ex. reitor de uma Universidade Federal com 40.000 alunos, que possuem , como é óbvio, suas famílias, Ele o reitor das cotas ( há mais de 300.000 afro-descendentes na capital), apoiado pelo PMDB, não consegue, junto à opinião púbica 1% de opinião favorável, algo vai errado. ( é inexplicável).
Vejam o G 23 não está preocupado se um ou outro será o candidato eleito, ou se um terceiro ou quarto, a democracia é fruto da mudança de poder, o que nos preocupa é a manipulação do povo, e da opinião, como um balão de ensaio para um mundo governado eletronicamente à revelia dos cidadãos que habitam nele.
Wallacereq@gmail.com para O G 23 de Outubro. (escrito em 2006 e completado em 2008)Tudo o que está posto aqui é "Hipótese",( pois não há prova material) não se trata de acusação, mas de um alerta aos que ainda não envenenaram e sufocaram o seu último neurônio.
Se há uma força, suponho,
maravilhosa, constante,
ela é a magia do sonho
que faz do homem um gigante.
Supera o mar iracundo,
tufões e calamidades!
A força maior do mundo
é o Sonho da humanidade.
Argentina de Mello e Silva;
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sábado, 13 de fevereiro de 2016
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