Não me
deixaram votar.
No ultimo
dia 5 de Outubro eu fui exercer o meu dever, e direito de votar. Nunca perdi
uma eleição, nunca deixei de votar, nunca votei em transito ou justifiquei o
voto, nunca votei em branco ou anulei meu voto. Esperava tudo menos que meu
titulo fosse arbitrariamente cancelado.
A propaganda
da Justiça Eleitoral diz que há mais de sessenta anos trabalha para garantir o
exercício desse direito. Assim, com meu
titulo e identidade me dirigi à *** zona eleitoral, seção **, onde fiquei sabendo
que meu titulo eleitoral fora cancelado. Reclamei argumentando que estava lá
para exercer meu dever cívico, e exigir o meu direito ao voto e o fiz com o
titulo na mão. Chamaram o supervisor que tentou explicar que meu titulo fora
cancelado porque não fiz o recadastramento. Aleguei, problemas de saúde, três
cirurgias em dois anos, Possivelmente esse era meu último voto e que mais de 80% dos Brasileiros votavam naquele
dia sem a tal biometria, e que portanto o voto sem biometria era valido ( e que
uma regra local não poderia ter maior validade que a Constituição Federal onde
não pode existir dois tipos de voto), e que essa tecnologia se apresentava como
um obstáculo ao exercício do voto que é garantido na Constituição. Exercício
que se obstácularizado por qualquer meio, poderá, esse obstáculo ser entendido
como crime de impedimento ao exercício de um dever e de um direito. O
supervisor se mostrou educadamente irredutível. Então pedi a ata da mesa para
fazer o meu voto em separado. Não havia mais ata. A tecnologia excluiu a ata de mesa. Apenas um boletim de ocorrência(
da Junta Eleitoral da Prefeitura) sob-responsabilidade da mesa. Ali fiz a minha
declaração de voto, explicando os meus motivos, e o documento de número 75353
Boletim de Ocorrência foi assinado pela presidente da mesa que o recebeu.
Eu fui
reduzido a um eleitor de segunda classe, ou seja, eleitor vivo, regularmente
inscrito, presente, apto como 80% dos eleitores brasileiros, e fui impedido de
votar ( o voto é ato manifesto da vontade popular) por um capricho tecnológico
que esta pondo em risco a democracia brasileira. Pois o voto eletrônico é prisioneiro
de uma tecnologia “invisível” para iniciados, inauditável, absolutamente
impossível a sua recontagem, sujeita, e esta
mais que provado, às mais diversas interferências externas, o que anula a
transparência desde direito e desse dever. Eleição sem transparência chega a
ser um crime contra a pátria.
No documento
que cito acima esta a declaração do meu voto. D.Estadual 15151; D.Federal 1511;
Senador 151; Governador 15; Presidente 13.
Mais um
voto, dentro de milhares que foram anulados, afora os das pessoas que foram
votar e foram informados de que já haviam votado. Absurdo.E isso não tem
importância? Depois se perguntam: Por que tantas abstenções? Somente isso, no
meu entender levanta suspeita sobre a lisura das eleições no Paraná e no
Brasil.
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