O Zika Vírus
e os papagaios.
A vida e a saúde,
enquanto perfeita manutenção da vida, são valores altíssimos com o qual não deveríamos
brincar. Na verdade eu não deveria escrever esse texto, mas uma calorosa
conversa entre amigos inspirou-me a ideia que tento transmitir aos meus
leitores.
A dengue
poderia ser traduzida como doença da preguiça. Quando eu era menino se falava
na mosca do sono (Tzé-tzé), e hoje se fala no mosquito da preguiça ou dengue. Agora, o
pequenino mosquito, mostra ao mundo mais uma de suas armas secretas: O vírus
Zika que segundo dizem podem gerar microcefalia (cérebro minúsculo) e em nome
dessa arma já estamos aprovando nova forma de aborto.
Mas um de
meus amigos, vendedor profissional, me fez notar que todos no nosso mundo estão
conectados, mas não pensam. Repetem legendas e palavras de ordem, ou simplesmente
frases que não resistem à clássica pergunta: Por que.
De fato, se
você for à rua e ousar, como faziam as crianças, perguntar o porquê das coisas,
não obterá respostas, o que comprova que cada vez menos usamos nossa mente para
pensar. A usamos apenas para repetir.
Os papagaios
fazem isso.
Eu lia Aldous Huxley na minha juventude e me lembro dos papagaios que repetiam frases apenas para lembrar aos homens a importância do agora, dos fatos que estão acontecendo no momento.
Eu lia Aldous Huxley na minha juventude e me lembro dos papagaios que repetiam frases apenas para lembrar aos homens a importância do agora, dos fatos que estão acontecendo no momento.
O Zica vírus
parece ser uma materialização deste desejo inconsciente de não usar a cabeça, o
raciocínio, a lógica. Estamos nos tornado microcéfalos conectados vivendo em um
mundo virtual pensado por um provedor.
Alguém pensa
por nós e cria a virtualidade e nós saímos por ai repetindo frases como
papagaios.
A dengue, a
outra arma do poderoso mosquito ( o mosquito dengoso) é a materialização de
outro desejo inconsciente, o da preguiça. Todos comemos ninguém quer plantar (que
outros plantem por nós), todos queremos comer carne todos os dias, mas ninguém quer
criar gado ou aves (que outros criem por nós), todos querem amar e viver
aventuras, mas não temos tempo, pois corremos atrás do valor único e soberano,
o dinheiro (então que outros produzam aventuras e amor virtual para nós), todos
queremos desfrutar de tecnologias, mas se as usamos não sabemos como funcionam (que
outros as façam funcionar e desenvolver por nós) e finalmente QUE OUTROS PENSEM
POR NÓS. Para nós microcéfalos da virtualidade nos basta ter dinheiro para
consumir o que quer que seja sem ao menos saber de onde veio. Para que o Por
que.
Wallace
Requião de Mello e Silva
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