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domingo, 13 de março de 2016

Minha mãe na França.

Minha mãe na França.
Era o sonho de minha mãe. Sua irmã havia morado em Paris, o irmão e uma das irmãs de meu pai também. Ou seja, eles aspiravam os mistérios da cidade luz. Mas papai, medico no Brasil, não reunia os recursos para um turismo de elite, viajavam de trem. Minha mãe, mulher simples e inteligente, pela janela do trem alimentava o seu espírito e guardava tudo em seu coração. Papai exultava de alegria, sonhador, completava com a imaginação o que não queria ver.
Eu era bem pequeno, e os meus outros irmãos, também podem testemunhar, papai e mamãe não fechavam a porta do quarto. Conversavam longas horas sobre tudo, e nós tínhamos assim, aulas gratuitas sobre a vida adulta. Possivelmente essas longas conversas garantiram o longo casamento de meus pais.
Certa vez eu escutei de mamãe: Thadeu, havia algo de muito estranho na França, nas feiras haviam frutas tropicais frescas. Muitos derivados de leite, bons vinhos, uma prosperidade invejável, no entanto marido, pela janela do trem eu não via criações suficientes para prover aquela fartura. O bucolismo das colônias francesas, dizia mamãe, não era capaz de garantir toda áqüea prosperidade.
Eu pensava: De onde mamãe tirava aquelas idéias. Eu amava as cartas de minha mãe por esse motivo, eram obras literárias.
Com o tempo, entendi o que ela queria dizer. É fácil falar em Fraternidade, Libertade e Igualdade, quando se mantém nações inteiras sob seu jugo, riquezas naturais, carnes, leite e mel, no dizer bíblico, apropriados pelas armas, ou politicamente.
Assim estou disponibilizando dois textos para você leitor. Um da Wikipédia e outro do interessante blog Café História. Leiam com cuidado, como quem toma um bom vinho, Saboreie e compreenda o que o coração simples de uma mulher sintetizou apenas olhando pela janela de um trem e observando os produtos das feiras livres da França.



Império colonial francês
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Empire colonial français
Império colonial francês
Império
1534 – 1980       
Flag        Brasão
Bandeira             Brasão
Localização de Império Francês
Mapa anacrônico do Império Colonial Francês (1534-1970).
Continente        África, América, Ásia e Oceania
Capital  Paris
Língua oficial      Francês
Religião                Catolicismo romano
Governo             Monarquia absoluta
República
Soberano           
 • 1643 - 1715    Luís XIV
 • 1799 - 1815    Napoleão I
 • 1852 - 1870    Napoleão III
Período histórico             Colonialismo
 • 1534  Fundação
 • 1980  Independência de Vanuatu
Área      23 500 000 km²
O Império colonial francês foi o conjunto das colônias que a França estabeleceu na África, Américas, Ásia e na Oceania entre os séculos XVI e XX.

As primeiras tentativas dos franceses para estabelecerem colônias no Brasil (França Antártica), em 1555, e na Flórida, em 1564 (em Fort Caroline, atualmente Jacksonville), realizada por huguenotes, não tiveram sucesso, devido à vigilância dos portugueses e espanhóis. A tentativa seguinte foi em 1598, em Sable Island, no sudeste da atual província da Nova Escócia do Canadá; esta colônia não teve abastecimentos e os 13 sobreviventes tiveram de voltar a França.

A história do Império colonial francês começou em 27 de Julho de 1605 com a fundação em Port Royal, atualmente Annapolis (igualmente na Nova Escócia), da colônia da Acádia.

Índice  [esconder]
1             Colônias francesas na América do Norte
2             Colônias francesas no Caribe
3             Colônias francesas na África
4             Colônias francesas na Ásia
5             Referências
6             Ver também
Colônias francesas na América do Norte[editar | editar código-fonte]
Depois da fundação em Port Royal, em 1605, Samuel de Champlain funda Quebec em 1608, e esta colônia passa a ser a capital da enorme, mas pouco povoada, colônia de "Nova França" (também chamada "Canadá"), que tinha como objetivo o comércio de peles.[1]

A França também tomou possessão das ilhas de São Pedro e Miquelão, que até ao presente mantêm a cidadania francesa.

Colônias francesas no Caribe[editar | editar código-fonte]
No Caribe, a França colonizou as ilhas de Martinica, Guadalupe e Haiti. A ilha de Saint Martin foi dividida com a Holanda.[2]

Colônias francesas na África[editar | editar código-fonte]
Na África, foi no Senegal que os franceses primeiro estabeleceram entrepostos em 1624, mas não formaram verdadeiras colônias até ao século XIX, limitando-se a traficar escravos para as suas colônias no Caribe. No Oceano Índico, os franceses colonizaram a Île Bourbon (atual Reunião), em 1664, Île de France (atualmente Maurícia), em 1718 e as Seychelles, em 1756. Durante o reinado de Napoleão, o Egito foi também conquistado por um breve período, mas a dominação francesa nunca se estendeu para além da área imediatamente à volta do Nilo.[3]

O verdadeiro interesse da França pela África manifestou-se em 1830 com a invasão da Argélia e o estabelecimento de um protetorado na Tunísia, em 1881. Entretanto, expandiram-se para o interior e para sul, formando, em 1880, a colônia do Sudão francês (atual Mali) e, nos anos que se seguiram ocupando a grande parte do Norte da África e da África ocidental e central. Em 1912, os franceses obrigaram o sultão de Marrocos a assinar o Tratado de Fez, tornando-se outro protetorado.

Foram os seguintes os atuais países africanos que se tornaram independentes da França no século XX (data da independência):

Marrocos (2 de Março de 1956)
Tunísia (20 de Março de 1956)
Guiné (2 de Outubro de 1958)
Camarões (1 de Janeiro de 1960)
Togo (27 de Abril de 1960)
Senegal (20 de Junho de 1960)
Madagascar (26 de Junho de 1960)
Benin (1 de Agosto de 1960)
Níger (3 de Agosto de 1960)
Burkina Faso (5 de Agosto de 1960)
Costa do Marfim (7 de Agosto de 1960)
Chade (11 de Agosto de 1960)
República do Congo (15 de Agosto de 1960)
Gabão (17 de Agosto 1960)
Mali (22 de Setembro de 1960)
Mauritânia (28 de Novembro de 1960)
Argélia (5 de julho de 1962)
Comores (6 de Julho de 1975)
Djibouti (27 de Junho de 1977)
República Centro Africana (13 de agosto de 1960 )
Entretanto, vários territórios africanos continuam sob administração francesa, depois de vários referendos:

a ilha de Mayotte, nas Comoros; e
a ilha da Reunião e várias outras ilhas que dependem administrativamente deste departamento ultramarino, mas que são parcialmente reclamadas por Madagascar ou Maurícia.
Colônias francesas na Ásia[editar | editar código-fonte]
Colônias da Indochina Francesa[4] [5]
Referências
Ir para cima ↑ ANDREWS, C. M. The American Nation: a history of colonial self-government, 1652-1689 Harper & Brothers, 1904 - 369 pg.
Ir para cima ↑ David Patrick Geggus (2002). Haitian Revolutionary Studies Indiana University Press [S.l.] p. 28.
Ir para cima ↑ KANYA-FORSTNER. "FRANCE, AFRICA, AND THE FIRST WORLD WAR." The Journal of African History 19.1 (1978): 11-23. Print.
Ir para cima ↑ Paul French (2011). The Old Shanghai A-Z Hong Kong University Press [S.l.] p. 215.
Ir para cima ↑ "Protectorates and Spheres of Influence – Spheres of influence prior to World War II" Encyclopedia of the New American Nation
Ver também[editar | editar código-fonte]
Assimilação colonial
História da França
Império global

O desenvolvimento do capitalismo, ocorrido na Europa na segunda metade do século XIX, criou a necessidade de buscar novos mercados de investimentos para o capital excedente gerado na Europa, garantindo o escoamento da gigantesca produção industrial e o fornecimento de matéria-prima.
Existiam, ainda, outros fatores que tornavam a política colonialista atraente para os governos europeus: a possibilidade de transferir colonos para as regiões conquistadas, resolvendo o problema de superpopulação na Europa. Além disso, a mão-de-obra barata das colônias interessava aos investidores, pois a classe trabalhadora européia, organizada em poderosos sindicatos e partidos políticos, tinha conseguido garantir bons salários e melhores condições de trabalho.
A propaganda em favor do imperialismo, vital para o desenvolvimento do capitalismo, baseava-se em teorias pseudo-científicas. Essas teorias, em geral, estabeleciam uma hierarquia entre os diferentes povos, classificados como “mais” ou “menos” civilizados. O primeiro lugar, naturalmente, cabia à sociedade européia, modelo para o resto do mundo. Assim, a dominação de outros povos seria uma contribuição para o progresso da humanidade.

A conquista da Ásia

O comércio entre a Ásia e a Europa remontava ao império romano. A primeira era uma tradicional fornecedora de artigos de luxo ao continente europeu.
Após a Revolução Industrial, essa relação se alterou. A expansão da indústria têxtil inglesa provocou a estagnação do artesanato asiático. Depois disso, a Ásia passou de vendedora a compradora dos produtos europeus, especialmente os britânicos. Esse foi o primeiro passo para a conquista colonialista européia.

A conquista da Índia

Já na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra iniciou a coloni-zação dessa região. Após conquistar o litoral, o governo inglês, auxiliado pela Companhia das Índias Orientais, iniciou a investida para o interior. Valendo-se das rivalidades que dividiam os principais estados da Índia, a Inglaterra, ora aliando-se, ora dominando pela força, impôs sua autoridade sobre todos os reinos.
Em 1857, estourou a revolta dos sipaios, última tentativa de resistência à conquista britânica, dura-mente reprimida pelo exército colonialista. Em 1876, a rainha Vitória, da Inglaterra, foi coroada imperatriz da Índia. O domínio britânico na Índia permaneceu inabalável até 1919.

A China

Até a primeira metade do século XIX, o , comércio da China com o Ocidente era realizado quase que exclusivamente no porto de Hong-Kong. Os europeus nada tinham a vender aos chineses em troca de imensas quantidades de chá, seda e outras mercadorias chinesas.
A situação começou a se modificar quando a Companhia das Índias Orientais passou a contrabandear ópio para a China. O ópio era produzido na Índia e na Birmânia, em grandes plantações exploradas pelos europeus, e seu tráfico para a China gerava enormes lucros.
O governo chinês apelou para o governo inglês, na tentativa de evitar o contrabando. Como não obtivesse resultados, tomou medidas mais enérgicas: em 1839, na cidade de Cantão, foram queimadas 20.000 caixas de ópio. A Inglaterra reagiu prontamente, declarando guerra à China.
Vencido pelo poderio naval inglês, o governo chinês assinou o Tratado de Nanquim, em 1842. A Inglaterra anexou Hong-Kong ao seu império; cinco portos chineses foram abertos ao comércio inglês; e os cidadãos ingleses tornaram-se imunes às leis e à justiça chinesa.
Depois dessa derrota, a China se transformou em alvo de outras potências imperialistas. Em fins do século XIX, Inglaterra, Alemanha, Japão, Estados Unidos, França e Itália dividiam entre si os lucros vindas da exploração chinesa.
Em 1851, estourava na China uma grande revolta popular, liderada pelo movimento Taiping, “a grande paz”. Essa revolta só foi debelada em 1864. Mas sua herança não se perdeu e, em 1901, outro movimento estourava na China: era a Revolta dos Boxers, assim conhecida porque seus integrantes utilizavam-se das artes marciais chinesas para atacar os europeus. Também foi duramente reprimida.

As outras regiões da Ásia

Na segunda metade do século XIX, o Sudeste asiático foi reduzido à condição de colônia francesa. Em 1859, após 57 anos de lutas, a França conseguiu dominar as cidades de Saigon e Tourane. Pouco tempo depois, valendo-se da rivalidade entre os governos do Camboja e do Sião, o império colonialista francês converteu o Camboja em seu protetorado (1863).
Com o avanço das fronteiras coloniais francesas para o oeste, a Inglaterra impôs sua autoridade à Birmânia (1886).
Para garantir a supremacia britânica sobre a Índia, a Inglaterra fomentou a formação de “estados intermediários”, independentes mas sob a proteção britânica, isolando as fronteiras do império colonial inglês das regiões disputadas por outras potências. Foi o caso cio Nepal (1816), do Butão (1865) e do principado de Sikkin (1890).

A conquista da África

Até o início do século XIX, o interior da África era desconhecido para os europeus. Em meados desse século, com a divisão de quase todo o território asiático completada, os governos europeus voltaram seus interesses para o continente africano. Foram organizadas as primeiras missões religiosas e expedições exploradoras para esse continente.
Em 1867, foram descobertas as jazidas de diamantes do Transvaal. Logo depois, importantes reservas de cobre foram encontradas no território da futura Rodésia. Iniciou-se então a partilha do território africano. Em troca de álcool ou algumas garrafas de gim, os chefes ou reis, induzidos pelos exploradores, cediam todo o seu território às sociedades anônimas.
Atrás das companhias, vinha o governo, organizando a infra-estrutura para a exploração da colônia, preservando os direitos de exploração do território da concorrência estrangeira e submetido os nativos “rebeldes”. Assim, em menos de 20 anos, todo o território ao sul do Saara foi submetido ao colonialismo europeu.

A partilha

A França foi um dos primeiros países a conquistar colônias na África. Em 1830, a Argélia foi ocupada com o auxilio da legião estrangeira, corpo expedicionário criado pelo governo francês e composto por criminosos, desertares, imigrados políticos e aventureiros. Em 1844, o Marrocos foi parcialmente submetido ao controle francês e, em 1854, foi a vez do Senegal. Partin-do desses pontos, a França avançou para o interior do continente, conquistando a Guiné, o Gabão, uma parte dos territórios do Congo e do Sudão. Em 1910, esses territórios formavam a África Ocidental Francesa.
Na mesma época, Madagascar e a Tunísia foram incorporados ao império colonial francês, apesar da disputa com a Itália pela Tunísia.
O projeto colonial inglês, definido na expressão “do Cairo ao Cabo”, era unificar numa única colônia todos os territórios compreendidos entre a colônia do Cabo (Sul da África) e o Egito (Norte da África).
A construção do canal de Suez impulsionou a Inglaterra em dire-ção ao Egito, apesar da presença francesa na região.
A colonização inglesa no Sul do continente africano foi iniciada por Cecil Rodhes, que explorava as reservas de ouro e diamantes encontradas nessa região. Em 1888, a companhia dirigida por Cecil Rodhes iniciou a conquista da Rodésia.
Entre 1888 e 1891, o Quênia, a Somália e Uganda foram incorporados ao império britânico. Em 1899, os ingleses tornaram o Sudão da França e o Transvaal dos bôeres, população de origem holandesa que lá estava desde o século XVIII.
Mas as pretensões coloniais ingle-sas esbarraram em um empecilho – a Alemanha, que reclamava para si o território de Zanzibar. Além dessa colônia, a Alemanha havia conquistado, entre 1884 e 1885, os territórios de Camarões, Togo e Namíbia (Sudoeste africano).
Não podemos esquecer Portugal, que havia muito tempo tinha colonizado a costa de Angola e Moçambique, Guiné-Bissau e as ilhas de Cabo Verde.
A região central do continente africano era disputada por vários países europeus. Para decidir a questão, foi organizado um congresso internacional em Berlim. Foi a denominada Conferência de Berlim (1884-1885).
O congresso reconheceu a soberania belga sobre o Congo, garantindo liberdade de comércio para todos os países presentes no congresso. A ocupação desse território foi uma das mais sangrentas da história do colonialismo europeu. A população local foi escravizada, milhares de pessoas morreram de fome, pelos trabalhos forçados, pelas doenças trazidas pelos brancos e pelos massacres coletivos promovidos contra as aldeias que se rebelavam.

O RESULTADO DA COLONIZA-ÇÃO

No final do século XIX, praticamente todo o mundo estava dividido e dominado pelas potências imperialistas da Europa Ocidental. Em geral, os povos conquistados eram sociedades praticamente auto-suficientes, com uma produção capaz de suprir suas necessidades.
A penetração do capitalismo nessas regiões quebrou esse equilíbrio. As colônias tinham, para os conquistadores, funções econômicas específicas: suprir a metrópole das matérias-primas necessárias e absorver grande parte do capital excedente da metrópole. Para atender à pri-meira função, os nativos tiveram que sacrificar suas plantações de subsistência e passar a trabalhar nas plantações de produtos que interessavam à metrópole como matéria-prima. Em segundo lugar, toda a economia dos países colonizados foi reestruturada em função das novas necessidades criadas pelos investimentos nas atividades de exportação: ferrovias foram construídas, ligando o interior a portos, sem respeitar as necessidades de integração regional de cada continente.
Mas não foi só na Ásia e na África que o neo-colonialismo aconteceu. As potências imperialistas disputavam também o mercado que os países independentes da América Latina ofereciam.

E os colonizados intelectuais brasileiros defendem a globalização da economia. 






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