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quarta-feira, 30 de março de 2016

O Brasil de Costas.

A questão das fronteiras. ( O Brasil de Costas)
Não vamos tratar aqui da questão da segurança militar ou do trafico de ilícitos. Deixo isso para os militares e para as policias especializadas. Quero ver as fronteiras brasileiras como uma imensa oportunidade comercial e cultural que tem sido negligenciada. Isso não acontece somente com o Brasil que parece estar de costas para os demais paises da América do Sul, mas também podemos ver que aqueles países parecem estar de costas para o Brasil. A atividade litorânea em todos eles parece definir a cultura, o comercio internacional e ate mesmo a ocupação demográfica dos solos pátrios. Embora seja assim, todos esse paises voltados para o mar não desenvolveram nem a industria de navios, nem a navegação, mostrando-se todos eles dependentes de nações que desenvolveram esse tipo de transporte e de comercio, o que faz deles subdesenvolvidos comercialmente.
No nosso blog já mostramos a necessidade  de se desenvolver uma navegação costeira ( cabotagem) que permitisse a troca comercial  imediata entre todos os paises da América do Sul. Mas parece que nosso texto não causou nenhum impacto ou interesse. Agora queremos alertar para as vantagens de criarmos, modernizar-mos os pontos de contato entre fronteiras sul-americanas, sejam eles rodoviários, ferroviários, e ou hidroviários * rios navegáveis, pois como regra geral, ao menos no que diga respeito ao transporte de passageiros apostou-se na infra-estrutura aeroviária.
Quando analisamos o mapa do Brasil com a atualizada malha rodoviária e ferroviária, vemos de imediato a carência de pontos de contato inter-fronteiras, seja pelo desinteresse de nosso país, seja pelo desinteresse dos países visinhos. Eis aqui uma grande oportunidade do Brasil financiar obras de infra-estrutura nos paises visinhos, como um fomento considerável  da economia e da política de emprego de toda a América do Sul.
A criação desse inúmeros e necessários pontos de contato não estimularia apenas o turismo como já disseram, mas o comercio de carnes, de minerais, de energia, de cultura, de arte, de transferência de tecnologia agrícola e pecuária assim como industrial. Esse estimulo no nosso entender fortaleceria em curto prazo toda a América do Sul, sem no entanto alterar as nacionalidades, as soberanias, as tradições de cada povo. Essa visão da América do Sul sobre si mesma foi impedida ao longo dos séculos pelo comercio dos paises importadores de minérios e petróleo, principalmente por eles, fenômeno que não cabe aqui nem explicar nem criticar.
O Brasil só não faz fronteira com dois paises sul-americanos, o Equador e o Chile, embora o Equador possa ligar-se ao Brasil via seus rios. O Chile fica mais isolado sob o aspecto fronteiras.
Começando pelo Norte do Brasil, temos a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa. Fronteira totalmente desprotegida onde ocorrem muitos ilícitos, como trafico de ouro e diamantes, drogas, patentes de flora com a finalidade do fabrico de medicamentos, metais raros resultando em um prejuízo enorme para o Brasil.
No extremo Oeste do Amapá existe um ponto de contacto com o Suriname. Essa fronteira com o Suriname se estende pelo estado do Pará numa extensão enorme atingindo a Guiana Inglesa, aqui também a fronteira é desprotegida na prática, como pouca densidade demográfica e os mesmos ilícitos. Poderia ser um rica e prospera fronteira comercial, mas hoje gera imensos prejuízos ao Brasil. Segue-se a fronteira de Roraima que se estende pela Guiana Inglesa e a Venezuela. Aqui há um rodovia de importância, mas os ilícitos são semelhantes com contrabando de nióbio e larga escala de diamantes. O estado do Amazonas faz fronteira com Venezuela, Colômbia e Peru. Essa enorme fronteira tem como proteção apenas a floresta. Os ilícitos aqui são muito mais graves, principalmente no que diz respeito a produção de cocaína e seu trafico. Segue-se o Acre com fronteira com o Peru e Bolívia numa zona produtora de Petróleo e Gás resulta em ilícitos de valores espantosos. Rondônia faz fronteira com com a Bolívia numa zona onde se produz droga, coca e maconha e podemos dizer que é uma fronteira desprotegida com um rede de rios navegáveis. Mato Grosso também faz fronteira com a Bolívia numa região riquíssima em produção mineral, e podemos dizer que é uma fronteira praticamente desprotegida. O Mato Grosso do Sul faz fronteira com a Bolívia e o Paraguay numa região de fauna riquíssima, petróleo, agricultura e gás.O Paraná faz fronteira com o Paraguai e a Argentina. Aqui graças a mais densa população fronteiriça os ilícitos adquirem outra característica como por exemplo produtos industrializados, armas, eletro eletrônicos, cigarros e roupas, claro sem deixar de ofertar a cocaína e a maconha. Santa Catarina faz fronteira com a Argentina com um curta fronteira bem habitada.O rio Grande do Sul faz fronteira com a Argentina e o Uruguai, nessas duas fronteiras há o contrabando de carnes, bebidas como vinho, turismo, e trafico de drogas, como passagem de veículos roubados.

Eu não estou escrevendo para resolver o problema das drogas, mas os paises vizinhos tem necessidade de muitos produtos largamente produzidos no Brasil, como mobiliário, óleos comestíveis, produtos industrializados, certos tipos de grãos, carne, derivados de leite, convênios educacionais, produção de energia, assim como o Brasil necessita de muitos recursos produzidos nestes paises em larga escala. I estudo e o empenho e produzir a infra0estrutura de transporte e comercio entre essas paises teria como conseqüência imediata a interiorização de suas populações, o fomento das políticas de emprego e renda, as trocas culturais, a miscigenação dos povos isolados e o desenvolvimento sustentável; essa é uma intenção das mais nobres que o povo brasileiro possa ter, e um dos critérios para a escolha de nossos presidentes.






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