O beneficio da dúvida.
Na primeira vez que eu entrei em crise com a minha fé,
apelei para o beneficio da dúvida.
Duvidar retamente de algo nos desloca diante dos problemas e
nos permite, quer queiramos quer não, encará-los de maneira original. Depois de
anos defendendo o celibato e a castidade, num dado momento me pareceu um contra
senso que os padres e freiras tivessem como ideal algo que lhes negava a
origem. Ora eu nunca conheci um padre ou uma freira que não tivesse pai e mãe,
portanto que não tenha tido origem em um ato sexual. Idealizar a castidade e a
virgindade e o celibato me pareciam, agora, a negação da origem sexual de cada
um deles.
Duvidei da correção dessa doutrina. Mas foi ai, nessa
duvida, que me surpreendi contemplando o espaço sideral. Vocês já imaginaram
como num planeta estéril pode surgir a vida? Como é esse milagre? Pois bem foi
ai que compreendi a virgindade por opção como uma via para garantir e eternizar
nos homens a consciência de que há UM DEUS ESPIRITUAL.
Ao imaginar os acontecimentos do surgimento da vida em um
planeta estéril, compreendi e lembrei-me do Velho Testamento, no Deus
Sabedoria, tomando do barro para a criação do homem. Ora se Deus é pai, a terra esteril é mãe virginal. Ou seja, o planeta estéril é fecundado pela vontade e inteligência
de Deus, sem um ou vários agentes materiais exteriores, ainda que pudéssemos
chamá-los de energias. O milagre se faz diante de nossos olhos na terra
virginal. No espaço cósmico virginal.
A virgem totalmente entregue a sabedoria e onipotência do
Ser criador se deixa fecundar num Sim obediente. No Novo Testamento, novamente
veremos agora, a predominância e anterioridade do espiritual sobre o
material no virginal Sim de Maria Virgem, ao deixar-se fecundar pela Vontade e
inteligência do Verbo, que agora se fará carne em seu seio virginal de maneira
tão verdadeira como a vida se fez vida no planeta virginal.
Eis o homem verdadeiro filho do Espírito e da Carne. Sinal
sublime da onipresença, onipotência, e onisciência de Deus, numa declaração
eloqüente de que primeiro existiu Deus, Espiritual, para depois surgir à vida
na sua materialidade.
O Verbo, palavra que expressa à ação de uma inteligência e
vontade inicial, se faz carne, para habitar entre nós e nos tirar da
relatividade de um Deus intocável e imensurável. Deus agora fala conosco.
Nesse sentido, o celibato opcional, a castidade opcional, e
a virgindade livremente escolhida fazem sentido sutil na ordem espiritual. É um
testemunho tão forte entre os homens da existência de uma espiritualidade superior
a materialidade carnal, como é o imenso numero de planetas estéreis existentes
no espaço sideral a testemunhar, eloqüentemente, o milagre da vida em nosso
planeta. A esterilidade deles realça e sublinha, faz saltar aos olhos a
fertilidade da TERRA. Antes Virgem.
Agora Mãe.
Estes dois sinais,
São difíceis de contestar, seja no mundo dos símbolos, seja
na fenomenologia dos fatos, a virgindade pode ser fertilizada pela Vontade do
Verbo. Ora, hoje já há quem demonstre que a virgindade pode ser fecundada pela
vontade e tecnica do homem, e o homem, não podemos esquecer, é uma pálida imagem e
semelhança de Deus como nos diz a Escritura.
O Verbo Carne é a pedra de escândalo, é também a pedra
fundamental, é a pedra angular onde se pode construir o edifício espiritual, o
reconhecimento da paternidade divina da vida, mas mais do que isso, é a prova
cabal de que o homem tem uma paternidade espiritual. È obvio que o homem não é
o criador de si mesmo, muito menos o é de sua consciência, portanto os sinais
da duvida, são os elementos constituintes da vida sobrenatural humana, ou seja,
de que há de fato uma sobre espiritualidade operando acima dos desejos da
carne.
Sendo assim, podemos compreender que haja quem, em sã
consciência, possa ofertar-se, em vida, não para a propagação da vida natural,
mas em vida ofertar-se para a propagação e memória de que há uma vida
sobrenatural, anterior e posterior à existência temporal. O planeta como todos
os seus seres vivos deixara de existir um dia... A Vontade e inteligência do
Verbo não deixara de existir nunca... Por que o Verbo não teve começo e não
terá fim. Donde concluímos que Deus pode, uma vez que já o fez uma vez, retirar
tudo do nada e recriá-los, ou recriar-nos todos novamente.
Se assim for não há obstáculo racional algum ou, nenhum,
para a aceitação de que Deus possa ressuscitar a carne humana. Assim
lemos: Cremos na Ressurreição da Carne.
Os milênios são como segundos para O DEUS UNO E TRINO.
Wallace Req Req para o G 23.
Hoje temos 11 Blogs, alguns podem ser acessados diretamente nessa página, clicando onde esta escrito, ACESSE CLICANDO ABAIXO, logo depois do Perfil, na margem esquerda. Muito obrigado pela visita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário. Obrigado pela visita.