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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Onde há fumaça há fogo.


O G 23 já disponibilizou uma serie de artigos sobre o petróleo. No caso do Paraná, falamos sobre a produção de gasolina de xisto em São Mateus, falamos nos poços de petróleo e gás em Pitanga, nos poços marinhos (Conchas, por ex.), no primeiro poço furado no Brasil em Marechal Malet, (fonte SGMB, ligado ao Ministério da Agricultura, como lemos no documento da Petrobrás de 1983 intitulado  “O Petróleo e a Petrobras” e nas descobertas  de  Joaquim Távora e Teixeira Soares.
Nos não somos técnicos no assunto, mas procuramos informar e estimular aos paranaenses curiosos, empreendedores e estudiosos, para que alcem vôo. Desculpem um ou outro deslize nos dados, ou possíveis erros.
Esse texto que disponibilizamos agora, já foi, em parte, publicado em 1995.
Boa parte do território paranaense faz parte da Bacia Sedimentar do Rio Paraná. Todavia o estado é atravessado do sul para o norte pela jazida xisto-betuminoso também conhecida como sistema de Ponta Grossa- Itararé, que por sua vez pertence à jazida de xisto permiano da formação do “Irati” pertencente por sua vez à Bacia Sedimentar do Paraná.
A Revista Brasileira de Geociências, volume 32, trás matéria assinada pelos engenheiros da Petrobrás Paulo Cesar Artur e Paulo Cesar Soares que avaliam tecnicamente como positivas essa região. Na verdade podemos encontrar toda essa região paranaense, quase toda ela, como incluída nos mapas da Petrobras como partícipe da segunda maior bacia sedimentar paleozóica brasileira, com altíssima possibilidade de se encontrar petróleo.
No Amazonas onde esta a primeira bacia sedimentar brasileira os poços de Urucu e Marajó também foram anunciados como inviáveis, ou antieconômicos, porém hoje, esses poços estão em franca produção e recebendo investimentos consideráveis.
A descrença acompanha a história universal do petróleo, propositada ou acidentalmente, o povo descrê. Desde que Edwin Drake descobriu o suor de petróleo na Pensilvânia e passou a produzir tônico para cabelos e depois chiclete de parafina para posteriormente produzir gasolina para automóvel à história foi bem longa. Muita tecnologia foi desenvolvida. Naqueles anos ele perfurou seis poços para achar um produtivo, e isso para produzir tônico para cabelo e chicletes como já dissemos. E nós o que queremos produzir?
Quase todo o petróleo do mundo surge misturado ao gás natural de petróleo e água salgada (documento da Petrobras). O mesmo documento diz que 3\4 da jazida permanece no solo, depois que a jazida é declarada esgotada. Ora quando acabar o petróleo no mundo haverá de ter permanecido no solo 3\4 de todo o óleo esperando pela tecnologia.
As descobertas em solo paranaense em hipótese nenhuma indicam fracasso da descoberta ou da jazida. E essas descobertas não devem cair no esquecimento. Se há milhares de anos atrás na China se retirava petróleo de jazidas em profundidades de quase 1000 metros  utilizando apenas bambus, eu tenho obrigação de manter a esperança popular.
Desde que a Petrobras iniciou a exploração de petróleo no país por volta de 1955 já chegou, naquele ano a produzir 107 milhões de barris (1955/56) e em 1982 já produzia quase três bilhões de barris. Hoje somo auto-suficientes embora o consumo tenha se multiplicado, o contrabando e a exportação também tenham crescido e muito. Para um país que não tinha petróleo como disseram para nós os grandes grupos de exploração, o Brasil revelou-se um grande produtor, e a cada ano que passa novas descobertas se apresentam diante do pessimismo e omissão da imprensa internacional.  Dos poços da Bahia (os primeiros produtivos), do Rio Grande do Norte, Alagoas, passando por Guaricana no Sergipe, Bacia de Campos e Espírito Santo, no Paraná e Santa Catarina e na Amazônia Legal é surpreendente a nossa produção. Agora surgem os poços do Tupi na proximidade de Santos. Se a negativa sistemática tem sido sistematicamente desmentida, a prudência nos manda teimar na pesquisa do petróleo em solo e no mar paranaense. As pistas devem ser seguidas com perseverança. Não bastasse isso o Xisto existente e comprovado pode produzir todos os derivados do petróleo além de asfalto e enxofre do Paraná.
Leia, e  não desista. Fica aqui o nosso registro cheio de entusiasmo. Recentemente recebi novo documento científico sobre a Bacia do Paraná. Logo que eu o leia, estaremos publicando um resumo.

Wallace Requião de Mello e Silva.
Para o Grupo 23 de Outubro.

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