A Pena de Morte.
Há muita verdade omissa, na justiça que anda aí.
Em nome dessa
justiça, quanta injustiça eu já vi.
Argentina de Mello e Silva.
(Trova Dispersa)
Com o fuzilamento do jovem
judeu curitibano envolvido com o tráfico de drogas na Indonésia, o assunto
“Pena de Morte” voltou à tona. A mídia nacional, o Itamaraty e o Governo
Federal tentaram criar uma comoção pública; um movimento de sensibilização para
o problema da “Pena Capital”. No entanto nenhum resultado surtiu, houve isto
sim, uma frieza, um descaso por parte do povo brasileiro. Por que isso
aconteceu? Porque estamos tão frios diante da violência e da desvalorização da
vida? Por que o povo brasileiro virou as costas para aquelas duas execuções?
Vou tentar algumas respostas.
A primeira coisa que nos salta aos olhos é o
fato daqueles brasileiros estarem envolvidos com o trafico internacional de
drogas. Ninguém, em sã consciência, consegue ter misericórdia de traficantes,
ainda que o Trafico Internacional de Drogas seja sustentado oficialmente por
governos, no passado, no presente e no futuro, com diversas finalidades.
A segunda coisa que salta aos
olhos é que a “pena capital” esta desde muito instituída entre viciados e
traficantes, chegando a gerar 40 homicídios em um final de semana numa cidade
como Curitiba. Quem pode ter pena de executores que fazem a “injustiça com as
próprias mãos”?
Como vemos a Pena de Morte
esta em vigor numa sociedade absolutamente ímpia como a nossa. Mata-se em
diversas modalidades, mata-se em acidentes de transito, mata-se por dinheiro,
mata-se passionalmente, mata-se por egoísmo. Os valores norteadores da
juventude em nosso país são três: Dinheiro, Sexo e Drogas; nada mais.
Como não há trabelho
dignificante e com perspectivas de prosperidade e capitalização, a via para se
obter dinheiro é o crime, o trafico, o sexo. Somente as autoridades não vêem
isso, e querem acobertar a violência com as teses da “Educação”, uma das
maiores mentiras do nosso país;
Postos assim, já podem
lembrar do erudito, do sábio, do competente Padre Leonel Franca S.J.
Em seu monumental livro “A
Crise do Mundo Moderno”, editora Agir, 1955, tenta abrir os olhos das
autoridades brasileiros para as conseqüências da corrupção oficial do tecido
social; Para ele a missão da sociedade é produzir homens e mulheres cada vez
mais civilizados, cada vez melhores, e não produzir automóveis e computadores
(* 1955). Se a Sociedade falha nessa missão humanitária e civilizadora ela
enveredou pelo caminho da autodestruição; Leonel Franca procurava mostrar a
seriedade da fabrica natural de homens, a família, instituição natural e
anterior a qualquer organização dita ESTATAL; Leonel, mal comparando, poderia
comparar seu livro como um manual de construtores engenheiros, pois assim seria
fácil comprovar que se a família não tinha bases sólidas de valores morais e
econômicos de sobrevivência e educação, seria como engenheiros e construtores
que procurassem construir em bases frágeis, cujas obras tenderiam a destruírem-se
por si mesmas; assim as destruições dos valores da família levariam a sociedade
como um todo a se decompor tornado-se inapta para a construção civilizada, ora
e se assim é, ela por outro lado torna-se apta para a geração de animais,
violentos e truculentos, voltando no tempo a períodos imemoriais de
bestialidade e brutalidade; Mas o Brasil rejeitou essa obra, e recebeu o
divorcio, lei de Mario Carneiro, que pretendia acabar com a violência no lar, e
permitir o amor. Vejam no que deu? As famílias já não são capazes de gerar,
prover e educar seus filhos. O filho já não tem condições de respeitar,
reconhecer e aceitar seus pais; o tecido social vai se tornado inapto para
gerar pessoas melhores, ai esta o núcleo do problema brasileiro.
Falamos em desenvolvimento,
mas o verdadeiro desenvolvimento de uma nação é o desenvolvimento de pessoas
melhores, razoáveis, sociáveis e não violentas no sentido relacional e
comercial. De nada vale o empreendedorismo cruel e massacrante, excludente,
marginalizante e homicida.
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