Batendo as
azas para ganhar altura. ( azas- azard)
Daqui de
cima a visão é singular. Vemos tudo num só conjunto, mas não é uma visão
natural. O vôo é uma experiência curta, ate mesmo para as aves que passam boa
parte de suas vidas voando. É curta diante da eternidade, é curta diante da
vida individual. Todas as forças nos atraem para o solo, pois ao nível do solo
esta a nossa realidade, o nosso sustento cotidiano, o nosso suor de cada dia.
Mas os homens quiseram perpetuar o vôo, alguns homens é verdade, a maioria se
arrasta ao nível do chão. Criaram os satélites artificiais na esperança de
manter seus olhos e ouvidos, flutuando, se podemos dizer assim, no espaço
sideral. Mesmo assim é pouco.
Daqui de
cima, vemos um mundo unitário, envolvido pelo anel atmosférico. Não há fronteiras
visíveis, o país não soa coloridos como vemos nos mapas, e os homens que se
acham tão grande coisa são invisíveis dessa altura. Mas como disse pouco acima
é uma visão antinatural que induz a erros graves.
Se formos pessoas
da paz apenas contemplaram a beleza da criação, a inteligência e a razão de
todas as coisas, a sabedoria de Deus. Mas se somos belicosos, gananciosos e
ambiciosos (ciosos em ambas as mãos) pela natureza antinatural do vôo começamos
a exercitar a cobiça, fazemos estratégias de combate, de domínio, estratégias comerciais,
estratégia de apropriação de todas as riquezas do planeta, e para perpetuar o
vôo e seu poder, chegamos a imaginar e projetar um Governo Mundial, sob nossa
tutela, claro. Mas eu não construi ouvidos e olhos e os deixei no espaço. Quiçá
quem os construiu pense assim, tão gananciosamente, dispersando esses pobres e minúsculos
mortais que se arrastam pelo sustento de cada dia.
Os melhor
senhores é descer do salto alto, pois muito acima de nós está Deus, deixemos párea
ele essa visão de conjunto, afinal, nós na nossa ilusão queremos gritar como
Satanás: Eu sou como Ele, o todo poderoso. Tolice.
Mas se observamos
desde o chão, por exemplo, o passado dos homens vê que a ganância e o poder tem
sido a doença que engessa e traumatizam tantas multidões. Durante a Guerra Civil
da Inglaterra, no espaço de tempo entre os dois Cromwell, Thomas e Oliver, podemos
tirar uma dura lição. Criamos os Estado, nos servimos dele, ate que alguma
circunstancia nos torne rico ou poderoso a ponto de dizermos, somos como o
Estado, somos mais poderosos do que o Estado, somos mais sábio que o Estado (aqui
entendido como Poder em exercício) então começou a sedição. Eles são corruptos,
para que pagar impostos, para manter a sua corrupção. Mas não vamos à luta,
pois podemos morrer e perder tudo, então como na Inglaterra agitou os pobres,
os agricultores, os insatisfeitos para que lutem por nós e derrubem o poder constituído.
Oliver Cromwell, de humilde a líder, e de líder a tirano, fez de si mesmo o
Estado, mas seus financiadores é que queriam o poder, e ao fim ao cabo, acabam
ajudando a restauração da velha Monarquia dos Stuart (é um resumo bem
resumido). Essa é em síntese o quadro, ou imagem das revoluções, todas elas. É o
vício da ganância..., da ambição e do espírito belicosos e escravistas (a
escravidão nunca acabou).
Puxa que
bom, se pudéssemos descer do tamanco, olhar o próximo como um irmão na criação,
respeitá-lo e ser respeitado, nas lides do sustento individual e coletivo, na
construção harmônica dessa vida em sociedade. Somente os muito puros e
desinteressados deveriam voar, pois se o vôo amplia a visão dos homens, amplia
sua ganância e poder.
Wallace
Requião de Mello e Silva.
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