A foto mostra uma Universidade Medieval.
Embora ao descrevermos algumas coisas sobre o islamismo, tenhamos ultrapassado os limites convencionais correspondentes à idade dita Antiga, e penetrado os tempos ditos da Idade Média, somente agora, faremos uma introdução, ao que convencionalmente se chamou Idade Média da História Eclesial.
Foi em 1675 que Christophorus Cellarius escreveu a obra Historiae Antiquae, Mediae Novae Nucleus (núcleo da História Antiga, Média e Nova) de modo que tal expressão se tornou comum nas escolas.
Estudaremos o período que vai de 692 ate 1450. Convencionou-se que o início da Idade Média corresponde ao Concilio regional ( não Ecumênico, universal; Ecumênico = terra habitada por cristãos) de Trulano, realizado em Constantinopla. Esse Concílio interessou-se pela restauração da teologia e disciplina religiosa influenciada pela invasão dos persas, pela influencia do Islam (620) e pelos debates teológicos. Curioso que Troullos, em grego cúpula é quasesinônimo de Quipá, aquele pequenino chapéu que os judeus usam, e também usam os bispos cristãos, herança dos judeus cristãos do inicio do cristianismo. No cristianismo, esse pequeno gorro chama-se Solidéu (soli- Deo), ou seja, só para Deus, e é designativo da alta dignidade do religioso na Hierarquia eclesiástica, que só “tiram o chapéu”, ou seja, declinam de sua autoridade, diante de Deus, normalmente durante a celebração eucarística, onde, nos ensina o cristianismo, nas espécies de pão e vinho esta a presença real de Jesus Cristo, Deus e Homem. No mais, o bispo permanece coberto.
O ponto de partida concreto da Idade Média é o fim do século VII. As invasões bárbaras abriam uma nova época na vida cultural, política e eclesial no Ocidente, assim como os persas e o Islam pressionavam o Oriente. Foram, portanto as relações com os novos povos (agora não mais submissos aos Romanos) com a Igreja que deram as notas características à Idade Média, ou seja, do período histórico que vai do século VIII (onde já havia certa homogeneidade) ao século XV. No século XV, houve um enfraquecimento dessa homogeneidade, pois foram trazidos à baila, mais uma vez, elementos da cultura Greco Romana, pré-cristãs, que os renascentistas não só queriam estudar, mas assimilar e viver, numa espécie de retorno as origens, dando inicio a um novo período da História, impregnada de conduta e ética cada vez menos cristãs, tendentes ao racionalismo, ao naturalismo, período que vai de 1450 ate 1929 (tratado de Latrão e criação do Estado do Vaticano), agora convencionado idade Moderna da História da Igreja. Como veremos a Idade Média, produziu grandes avanços culturais e teológicos justamente no embate com as novas (antigas) idéias pré-cristãs. A Idade Média forjou ânimos heróicos (cavaleiros e Monges que garantiram, correspondendo a Divina Providência, a sobrevivência do Cristianismo e da Igreja, principalmente no Ocidente. Produziram notáveis estudos especulativos e as Primeiras Universidades, todas, filhas da Igreja. Produziu nas artes o estilo românico e o gótico, progrediu no campo da ciência e da técnica, sobre modo na navegação.
Assim os estudiosos que tem removido e vasculhados os documentos correspondentes a essa fase “cristã de resistência” do Ocidente, tem encontrado e revelado testemunhos que dissipam os preconceitos “renascentistas pré-cristãos” sobre a Idade Media, e põem em relevo as suas melhores características e notas positivas.
O início da Idade Media, no Ocidente como no Oriente, têm em comum com a idade Antiga, da qual já vimos algo em pouco mais de oitenta textos, que em ambos os períodos a Igreja se via diante, em ambos os casos, de um mundo não cristão com o qual ela devia manter relações de sobrevivência e missão. No caso do Ocidente, no início da Idade Antiga era o Império Romano pagão, e no Inicio da Idade Media os povos germânicos que haviam derrubado o Império Romano do Ocidente.
Diz o autor: No inicio da idade Antiga a Igreja era um grãozinho de mostarda (uma das menores sementes) que se encontrava com três culturas muito diversas, a judaica, a romana, a grega.
Continua o autor: No inicio da Idade Media, ao contrario, o grãozinho esta evoluído, articulado em toda a terra conhecida, é um organismo fortalecido que não encontra uma potência que possa lhe fazer frente em termos de cultura. Os germanos, por exemplo, eram culturalmente pobres (fruto de longo isolamento); por outro lado a Igreja que tinha seu centro em Roma representava para todos eles a sede da Cultura, e para todos os povos, Civilização e Roma eram, por assim dizer termos sinônimos até o fim da idade Antiga, como já pudemos ver.
Aconteceu, portanto que os novos povos colocados diante do Cristianismo pelos missionários e monges, na maioria abdicaram de suas crenças, abraçando não só a Fé cristã, mas os valores elevados e a moral mais rigorosa do cristianismo, amalgamando-se em uma civilização mais elevada que lhes propunha e era transmitida pelo Cristianismo. Na idade Antiga a Igreja conseguiu imprimir traços cristãos sobre bases pagãs, na Idade Média, pelo contrário, maior o embate, a Igreja moldou desde os fundamentos o mundo Ocidental, a cultura, os valores e o ambiente conforme os ensinamentos cristãos (donde as calunias e “injurias forçadas” a esse período da História). O curso do ano civil passou a ser designado pelas ocorrências do cristianismo. O fluxo da semana culminava como o Domingo (dia da ressurreição do Senhor); as etapas do dia e jornadas de trabalho eram definidas pelos toques dos sinos; a configuração urbanística das cidades dependia do posicionamento das Igrejas e mosteiros que ficavam sempre no centro do povoado; as leis civis, inspiradas no direito eclesiástico e natural, eram abertas com a profissão no Deus Uno e Trino, conseqüentemente, a cultura européia tornou-se no período unitariamente cristã.
Esta penetração da Igreja na esfera civil se fez mais sentida na esfera da política. O Estado e a Igreja se viam moralmente associados na procura de um modelo ideal, que pela fragilidade humana, como ressalta os Evangelhos, nunca pode ser plenamente realizado. Joio e trigo cresceram lado a lado. O Ideal da Cidade de Deus, vivendo o Evangelho, segundo ensinava Santo Agostinho. Ideal do Sacro Império Romano.
Foi em 1675 que Christophorus Cellarius escreveu a obra Historiae Antiquae, Mediae Novae Nucleus (núcleo da História Antiga, Média e Nova) de modo que tal expressão se tornou comum nas escolas.
Estudaremos o período que vai de 692 ate 1450. Convencionou-se que o início da Idade Média corresponde ao Concilio regional ( não Ecumênico, universal; Ecumênico = terra habitada por cristãos) de Trulano, realizado em Constantinopla. Esse Concílio interessou-se pela restauração da teologia e disciplina religiosa influenciada pela invasão dos persas, pela influencia do Islam (620) e pelos debates teológicos. Curioso que Troullos, em grego cúpula é quasesinônimo de Quipá, aquele pequenino chapéu que os judeus usam, e também usam os bispos cristãos, herança dos judeus cristãos do inicio do cristianismo. No cristianismo, esse pequeno gorro chama-se Solidéu (soli- Deo), ou seja, só para Deus, e é designativo da alta dignidade do religioso na Hierarquia eclesiástica, que só “tiram o chapéu”, ou seja, declinam de sua autoridade, diante de Deus, normalmente durante a celebração eucarística, onde, nos ensina o cristianismo, nas espécies de pão e vinho esta a presença real de Jesus Cristo, Deus e Homem. No mais, o bispo permanece coberto.
O ponto de partida concreto da Idade Média é o fim do século VII. As invasões bárbaras abriam uma nova época na vida cultural, política e eclesial no Ocidente, assim como os persas e o Islam pressionavam o Oriente. Foram, portanto as relações com os novos povos (agora não mais submissos aos Romanos) com a Igreja que deram as notas características à Idade Média, ou seja, do período histórico que vai do século VIII (onde já havia certa homogeneidade) ao século XV. No século XV, houve um enfraquecimento dessa homogeneidade, pois foram trazidos à baila, mais uma vez, elementos da cultura Greco Romana, pré-cristãs, que os renascentistas não só queriam estudar, mas assimilar e viver, numa espécie de retorno as origens, dando inicio a um novo período da História, impregnada de conduta e ética cada vez menos cristãs, tendentes ao racionalismo, ao naturalismo, período que vai de 1450 ate 1929 (tratado de Latrão e criação do Estado do Vaticano), agora convencionado idade Moderna da História da Igreja. Como veremos a Idade Média, produziu grandes avanços culturais e teológicos justamente no embate com as novas (antigas) idéias pré-cristãs. A Idade Média forjou ânimos heróicos (cavaleiros e Monges que garantiram, correspondendo a Divina Providência, a sobrevivência do Cristianismo e da Igreja, principalmente no Ocidente. Produziram notáveis estudos especulativos e as Primeiras Universidades, todas, filhas da Igreja. Produziu nas artes o estilo românico e o gótico, progrediu no campo da ciência e da técnica, sobre modo na navegação.
Assim os estudiosos que tem removido e vasculhados os documentos correspondentes a essa fase “cristã de resistência” do Ocidente, tem encontrado e revelado testemunhos que dissipam os preconceitos “renascentistas pré-cristãos” sobre a Idade Media, e põem em relevo as suas melhores características e notas positivas.
O início da Idade Media, no Ocidente como no Oriente, têm em comum com a idade Antiga, da qual já vimos algo em pouco mais de oitenta textos, que em ambos os períodos a Igreja se via diante, em ambos os casos, de um mundo não cristão com o qual ela devia manter relações de sobrevivência e missão. No caso do Ocidente, no início da Idade Antiga era o Império Romano pagão, e no Inicio da Idade Media os povos germânicos que haviam derrubado o Império Romano do Ocidente.
Diz o autor: No inicio da idade Antiga a Igreja era um grãozinho de mostarda (uma das menores sementes) que se encontrava com três culturas muito diversas, a judaica, a romana, a grega.
Continua o autor: No inicio da Idade Media, ao contrario, o grãozinho esta evoluído, articulado em toda a terra conhecida, é um organismo fortalecido que não encontra uma potência que possa lhe fazer frente em termos de cultura. Os germanos, por exemplo, eram culturalmente pobres (fruto de longo isolamento); por outro lado a Igreja que tinha seu centro em Roma representava para todos eles a sede da Cultura, e para todos os povos, Civilização e Roma eram, por assim dizer termos sinônimos até o fim da idade Antiga, como já pudemos ver.
Aconteceu, portanto que os novos povos colocados diante do Cristianismo pelos missionários e monges, na maioria abdicaram de suas crenças, abraçando não só a Fé cristã, mas os valores elevados e a moral mais rigorosa do cristianismo, amalgamando-se em uma civilização mais elevada que lhes propunha e era transmitida pelo Cristianismo. Na idade Antiga a Igreja conseguiu imprimir traços cristãos sobre bases pagãs, na Idade Média, pelo contrário, maior o embate, a Igreja moldou desde os fundamentos o mundo Ocidental, a cultura, os valores e o ambiente conforme os ensinamentos cristãos (donde as calunias e “injurias forçadas” a esse período da História). O curso do ano civil passou a ser designado pelas ocorrências do cristianismo. O fluxo da semana culminava como o Domingo (dia da ressurreição do Senhor); as etapas do dia e jornadas de trabalho eram definidas pelos toques dos sinos; a configuração urbanística das cidades dependia do posicionamento das Igrejas e mosteiros que ficavam sempre no centro do povoado; as leis civis, inspiradas no direito eclesiástico e natural, eram abertas com a profissão no Deus Uno e Trino, conseqüentemente, a cultura européia tornou-se no período unitariamente cristã.
Esta penetração da Igreja na esfera civil se fez mais sentida na esfera da política. O Estado e a Igreja se viam moralmente associados na procura de um modelo ideal, que pela fragilidade humana, como ressalta os Evangelhos, nunca pode ser plenamente realizado. Joio e trigo cresceram lado a lado. O Ideal da Cidade de Deus, vivendo o Evangelho, segundo ensinava Santo Agostinho. Ideal do Sacro Império Romano.
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