A Igreja e a Propriedade.
Não leia esse texto como uma
verdade absoluta, ou uma opinião formada e amadurecida. Leia esse texto como um
olhar leigo sobre a Igreja e seus conceitos de propriedade.
Afora o regalismo inglês,
onde o rei, ou rainha é chefe da igreja anglicana, a Igreja é a única associação
religiosa que é um Estado Soberano, com território definido, e propriedades
espalhadas pelos cinco continentes. Num rápido olhar pode perceber que a Igreja
é especialista em direito internacional, pois possui, sustenta, propriedades no
mundo todo, assim como transfere pessoas e valores de uma nação para outra há
séculos. A Igreja criteriosamente é uma monarquia constitucional, não só porque
é o governo de um só, mas porque é regida por um corpo de doutrina e valores
cristãos, assim como também há de possuir uma constituição jurídica do Estado
do Vaticano.
Ao observarmos o conceito de
propriedade da Igreja vemos dois panoramas, um interno, e outro externo. Um
evangélico, e outro que se aplica ao dar a César o que é de César. Ou seja, uma
visão da propriedade e soberania dos bens no Mundo.
Quero citar esse texto bíblico:
Atos 4,32-35.
“A multidão dos fieis era um
só coração e uma só alma, ninguém considerava como própria às coisas que
possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”.
Com grandes sinais de poder
os apóstolos davam testemunho da ressurreição do senhor Jesus. E os fieis eram
estimados por todos. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que
possuíam terras ou casas vendiam-nas, levavam o dinheiro, e o colocavam aos pés
dos apóstolos. “Depois era distribuído conforme a necessidade de cada um”.
Interessantíssimo esse texto bíblico,
que parece usar um conceito das tribos nômades, em épocas em que os apóstolos
já viviam entre judeus ricos, construtores do Templo de Jerusalém.
Mas o tempo foi passando, e a
Igreja do pescador judeu chamado Pedro crescia, e aquele que reinaria para
sempre sobre os descendentes de Jacob, agora acumulava propriedades. A história
da Igreja nos demonstra insofismavelmente as diversas perseguições, onde o seu
patrimônio, ou foi simplesmente destruído, ou desapropriado, ou ainda ocupado
como testemunha em nossos dias a Catedral de Santa Sofia, que hoje é uma
mesquita islâmica. Claro que por esse ou outros motivos, a propriedade eclesial
teve que rever seus conceitos. Em comum apenas dentro do clero e religiosos e
religiosas, porém no Mundo, exigia-se o respeito às propriedades eclesiais,
mesmo por que a Igreja é co-fundadora das nações ocidentais, entre elas os
países da América dita Latina e também da America Inglesa. Mesmo os paises protestantes, que antes de o
serem são filhos da Igreja, e o Islã não existiriam sem os monges cristãos que
ensinaram a Maomé os rudimentos da fé, fosse ela a judaica do antigo
Testamento, fosse ela a cristã do Novo Testamento.
Em 1929, com as conseqüências
sofridas na Primeira Guerra Mundial, e com o algures da Segunda Grande Guerra,
a Igreja propugnou um Estado Independente e Soberano. Grosseiramente, podemos
notar, sem aprofundamento de que a Igreja copiou a instituição natural da
família, onde irmãos têm tudo em comum, mas que a casa, e os bens da casa, são
invioláveis.
G23
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