As Borboletas me Contaram.
Meu sobrinho mutante, Emanuel,
com aquele jeitinho tímido me disse: Tio não se preocupe os seres verdes sempre
se recuperam. Eu me assustei. O que você esta dizendo? Ele repetiu: os seres
verdes sempre se recuperam, no entanto os homens podem ajudá-los nessa tarefa.
Eu perguntei: Que conversa é
essa guri? Ele me disse: As Borboletas me Contaram. Pia, você anda falando com
as borboletas... olha lá com quem andas!
Não tio, “As Borboletas me
Contaram” é um livro que Saint Exupéry nunca chegou a escrever. E se ele não
escreveu, como você leu , pia? Li pelo método psico-gráfico, né tio, poxa! Sei,
eu respondi, e o que as borboletas te contaram?
Tio elas se arrastam um
tempão para depois voar. Elas conhecem o chão e os segredos da terra e se alimentam das folhas verdes,
depois de um retiro e reflexão profundos, elas ganham asas, e voando conhecem os
céus e os mistérios do ar, mas em contra partida elas ajudam os seres verdes a
se recuperarem na terra. Eu perguntei e como fazem isso? Elas levam o pólen daqui para
lá, ajudando a fertilização daqueles seres que tanto as ajudaram quando
rastejavam. Sabe tio, Saint Exupéry, queria dizer com isso, que os homens
depois de se arrastarem muitos séculos aprenderam a voar, e agora a eles cabe a
missão de ajudar os seres verdes a recuperar os desertos de areia, você sabe
né, tio que ele voava sobre o Saara e aquela imensa região arenosa lhe
impressionava a alma. Concordei. Ele então continuou: Tio, se os homens
colherem espécies verdes que resistem aos desertos da terra, em cada região do
globo, e voando lançarem sobre os demais desertos, eles ajudam essas espécies
mais fortes a penetrarem aos poucos o deserto, fertilizando com seus próprios
dejetos, criando raízes, transpirando, se reproduzindo, pois os seres verdes
sempre se recuperam. Imagina tio, levar sementes de espécies do serrado, do
deserto do Arizona, dos Andes, sei de lá de onde, e como borboletas... ajudar
os seres verdes a se recuperarem. Parei o que estava fazendo, achei
interessante.
Então Emanuel me perguntou:
Tio você acha que eu estou errado de ler pelo método psico-gráfico? Por que Emanuel? É que a professora reclama que eu fico hora lendo o que esta escrito em
uma folha de papel em
branco... Ela não entende. Eu já expliquei para ela que todos
os livros foram escritos assim, o escritor olha para o papel em branco lê o que
esta escrito ali, e vai cobrindo com o lápis o que vai lendo. Não é assim Tio?
Sim Emanuel, continue, por favor, lendo os papeis em branco, mas para a
professora não ficar zangada, vá cobrindo com o lápis o que você lê ali.
Poxa tio, você também é
mutante?
Eu pigarreei e nada respondi,
apenas passei para ele a folha em branco que me ocupava durante a conversa. Ele
sorriu!
G23.
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